diff --git a/docs/01-tcc.Rnw b/docs/01-tcc.Rnw
index a50f3e6fb82aad9dc4cd91753dc9e7c81cbd7f6c..c6070c01b9baf72dcf81e8ecaa1c09311f3c3b92 100644
--- a/docs/01-tcc.Rnw
+++ b/docs/01-tcc.Rnw
@@ -1,24 +1,3 @@
-%% abtex2-modelo-trabalho-academico.tex, v<VERSION> laurocesar
-%% Copyright 2012-<COPYRIGHT_YEAR> by abnTeX2 group at http://www.abntex.net.br/
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-%% This work may be distributed and/or modified under the
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-%%
-
 % ------------------------------------------------------------------------
 % ------------------------------------------------------------------------
 % abnTeX2: Modelo de Trabalho Academico (tese de doutorado, dissertacao de
@@ -45,6 +24,21 @@
 	svgnames
 	]{abntex2}
 
+% ---
+% Novo list of (listings) para QUADROS
+% ---
+
+\newcommand{\quadroname}{Quadro}
+\newcommand{\listofquadrosname}{Lista de quadros}
+
+\newfloat[chapter]{quadro}{loq}{\quadroname}
+\newlistof{listofquadros}{loq}{\listofquadrosname}
+\newlistentry{quadro}{loq}{0}
+
+% configurações para atender às regras da ABNT
+\counterwithout{quadro}{chapter}
+\renewcommand{\cftquadroname}{\quadroname\space}
+\renewcommand*{\cftquadroaftersnum}{\hfill--\hfill}
 
 % ---
 % PACOTES
@@ -97,6 +91,7 @@
 \usepackage{tikz}
 \usepackage{pdflscape}			% para ambiente landscape
 \usepackage{pgfgantt}			% cronograma estilo gráfico de gantt
+\usepackage{multicol}
 \usetikzlibrary{backgrounds}
 
 % ---
@@ -142,7 +137,7 @@
 % ---
 % Informações de dados para CAPA e FOLHA DE ROSTO
 % ---
-\titulo{Extensões e Aplicações Modelo de Regressão
+\titulo{Extensões e Aplicações do Modelo de Regressão
   Conway-Maxwell-Poisson para Modelagem de Dados de Contagem}
 \vspace{2cm}
 \autor{Eduardo Elias Ribeiro Junior}
@@ -227,7 +222,7 @@
 
 <<setup, include=FALSE, cache=FALSE>>=
 source("_setup.R")
-library(tccPackage)
+library(cmpreg)
 @
 
 
@@ -314,29 +309,29 @@ library(tccPackage)
   representam o número de ocorrências de um evento em um domínio
   discreto ou contínuo.  Para análise estatística dessas variáveis, o
   modelo de Poisson é amplamente utilizado. Porém, não são raras as
-  situações de sub ou superdispersão, que inviabilizam o emprego deste
+  situações de sub ou superdispersão, que inviabilizam o emprego desse
   modelo. Uma alternativa paramétrica é o modelo COM-Poisson que, com a
   adição de um parâmetro, contempla diferentes níveis de dispersão.
-  Outras características bastantes frequentes em dados de contagem são
-  frequência excessiva de valores zeros e estrutura de correlação entre
-  observações, muitas vezes induzida pelo processo de casualização ou
-  amostragem. Nesses casos os modelos adotados devem ser
-  adaptados. Neste trabalho são exploradas as características da
-  distribuição COM-Poisson e apresentados os modelos de regressão
-  COM-Poisson de efeitos fixos, com modelagem para excesso de zeros e
-  incluindo efeitos aleatórios. O emprego dos modelos COM-Poisson e suas
-  extensões é ilustrado com aplicações onde seus resultados são
-  comparados com as abordagens Poisson, Quasi-Poisson e Binomial
-  Negativa (para casos de superdispersão) via níveis descritivos de
-  testes de razão de verossimilhanças, critério de informação de Akaike
-  e predições pontuais e intervalares. O ajuste dos modelos é feito via
-  maximização da verossimilhança. Os resultados mostram que o modelo
-  Poisson é de fato restritivo, com ajustes inadequados na maioria das
-  aplicações. O modelo COM-Poisson, por sua vez, mostrou-se bastante
-  flexível com resultados similares aos obtidos via abordagem
-  semi-paramétrica Quasi-Poisson. As extensões propostas para o modelo
-  COM-Poisson apresentaram resultados satisfatórios, sendo equivalentes
-  as abordagens já consolidadas na literatura.
+  Outras características frequentes em dados de contagem são excesso de
+  contagens nulas e estrutura de correlação entre observações, muitas
+  vezes induzida pelo processo de casualização ou amostragem. Nesses
+  casos os modelos adotados devem ser adaptados. Neste trabalho são
+  exploradas as características da distribuição COM-Poisson e
+  apresentados os modelos de regressão COM-Poisson de efeitos fixos, com
+  modelagem para excesso de zeros e incluindo efeitos aleatórios. O
+  emprego dos modelos COM-Poisson e suas extensões é ilustrado com
+  aplicações e seus resultados são comparados com as abordagens Poisson,
+  Quasi-Poisson e Binomial Negativa (para casos de superdispersão) via
+  níveis descritivos de testes de razão de verossimilhanças, critério de
+  informação de Akaike e predições pontuais e intervalares. O ajuste dos
+  modelos é feito via maximização da verossimilhança. Os resultados
+  mostram que o modelo Poisson é de fato restritivo, com ajustes
+  inadequados na maioria das aplicações. O modelo COM-Poisson, por sua
+  vez, mostrou-se bastante flexível apresentando resultados similares
+  aos obtidos via abordagem semi-paramétrica Quasi-Poisson. As extensões
+  propostas para o modelo COM-Poisson apresentaram resultados
+  satisfatórios, sendo equivalentes às abordagens já consolidadas na
+  literatura.
 
