diff --git a/source/pages/machines/base/estrella.md b/source/pages/machines/base/estrella.md
new file mode 100644
index 0000000000000000000000000000000000000000..762d22357fa6a0af86251f2599aff168b55e9c1a
--- /dev/null
+++ b/source/pages/machines/base/estrella.md
@@ -0,0 +1,6 @@
+# estrella
+
+```{ipmiconfig}
+```
+
+Essa é a máquina de boot remoto.
diff --git a/source/pages/machines/base/urquell.md b/source/pages/machines/base/urquell.md
index 728b3b200c6ba4bfb5e60312bfb94c608424854e..14decc27b8d3eaed481d8bd0062022d3412acfa6 100644
--- a/source/pages/machines/base/urquell.md
+++ b/source/pages/machines/base/urquell.md
@@ -71,9 +71,6 @@ Alguns cuidados devem ser observados no gerenciamento desta máquina:
 - [Autenticação do Departamento de Informática que utiliza Kerberos e LDAP.](/pages/services/urquell-autenticacao-dinf)
 - Monitoramento Zabbix + Postgres (pode/vai ser movido)
   - Só uma instância que está na urquell
-- Boot remoto (pode/vai ser movido)
-  - tftp-hpa
-  - syslinux-pxe
 - Ceph Monitor
 - Servidor NTP
 - E-mail
diff --git a/source/pages/machines/organizacao.md b/source/pages/machines/organizacao.md
index 14de91027661d414252caf0f9f026b7d638d0a57..01dbfbd1c50640a6b10dbc4bd447bfc01717970f 100644
--- a/source/pages/machines/organizacao.md
+++ b/source/pages/machines/organizacao.md
@@ -84,7 +84,7 @@ possui a seguinte disposição (de cima para baixo):
 ?
 
 ## Rack 7
-* Máquina estrella
+* [Máquina estrella](/pages/machines/base/estrella)
 * [Máquina torneira4](/pages/machines/virtuals/torneira4)
 * [Máquina torneira3](/pages/machines/virtuals/torneira3)
 * [Máquina torneira2](/pages/machines/virtuals/torneira2)
diff --git a/source/pages/services/estrella-boot-remoto.md b/source/pages/services/estrella-boot-remoto.md
new file mode 100644
index 0000000000000000000000000000000000000000..397e3ee730368b3fe742a50454a5ece8ca11b05a
--- /dev/null
+++ b/source/pages/services/estrella-boot-remoto.md
@@ -0,0 +1,119 @@
+# estrella/Boot remoto
+
+A [](/pages/machines/base/estrella) opera o sistema de boot remoto provido
+pelo C3SL ao Departamento de Informática. O boot remoto é composto de primariamente
+dois servidores:
+
+* Servidor TFTP em `tftp.boot.c3sl.ufpr.br` que permite que o ambiente de
+execução pré-boot (PXE) inicie o boot pela rede.
+* Servidor NFS em `nfs.boot.c3sl.ufpr.br` que serve a raiz do sistema operacional
+em modo somente leitura.
+
+Estes dois serviços são gerenciados por [](/pages/concepts/ansible) no repositório
+[estrella-ansible](https://gitlab.c3sl.ufpr.br/c3root/estrella-ansible). Os dois
+servidores servem o mesmo diretório `/exports/` que está em um sistema de arquivos
+diferente.
+
+## O diretório `/exports`
+
+O diretório `/exports/` é exportado tanto via TFTP quanto via NFS.
+Dentro do diretório `/exports/` pode ser encontrado os seguintes subdiretórios:
+
+* `boot/`: O diretório utilizado pelo PXE para encontrar o binário do GRUB.
+* `grub-config/`: Arquivos de configuração do GRUB que são chamados de acordo
+com a extensão do DHCP `extensions-path`.
+* `image-config/`: Links simbólicos para imagens utilizados pelos arquivos de
+configuração do GRUB.
+* `images/`: Armazenamento de imagens, incluindo algumas versões anteriores.
+* `overlays/`: Configurações específicas para máquina. São vários diretórios
+cada um com um hostname, e os arquivos dentro do diretório são utilizados
+no sistema de arquivos overlay como uma camada a mais. Isso significa que
+se um arquivo está presente tanto na imagem quanto no `overlays/`, o arquivo
+utilizará a versão que está presente no `overlays/`.
+
+## Fluxo do boot remoto
+
+Quando uma máquina boota, o ambiente de execução pré-boot PXE executa e efetua
+os seguintes passos:
+
+1. Faz um broadcast para descobrir os servidores DHCP disponíveis.
+2. Obtém informações dos servidores DHCP disponíveis.