   \textbf{Palavras-chave}:
   COM-Poisson; dados de contagem; subdispersão; superdispersão; excesso
@@ -359,6 +354,14 @@ library(tccPackage)
 \cleardoublepage
 % ---
 
+% ---
+% inserir lista de quadros
+% ---
+\pdfbookmark[0]{\listofquadrosname}{loq}
+\listofquadros*
+\cleardoublepage
+% ---
+
 % ---
 % inserir lista de abreviaturas e siglas
 % ---
diff --git a/docs/01-tcc.pdf b/docs/01-tcc.pdf
index 9ca8f38c8e826a459c9a1b8d1cab359cb059cc19..3c40772a8dbb3374674a78d31e2b50e756f2a21b 100644
Binary files a/docs/01-tcc.pdf and b/docs/01-tcc.pdf differ
diff --git a/docs/cap01_introducao.Rnw b/docs/cap01_introducao.Rnw
index 84c60fa620a657e47cfb802942494a6582150bf4..838213ce9014a8d6ee0dde2b64e057a9284c6f05 100644
--- a/docs/cap01_introducao.Rnw
+++ b/docs/cap01_introducao.Rnw
@@ -6,20 +6,20 @@ Em diversas áreas do conhecimento é comum o interesse em i) compreender
 o relacionamento entre variáveis de interesse e características de uma
 amostra e ii) realizar predições por meio de modelos estatísticos
 ajustados por dados de uma amostra. A teoria de modelos de regressão
-sustentam muitas das pesquisas na área de Estatística aplicada.
+sustenta muitas das pesquisas na área de Estatística aplicada.
 
 Os modelos de regressão, na sua forma univariada e usual, consistem no
 estabelecimento de uma equação matemática que relaciona a média de uma
 variável aleatória de interesse (variável resposta) com as demais
-variáveis observadas (covariáveis). Nesta metodologia considera-se uma
-distribuição de probabilidades para a variável resposta condicionada as
-covariáveis cuja média está associada a uma preditor que acomoda os
-efeitos das covariáveis.
+variáveis observadas (covariáveis). Nessa metodologia considera-se uma
+distribuição de probabilidades para a variável resposta condicionada às
+covariáveis cuja média está associada a um preditor que acomoda os
+efeitos dessas covariáveis.
 
 Pode-se destacar o modelo linear normal como o de uso predominante
 dentre os disponíveis para análises estatísticas aplicadas. Esse modelo
-estabelece que a variável resposta condicional as covariáveis tem
-distribuição Normal de média descrita por um preditor linear das
+estabelece que a variável resposta, condicional às covariáveis, tem
+distribuição Normal, de média descrita por um preditor linear das
 covariáveis. Todavia, não são raras as situações em que a variável
 resposta é uma contagem, assumindo valores inteiros não
 negativos. Variáveis aleatórias de contagem, de forma geral, representam
@@ -28,7 +28,7 @@ ser contínuo, como um intervalo de tempo ou espaço, ou discreto, como
 indivíduos ou grupos.
 
 A análise de dados de contagem pelo modelo linear normal produz
-estimativas que contêm erros padrões inconsistentes e podem produzir
+estimativas que contêm erros padrões inconsistentes e pode produzir
 predições negativas para o número de eventos \cite{King1989}. Uma
 alternativa adotada durante muitos anos, e ainda aplicada, é encontrar
 alguma forma de transformação da variável resposta a fim de atender aos
@@ -40,57 +40,59 @@ a relação média e variância, característica de dados de contagem e iv) o
 uso da transformação logarítmica é problemática quando há contagens
 nulas.
 
-Diante do problema diferentes abordagens foram propostas, contudo
-destaca-se o trabalho apresentado por \citeonline{Nelder1972} que
-introduz a teoria dos modelos lineares generalizados (MLG's). Esta nova
-classe de modelos flexibilizou a distribuição condicional permitindo que
-outras distribuições pertencentes à família exponencial fossem
-consideradas para a distribuição da variável resposta. Tal família
-contempla as distribuições Poisson, Binomial, Gama entre outras bem
-conhecidas na literatura, além da própria distribuição Normal.
-
-Com os MLG's a modelagem de dados passou a ser mais fiel a natureza da
+Diante dos problemas relatados na aplicação de modelos normais para
+análise de dados de contagem, diferentes abordagens foram
+propostas. Destaca-se o trabalho apresentado por \citeonline{Nelder1972}
+que introduz a teoria dos modelos lineares generalizados (MLG's). Essa
+nova classe de modelos flexibilizou a distribuição condicional
+permitindo que outras distribuições pertencentes à família exponencial
+fossem consideradas para a distribuição da variável resposta. Tal
+família contempla as distribuições Poisson, Binomial, Gama entre outras
+bem conhecidas na literatura, além da própria distribuição Normal.
+
+Com os MLG's a modelagem de dados passou a ser mais fiel à natureza da
 variável resposta, principalmente no que diz respeito ao seu
 suporte. Nesse contexto, a análise de variáveis aleatórias de contagem,
 que têm suporte nos conjunto dos números naturais, foi enriquecida
 expressivamente.
 
 Para análise estatística dessas variáveis, o modelo probabilístico de
-Poisson, já consolidado na literatura é amplamente utilizado. Este
+Poisson, já consolidado na literatura, é amplamente utilizado. Esse
 modelo possui apenas um parâmetro, denotado por $\lambda$, que
 representa a média e também a variância, o que implica em uma relação
 identidade ($\lambda = E(Y) = V(Y)$). Essa propriedade, chamada de
 equidispersão, é uma particularidade do modelo Poisson que pode não ser
-adequada a diversas situações. Quando aplicado sob negligência desta
+adequada a diversas situações. Quando aplicado sob negligência dessa
 suposição, o modelo Poisson apresenta erros padrões inconsistentes para
-as estimativas dos parâmetros e por consequência, para toda função
+as estimativas dos parâmetros e, por consequência, para toda função
 desses parâmetros \cite{Winkelmann1995, Winkelmann1994}.
 
 O caso de superdispersão, quando a variância é maior que a média, é o
 mais comum e existe uma variedade de métodos para análise de dados
-assim. A superdispersão pode ocorrer pela ausência de covariáveis
-importantes, excesso de zeros, diferentes amplitudes de domínio
-(\textit{offset}) não consideradas, heterogeneidade de unidades
+superdispersos. A superdispersão pode ocorrer pela ausência de
+covariáveis importantes, excesso de zeros, diferentes amplitudes de
+domínio (\textit{offset}) não consideradas, heterogeneidade de unidades
 amostrais, entre outros \cite{RibeiroJr2012}. Para tais casos, uma
-abordagem é a adoção de modelos com efeitos aleatórios que capturam a
-variabilidade extra com a adoção de um ou mais termos de efeito
+abordagem é a adoção de modelos com efeitos aleatórios, que capturam a
+variabilidade extra, com a adoção de um ou mais termos de efeito
 aleatório. Um caso particular do modelo Poisson de efeitos aleatórios,
-muito adotado no campo aplicado da Estatística, ocorre quando
-considera-se a distribuição Gama para os efeitos aleatórios, nessa
-situação há expressão fechada para a função de probabilidade
-marginal, que assume a forma Binomial Negativa.
+muito adotado no campo aplicado da Estatística, ocorre quando a
+distribuição Gama é assumida para os efeitos aleatórios. Nessa situação
+há expressão fechada para a função de probabilidade marginal, que assume
+a forma Binomial Negativa.
 
 Outra manifestação de fuga da suposição de equidispersão é a
-subdispersão, situação menos comum na literatura. Os processos que
-reduzem a variabilidade das contagens, abaixo do estabelecido pela
-Poisson, não são tão conhecidos quanto os que produzem variabilidade
-extra. Pela mesma razão, são poucas as abordagens descritas na
-literatura capazes de tratar subdispersão, uma vez que efeitos
-aleatórios só capturam a variabilidade extra. Cita-se os modelos
-de quasi-verossimilhança como a abordagem mais utilizada. Todavia não é
-possível descrever uma distribuição de probabilidades para a variável
-resposta nessa abordagem, pois a modelagem é baseada apenas nos dois
-primeiros momentos da distribuição condicional \cite{Paula2013}.
+subdispersão, situação menos comum na prática e menos relatada na
+literatura. Os processos que reduzem a variabilidade das contagens,
+abaixo do estabelecido pela Poisson, não são tão conhecidos quanto os
+que produzem variabilidade extra. Pela mesma razão, são poucas as
+abordagens descritas na literatura capazes de tratar subdispersão, uma
+vez que efeitos aleatórios só capturam a variabilidade extra. Cita-se os
+modelos de quasi-verossimilhança como a abordagem mais
+utilizada. Todavia não é possível descrever uma distribuição de
+probabilidades para a variável resposta nessa abordagem, pois a
+modelagem é baseada apenas nos dois primeiros momentos da distribuição
+condicional \cite{Paula2013}.
 
 <<processo-pontual, fig.cap="Ilustração de diferentes tipos de processos pontuais. Da direita para esquerda têm-se processos sob padrões aleatório, aglomerado e uniforme.", fig.height=3, fig.width=7>>=
 
@@ -132,21 +134,21 @@ xyplot(y ~ x | caso, data = da,
 
 @
 
-A figura \ref{fig:processo-pontual} ilustra, em duas dimensões, a
-ocorrência de equi, super e subdispersão respectivamente. Nesta figura
+A \autoref{fig:processo-pontual} ilustra, em duas dimensões, a
+ocorrência de equi, super e subdispersão respectivamente. Nessa figura
 cada ponto representa a ocorrência de um evento e cada parcela,
 delimitada pelas linhas pontilhadas, representa a unidade (ou domínio)
-na qual tem-se o número de eventos (como variável aleatória). O painel
-da esquerda representa a situação de dados de contagem equidispersos,
-nesse cenário as ocorrências da variável aleatória se dispõem
-aleatoriamente. No painel central o padrão já se altera, tem-se a
-representação do caso de superdispersão. Nesse cenário formam-se
-aglomerados que deixam parcelas com contagens muito elevadas e parcelas
-com contagens baixas. Uma possível causa deste padrão se dá pelo
-processo de contágio (e.g. contagem de casos de uma doença contagiosa,
-contagem de frutos apodrecidos). No terceiro e último painel ilustra-se
-o caso de subdispersão, em que as ocorrências se dispõem uniformemente
-no espaço. Agora as contagens de ocorrências nas parcelas variam bem
+na qual conta-se o número de eventos (como variável aleatória). O painel
+da esquerda representa a situação de dados de contagem equidispersos.
+Nesse cenário as ocorrências dos eventos se dispõem aleatoriamente. No
+painel central o padrão já se altera, tem-se a representação do caso de
+superdispersão. Nesse cenário formam-se aglomerados que deixam parcelas
+com contagens muito elevadas e parcelas com contagens baixas. Uma
+possível causa desse padrão se dá pelo processo de contágio
+(e.g. contagem de casos de uma doença contagiosa, contagem de frutos
+apodrecidos). No terceiro e último painel ilustra-se o caso de
+subdispersão, em que as ocorrências se dispõem uniformemente no
+espaço. Agora as contagens de ocorrências nas parcelas variam bem
 pouco. Ao contrário do caso superdisperso uma causa provável seria o
 oposto de contágio, a repulsa, ou seja, uma ocorrência causa a repulsa
 de outras ocorrências em seu redor (e.g. contagem de árvores, contagem
@@ -154,7 +156,7 @@ de animais territoriais ou que disputam por território).
 