+3. Se for identificado a opção DHCP `next-server`, o PXE faz uma requisição a um
+servidor TFTP localizado neste endereço procurando pelo arquivo da opção
+DHCP `filename`.
+4. O PXE executa o arquivo baixado como um binário.
+
+O [servidor de DHCP](/pages/services/urquell-dhcp) está configurado para
+que a opção de DHCP `filename` seja o caminho `boot/grub/x86_64-efi/core.efi`
+para hosts 64 bits e `boot/grub/i386-pc/core.0` para hosts 32 bits. Este binário
+que é executado é o GRUB 2. O GRUB procura o arquivo de configuração `boot/grub/grub.cfg`
+ainda via servidor TFTP e executa seu conteúdo:
+
+```
+set config_name=$net_pxe_extensionspath
+configfile /grub-config/$config_name
+```
+
+Ou seja, o arquivo de configuração referente a opção do DHCP `extensions-path`
+em `/grub-config` é executado. Por enquanto temos algumas opções de configuração:
+
+* `terminal`: Imagem padrão.
+* `terminal-allinone`: Imagem específica para uso com sistemas All-in-one,
+com uma versão do kernel diferente que tem menos problemas no driver de vídeo.
+* `terminal-log`: Imagem incrementada com integração com o sistema de monitoramento,
+para ser utilizada com máquinas de acesso livre como a `macalan`.
+
+Um arquivo de configuração tem esta cara:
+
+```
+insmod all_video
+set timeout=0
+
+menuentry "Terminal" {
+        linux /image-config/terminal/vmlinuz root=/dev/nfs ro ip=dhcp nfsroot=200.17.202.12:/exports/image-config/terminal,acregmax=3600,acregmin=3600,acdirmin=3600,acdirmax=3600,rsize=1048576,ro fsck.mode=skip
+        echo 'Loading initram'
+        initrd /image-config/terminal/initrd.img
+        echo 'All set...'
+}
+```
+
+Então:
+
+1. É carregado o módulo de vídeo para que seja possível ver o sistema bootando,
+importante principalmente para os All-in-ones.
+2. Definimos o timeout (tempo para selecionar a opção) para 0, para iniciar
+sempre na opção padrão.
+3. Definimos a opção de boot padrão.
+4. A opção de boot padrão define os parâmetros do kernel do linux da imagem
+configurada em `image-config` para que ele boote via NFS através das opções `root=/dev/nfs`,
+`ro` (para o kernel usar o modo somente leitura), `ip=dhcp` (para pegar opções de DHCP quando
+bootar, sendo essencial o nome da máquina) e `nfsroot` com o IP do servidor NFS,
+o caminho utilizando o `image-config/` com algumas definições de otimização:
+  * `acregmax`, `acregmin`, `acdirmin`, `acdirmax` são definidas para 3600 segundos (60 minutos) para que o cache do VFS seja alto, já que as imagens não mudam.
+  * `rsize` é definido para 1MiB, o mais alto possível, e é o tamanho do pacote do NFS.
+  * `ro` faz com que o NFS seja montado somente leitura (embora as configurações do servidor NFS forcem que isso aconteça de qualquer forma).
+  Além disso, o kernel é configurado para pular quaisquer verificações de disco pela opção `fsck.mode=skip`, pois é completamente desnecessário verificar o sistema de arquivos que é montado reemotado.
+4. Por fim, o `initrd.img` é carregado e executado que inicia o processo de boot
+do kernel.
+
+Dentro do boot há uma mágica para que funcione os `overlays/` e exista um sistema
+que permita escrita na raiz (que escreve em memória). Essa mágica é feita pelo
+script encontrado dentro da imagem em `/etc/initramfs-tools/scripts/init-bottom/overlay`.
+Note que há um IP estático neste script. Ao fazer uma alteração nele, lembre-se
+que é necessário atualizar a initramfs entrando no sistema via `systemd-nspawn`
+e rodando `update-initramfs -u`.
+
+## Cuidados na imagem do boot remoto
+
+* Para mexer na imagem é recomendado o uso do `systemd-nspawn`. Ele deve ser
+chamado da seguinte maneira:
+  ```
+  $ sudo systemd-nspawn -D /exports/image-config/terminal
+  ```
+* Caso você cague com o `/etc/resolv.conf` de alguma maneira, arrume da seguinte maneira:
+  ```
+  $ sudo rm resolv.conf
+  $ sudo ln -s /run/systemd/resolve/stub-resolv.conf resolv.conf
+  $ ls -l resolv.conf
+  lrwxrwxrwx 1 root root 31 abr  5 10:45 resolv.conf -> /run/systemd/resolve/stub-resolv.conf
+  ```