 Uma alterativa paramétrica que contempla os casos de equi, super e
 subdispersão é a adoção de uma distribuição mais flexível para a
-variável resposta condicional as covariáveis. \citeonline{Conway1962},
+variável resposta condicional às covariáveis. \citeonline{Conway1962},
 antes da formalização dos MLG's, propuseram uma distribuição denominada
 COM-Poisson (nome em em homenagem aos seus autores Richard W. Conway,
 William L. Maxwell, \textbf{Co}nway-\textbf{M}axwell-Poisson) que
@@ -165,10 +167,10 @@ contemplando os casos de sub e superdispersão \cite{Shmueli2005}.
 Uma característica bastante relevante é que a COM-Poisson possui como
 casos particulares as distribuições Poisson, Geométrica e
 Binomial. Portanto, empregando a COM-Poisson como distribuição
-condicional de um modelo de regressão, a imposição de equidispersão não
+condicional em um modelo de regressão, a imposição de equidispersão não
 precisa ser satisfeita. Tal flexibilidade, considerando o amplo uso do
 modelo Poisson, significa que a COM-Poisson pode ser aplicada nessas
-situações e será especialmente importante naquelas onde há fuga da
+situações e será especialmente importante naquelas em que há fuga da
 equidispersão.
 
 Assim como no modelo COM-Poisson vários aspectos do COM-Poisson podem
@@ -177,42 +179,43 @@ experimento sugere uma estrutura de covariância entre observações
 induzidas por um processo hierárquico de casualização ou amostragem. São
 casos assim os experimentos em parcelas subdivididas e experimentos com
 medidas repetidas ou longitudinais. Tais estruturas estabelecem modelos
-com efeitos não observáveis que agem em grupos experimentais e isso pode
-ser incorporado no modelo de regressão COM-Poisson com a inclusão de
-efeitos aleatórios. Da mesma forma, excesso de zeros pode ser
-introduzido a essa distribuição da mesma maneira que ocorre para o
-modelo Poisson, através de truncamento (modelos Hurdle) ou inflação
-(modelos de mistura) \cite{Sellers2016}. Estas extensões do modelo
-COM-Poisson ainda não são bem consolidadas na literatura e são escassas
-suas aplicações. Uma constatação do fato é que não há implementações
-destas extensões nos principais softwares estatísticos.
+com efeitos não observáveis e isso pode ser incorporado no modelo de
+regressão COM-Poisson com a inclusão de efeitos aleatórios a nível de
+grupos experimentais. Da mesma forma, excesso de zeros pode ser
+introduzido a essa distribuição como ocorre para o modelo Poisson,
+através de truncamento (modelos Hurdle) ou inflação (modelos de mistura)
+\cite{Sellers2016}. Estas extensões do modelo COM-Poisson ainda não são
+bem consolidadas na literatura e são escassas suas aplicações. Uma
+constatação do fato é que não há implementações destas extensões nos
+principais softwares estatísticos.
 
 Na literatura brasileira, aplicações do modelo COM-Poisson são
-escassas. Foram encontradas apenas aplicações na área de Análise de
+raras. Foram encontradas apenas aplicações na área de Análise de
 Sobrevivência, mais especificamente em modelos com fração de cura
 \cite{Ribeiro2012, Borges2012}. Portanto, o presente trabalho visa
 colaborar com a literatura estatística brasileira i) apresentando e
-explorando o modelo de regressão COM-Poisson para dados de contagem, ii)
+explorando o modelo de regressão COM-Poisson para dados de contagem; ii)
 estendendo as aplicações desse modelo para situações específicas como
-inclusão de efeitos aleatórios e modelagem de excesso de zeros, iii)
-discutindo os aspectos inferenciais por meio de análise de dados reais e
-iv) disponibilizando os recursos computacionais, em formato de pacote R,
-para ajuste dos modelos apresentados. Nas aplicações optou-se também
-pela análise via modelos já disponíveis para as situações estudadas.
-
-O trabalho é organizado em cinco capítulos. Esse primeiro capítulo visa
+inclusão de efeitos aleatórios e modelagem de excesso de zeros; iii)
+discutindo os aspectos inferenciais por meio de análise de dados reais;
+e iv) disponibilizando os recursos computacionais, em formato de pacote
+R, para ajuste dos modelos apresentados. Nas aplicações optou-se também
+pela análise via modelos Poisson, Quasi-Poisson e Binomial Negativa para
+comparação de resultados.
+
+O trabalho é organizado em cinco capítulos. O primeiro capítulo visa
 enfatizar as características das variáveis aleatórias de contagem e suas
 lacunas que podem ser complementadas na análise estatística dessas
-variáveis. O capítulo \ref{cap:modelos-para-dados-de-contagem} é
-dedicado a revisão bibliográfica dos modelos estatísticos empregados a
-análise de dados de contagem. Nesse capítulo os modelos Poisson,
-Binomial Negativo, COM-Poisson, as abordagens para excesso de zeros e a
-estrutura dos modelos de efeitos aleatórios são apresentados. No
-capítulo \ref{cap:material-e-metodos} são apresentos os conjuntos de
-dados a serem analisados e os métodos para ajuste e comparação dos
-modelos. O capítulo \ref{cap:resultados-e-discussao} traz os os
-principais resultados da aplicação e comparação dos modelos estatísticos
-com ênfase nas discussões sob aspectos inferenciais
-empíricos. Finalmente no capítulo \ref{cap:consideracoes-finais} são
-apresentadas as considerações finais obtidas desse trabalho e listados
-algumas possíveis linhas de pesquisa para estudos futuros.
+variáveis. O \autoref{cap:modelos-para-dados-de-contagem} é dedicado a
+revisão bibliográfica dos modelos estatísticos empregados à análise de
+dados de contagem. Nesse capítulo os modelos Poisson, Binomial Negativo,
+COM-Poisson, as abordagens para excesso de zeros e a estrutura dos
+modelos de efeitos aleatórios são apresentados. No
+\autoref{cap:material-e-metodos} são apresentados os conjuntos de dados
+a serem analisados e os métodos para ajuste e comparação dos modelos. O
+\autoref{cap:resultados-e-discussao} traz os principais resultados da
+aplicação e comparação dos modelos estatísticos, com ênfase nas
+discussões sob aspectos inferenciais empíricos. Finalmente, no
+\autoref{cap:consideracoes-finais} são apresentadas as considerações
+finais obtidas desse trabalho e listadas algumas possíveis linhas de
+pesquisa para estudos futuros.
diff --git a/docs/cap02_revisao-de-literatura.Rnw b/docs/cap02_revisao-de-literatura.Rnw
index 4d647741b534ce16a55d963d3ed794e913939fdd..70cd424db1942a4d6d8bb1dc5b2a01262ca34c14 100644
--- a/docs/cap02_revisao-de-literatura.Rnw
+++ b/docs/cap02_revisao-de-literatura.Rnw
@@ -7,40 +7,40 @@ quantidade disponível para dados contínuos. Destaca-se o modelo
 log-linear Poisson como o modelo mais utilizado quando se trata de dados
 de contagem. Porém, não raramente os dados de contagens apresentam
 variância superior ou inferior à sua média. Esses são os casos de super
-ou subdispersão já enunciados no capítulo \ref{cap:introducao}, que
-quando ocorrem inviabilizam o uso da distribuição Poisson.
+ou subdispersão já enunciados no \autoref{cap:introducao} que,
+quando ocorrem, inviabilizam o uso da distribuição Poisson.
 
-Nos casos de fuga da equidispersão algumas abordagens não paramétricas
+Nos casos de fuga da equidispersão algumas abordagens semi-paramétricas
 são empregadas. Nesse contexto, são alternativas os métodos de estimação
 via quase-verossimilhança, estimação robusta dos erros padrões
 (estimador ``sanduíche'') e estimação dos erros padrões via reamostragem
 (``\textit{bootstrap}'') \cite{Hilbe2014}. Desses métodos detalha-se,
 brevemente, somente o método de estimação via função de
-quase-verossimilhança na seção
-\ref{cap02:estimacao-via-quase-verossimilhanca}.
+quase-verossimilhança na
+\autoref{cap02:estimacao-via-quase-verossimilhanca}.
 
 No contexto paramétrico, pesquisas recentes trazem modelos bastante
 flexíveis à fuga de equidispersão no campo da Estatística aplicada, veja
-\citeonline{Sellers2010, Zeviani2014, Lord2010}. Na tabela
-\ref{tab:distribuicoes} são listadas as distribuições de probabilidades
-consideradas por \citeonline{Winkelmann2008} e
+\citeonline{Sellers2010, Zeviani2014, Lord2010}. No
+\autoref{quad:distribuicoes} são listadas as distribuições de
+probabilidades consideradas por \citeonline{Winkelmann2008} e
 \citeonline{Kokonendji2014} e as características de dados de contagem
-que são contempladas. Nota-se que a Poisson na verdade é um caso
-particular, pois é a única das distribuições listadas que contempla
-somente a característica de equidispersão, ainda observa-se um
-conjunto maior de distribuições para os casos de superdispersão com
-relação os casos de subdispersão. Embora este grande número de
-distribuições exista para lidar com os casos de fuga de equidispersão,
-são poucos os pacotes estatísticos que as disponibilizam como
-alternativas para ajuste de modelos de regressão para dados de contagem.
+que são contempladas. Nota-se que a Poisson na verdade é a única das
+distribuições listadas que contempla somente a característica de
+equidispersão. Observa-se um conjunto maior de distribuições para
+os casos de superdispersão com relação aos casos de subdispersão. Embora
+esse grande número de distribuições exista para lidar com os casos de
+fuga de equidispersão, são poucos os pacotes estatísticos que as
+disponibilizam como alternativas para ajuste de modelos de regressão
+para dados de contagem.
 
 %%----------------------------------------------------------------------
 %% Tabela das distribuições para dados de contagem
-\begin{table}
+\begin{quadro}
 \centering
 \caption{Distribuições de probabilidades para dados de contagem com
   indicação das características contempladas}
-\label{tab:distribuicoes}
+\label{quad:distribuicoes}
 \begin{tabular}{lccc}
   \toprule
 \multirow{2}{*}{Distribuição}       & \multicolumn{3}{c}{Contempla a característica de} \\
@@ -64,17 +64,17 @@ Katz                                & \checkmark        & \checkmark     & \chec
   \small
 \item Fonte: Elaborado pelo autor.
 \end{tablenotes}
-\end{table}
+\end{quadro}
 %%----------------------------------------------------------------------
 
 Dos modelos paramétricos, o Binomial Negativo aparece em destaque com
 implementações já consolidadas nos principais \textit{softwares}
 estatísticos e frequentes aplicações nos casos de superdispersão. Na
-seção \ref{cap02:binomneg} detalhes da construção desses modelos são
-apresentados. Dos demais modelos derivados das distribuições listadas na
-tabela \ref{tab:distribuicoes} este trabalho abordará somente o
-modelo COM-Poisson, que é apresentado com detalhes na seção
-\ref{cap02:compoisson}.
+\autoref{cap02:binomneg} detalhes da construção desses modelos são
+apresentados. Dos demais modelos derivados das distribuições listadas no
+\autoref{quad:distribuicoes} este trabalho abordará somente o modelo
+COM-Poisson, que é apresentado com detalhes na
+\autoref{cap02:compoisson}.
 
 Um outro fenômeno que é frequente em dados de contagem é a ocorrência
 excessiva de zeros. Esse fenômeno sugere a modelagem de dois processos
@@ -82,44 +82,42 @@ geradores de dados, o gerador de zeros extra e o gerador das
 contagens. Existem ao menos duas abordagens pertinentes para estes casos
 que são os modelos de mistura e os modelos condicionais. Na abordagem
 por modelos de mistura a variável resposta é modelada como uma mistura
-de duas distribuições, no trabalho de \citeonline{Lambert1992},
+de duas distribuições. \citeonline{Lambert1992} apresenta
 uma mistura da distribuição Bernoulli com uma distribuição de Poisson ou
 Binomial Negativa. Considerando os modelos condicionais, também chamados
 de modelos de barreira \cite{Ridout1998}, tem-se que a modelagem da
 variável resposta é realizada em duas etapas. A primeira refere-se ao
 processo gerador de contagens nulas e a segunda ao gerador de contagens
 não nulas. Nesse trabalho a modelagem de excesso de zeros se dará
-somente via modelos de barreira. A seção \ref{cap02:zeros} é destinada a
+somente via modelos de barreira. A \autoref{cap02:zeros} é destinada a
 um breve detalhamento desta abordagem.
 
 Neste capítulo também é abordada a situação da inclusão de efeitos
-aleatórios na seção \ref{cap02:aleatorio}. Em análise de dados de
-contagem a inclusão desses efeitos permitem acomodar variabilidade
-extra e incorporar a estrutura amostral do problema como em experimentos
-com medidas repetidas ou longitudinais e experimentos em parcelas
+aleatórios na \autoref{cap02:aleatorio}. Em análise de dados de contagem
+a inclusão desses efeitos permitem acomodar variabilidade extra e
+incorporar a estrutura amostral do problema, como em experimentos com
+medidas repetidas ou longitudinais e experimentos em parcelas
 subdivididas.
 
 \section{Modelo Poisson}
 \label{cap02:poisson}
 
-A Poisson é uma das principais distribuição de probabilidades
+A Poisson é uma das principais distribuições de probabilidades
 discretas. Com suporte nos inteiros não negativos, uma variável
 aleatória segue um modelo Poisson se sua função massa de probabilidade
 for
-
 \begin{equation}
   \label{eqn:pmf-poisson}
-  \Pr(Y = y \mid \lambda) = \frac{\lambda^ye^{-\lambda}}{y!}
-    \qquad y = 0, 1, 2, \ldots
+  \Pr(Y = y \mid \lambda) = \frac{\lambda^ye^{-\lambda}}{y!},
+  \qquad y = 0, 1, 2, \ldots
 \end{equation}
-
-\noindent
-em que $\lambda > 0$ representa a taxa de ocorrência do evento. Uma
-particularidade já destacada desta distribuição é que $E(X) = V(X) =
-\lambda$. Isso torna a distribuição Poisson bastante restritiva. Na
-figura \ref{fig:distr-poisson} são apresentadas as distribuições Poisson
-para diferentes parâmetros, note que devido a propriedade $E(X) = V(X)$
-contagens maiores também são mais dispersas.
+em que $\lambda > 0$ representa a taxa de ocorrência do
+evento. Uma particularidade já destacada desta distribuição é que $E(X)
+= V(X) = \lambda$. Isso torna a distribuição Poisson bastante
+restritiva. Na \autoref{fig:distr-poisson} são apresentadas as
+distribuições Poisson para diferentes parâmetros. Note que, devido a
+propriedade $E(X) = V(X)$, contagens de médias maiores também tem
+probabilidades mais dispersas.
 
 <<distr-poisson, fig.height=3.3, fig.width=6.7, fig.cap="Probabilidades pela distribuição Poisson para diferentes parâmetros.">>=
 
@@ -147,39 +145,37 @@ distribuição Exponencial. Essa relação estabelece que se os tempos entre
 a ocorrência de eventos se distribuem conforme modelo Exponencial de
 parâmetro $\lambda$ a contagem de eventos em um intervalo de tempo $t$
 tem distribuição Poisson com média $\lambda t$. A distribuição
-\textit{Gamma-Count}, citada na tabela \ref{tab:distribuicoes}, estende
-esta propriedade do processo adotando a distribuição Gama para os tempos
-entre eventos tornando a distribuição da contagem decorrente mais
+\textit{Gamma-Count}, citada no \autoref{quad:distribuicoes}, estende
+essa propriedade do processo adotando a distribuição Gama para os tempos
+entre eventos, tornando a distribuição da contagem decorrente mais
 flexível \cite{Winkelmann1995, Zeviani2014}.
 
 Outra propriedade que decorre da construção do modelo Poisson é sobre a
 razão entre probabilidades sucessivas, $\frac{\Pr(Y=y-1)}{\Pr(Y=y)} =
 \frac{y}{\lambda}$. Essa razão é linear em $y$ e tem sua taxa de
-crescimento ou decrescimento como $\frac{1}{\lambda}$. Os modelos Katz e
+variação instantânea igual a  $\frac{1}{\lambda}$. Os modelos Katz e
 COM-Poisson se baseiam na generalização dessa razão de probabilidades a
 fim de flexibilizar a distribuição de probabilidades.
 
 A utilização do modelo Poisson na análise de dados se dá por meio do
-modelo de regressão Poisson. Seja $Y_i$ variáveis aleatórias
-condicionalmente independentes, dados as covariáveis $X_i$,
-$i=1,2,\ldots,n$. O modelo de regressão log-linear Poisson, sob a teoria
-dos MLG's é definido como
-
+modelo de regressão Poisson. Sejam $Y_1, Y_2, \ldots, Y_n$ variáveis
+aleatórias condicionalmente independentes, dado o vetor de covariáveis
+$\underline{x}_i^t=(x_{i1},x_{i2},\ldots,x_{ip})$. O modelo de regressão
+log-linear Poisson, sob a teoria dos MLG's, é definido como
 \begin{equation}
   \label{eqn:reg-poisson}
   \begin{split}
-    Y_i \mid & X_i \sim \textrm{Poisson}(\mu_i) \\
-    &\log(\mu_i) = X_i\beta
+    Y_i \mid & \underline{x}_i \sim \textrm{Poisson}(\mu_i) \\
+    &\log(\mu_i) = \underline{x}_i^t\beta
   \end{split}
 \end{equation}
-
-\noindent
-em que $\mu_i > 0$ é a média da variável aleatória $Y_i \mid X_i$ que é
-calculada a partir do vetor $\beta \in \mathbb{R}^p$.
+em que $\mu_i > 0$ é a média da variável aleatória $Y_i$ condicionada ao
+vetor de covariáveis $\underline{x}_i^t$, que é calculada a partir do
+vetor $\beta \in \mathbb{R}^p$.
 
 O processo de estimação do vetor $\beta$ é baseado na maximização da
-verossimilhança, que nas distribuições pertencentes à família
-exponencial, os MLG's, é realizada via algoritmo de mínimos quadrados
+função de verossimilhança que, nas distribuições pertencentes à família
+exponencial, é realizada via algoritmo de mínimos quadrados
 ponderados iterativamente, ou, do inglês \textit{Iteractive Weighted
   Least Squares - IWLS} \cite{Nelder1972}.
 
@@ -188,50 +184,49 @@ ponderados iterativamente, ou, do inglês \textit{Iteractive Weighted
 
 \citeonline{Wedderburn1974} propôs uma forma de estimação a partir de
 uma função biparamétrica, denominada quase-verossimilhança. Suponha
-$y_i$ observações independentes com esperanças $\mu_i$ e variâncias
-$V(\mu_i)$, em que $V$ é uma função positiva e conhecida. A função de
-quase-verossimilhança é expressa como
-
+$Y_1, Y_2, \ldots, Y_n$ variáveis aleatórias independentes com $E(Y_i) =
+\mu_i$ e variâncias $V(\mu_i)$, em que $V$ é uma função
+positiva e conhecida. A função de quase-verossimilhança é expressa como
 \begin{equation}
   \label{eqn:quase-verossimilhanca}
-  Q(\mu_i \mid y_i) = \int_{y_i}^{\mu_i} \frac{y_i - t}{\sigma^2 V(\mu_i)}dt
+  Q(\mu_i \mid y_i) = \int_{y_i}^{\mu_i}
+  \frac{y_i - \mu_i^t}{\sigma^2 V(\mu_i)}d\mu_i^t
 \end{equation}
 
-Na expressão \ref{eqn:quase-verossimilhanca} a função de
-quase-verossimilhança é definida a partir da especificação de $\mu_i$,
-$V(\mu_i)$ e $\sigma^2$. O processo de estimação via maximização dessa
-função compartilha, do método baseado na maximazação da verossimilhança,
-as mesmas estimativas para $\mu_i$, porém a dispersão de $y_i$, $V(y_i)
-= \theta V(\mu_i)$ é corrigida pelo parâmetro adicional $\sigma^2$.
-
-Assim os problemas com a fuga da suposição de equidispersão podem ser
-superados quando a estimação por máxima quase-verossimilhança é
-adotada. Porém um resultado dessa abordagem é que
-
+Na \autoref{eqn:quase-verossimilhanca} a função de quase-verossimilhança
+é definida a partir da especificação de $\mu_i$, $V(\mu_i)$ e
+$\sigma^2$. O processo de estimação via maximização dessa função
+compartilha, do método baseado na maximazação da função de
+verossimilhança, as mesmas estimativas para $\mu_i$, porém a dispersão
+de $y_i$ é corrigida pelo parâmetro adicional $\sigma^2$, $V(y_i) =
+\sigma^2 V(\mu_i)$.
+
+Com a adição desse parâmetro de dispersão $\sigma^2$, os problemas com a
+fuga da suposição de equidispersão são superados. Porém um resultado
+dessa abordagem é que
 \begin{equation}
   \label{eqn:quasi-informacao}
   -E\left ( \frac{\partial^2 Q(\mu \mid y)}{\partial \mu^2} \right) \leq
   -E\left ( \frac{\partial^2 \ell(\mu \mid y)}{\partial \mu^2} \right)
 \end{equation}
-
-\noindent
-ou seja a informação a respeito de $\mu$ quando se conhece apenas
+ou seja, a informação a respeito de $\mu$ quando se descreve apenas
 $\sigma^2$ e $V(\mu)$, a relação entre média e variância, é menor do que
-a informação quando se conhece a distribuição da variável resposta, dada
-pela log-verossimilhança $\ell(\mu \mid y)$. Além disso ressalta-se que,
-de forma geral, não é possível descrever uma distribuição de
+a informação quando se descreve a distribuição da variável resposta,
+dada pela log-verossimilhança $\ell(\mu \mid y)$. Além disso ressalta-se
+que, de forma geral, não é possível descrever uma distribuição de
 probabilides para $Y$ somente com as especificações de $\sigma^2$ e
 $V(\mu)$.
 
-Em modelos de regressão, $g(\mu_i) = X\beta$ e $V(\mu_i)$ definem a
-função de quase-verossimilhança. Nessa abordagem são estimados os
-parâmetros $\beta$ e $\sigma^2$. A estimativa do vetor $\beta$ pode ser
-obtidas pelo algoritmo \textit{IWLS}. Usando as funções quase-escore e
-matriz de quase-informação chega-se ao mesmo algoritmo de estimação dado
-no caso Poisson, que não depende de $\sigma^2$. O parâmetro $\sigma^2$ é
-estimado separadamente, pós estimação dos $\beta$'s. Um estimador usual
-é o baseado na estatística $\chi^2$ de Pearson.
-
+Em modelos de regressão, $g(\mu_i) = \underline{x}_i^t\beta$ e
+$V(\mu_i)$ definem a função de quase-verossimilhança. Nessa abordagem
+são estimados os parâmetros $\beta$ e $\sigma^2$. A estimação do vetor
+$\beta$ pode ser realizada pelo algoritmo \textit{IWLS}. Usando as
+funções quase-escore, derivadas de primeira ordem da função $Q(\mu_i
+\mid y_i)$ em relaçao aos $\beta$'s, e matriz de quase-informação,
+derivadas de segunda ordem, chega-se ao mesmo algoritmo de estimação
+dado no caso Poisson, que não depende de $\sigma^2$. O parâmetro
+$\sigma^2$ é estimado separadamente, pós estimação dos $\beta$'s. Um
+estimador usual é o baseado na estatística $\chi^2$ de Pearson
 \begin{equation}
   \label{eqn:estimador-theta}
   \hat{\sigma^2} = \frac{1}{n-p} \sum_{i=1}^n
@@ -241,11 +236,10 @@ estimado separadamente, pós estimação dos $\beta$'s. Um estimador usual
 \section{Modelo Binomial Negativo}
 \label{cap02:binomneg}
 
-Uma das principais alternativas paramétricas para dados de contagem
-superdispersos é a distribuição Binomial Negativa. A função massa de
-probabilidade da distribuição Binomial Negativa pode ser deduzida de um
-processo hierárquico de efeitos aleatórios onde se assume que
-
+Uma das principais distribuições paramétricas para dados de contagem
+superdispersos é a Binomial Negativa. A função massa de probabilidade da
+distribuição Binomial Negativa pode ser deduzida de um processo
+hierárquico de efeitos aleatórios em que se assume
 \begin{equation}
   \label{eqn:proc-binomneg}
   \begin{split}
@@ -254,44 +248,6 @@ processo hierárquico de efeitos aleatórios onde se assume que
   \end{split}
 \end{equation}
 
-\noindent
-A função massa de probabilidade decorrente da estrutura descrita em
-\ref{eqn:proc-binomneg} é deduzida integrando os efeitos aleatórios.
-Considere $f(y \mid b)$ como a função massa de probabilidade da
-distribuição Poisson (vide expressão em \ref{eqn:pmf-poisson}) e $g(b
-\mid \mu, \phi)$ a função densidade da distribuição Gama \footnote{O
-  desenvolvimento detalhado da integral pode ser visto em
-  \citeonline[pág. 303-305]{Paula2013}. Obs.: A função densidade do
-  modelo Gama está parametrizada para que $\mu$ represente a média da
-  distribuição.}
-
-\begin{equation}
-  \label{eqn:proc-binomneg}
-  \begin{split}
-    \Pr(Y = y \mid \mu,\theta) &= \int_0^\infty f(y \mid b)
-       g(b \mid \mu,\theta) db\\
-    &= \frac{\theta^\theta}{y!\mu^\theta\Gamma(\theta)}
-       \int_0^\infty e^{-b(1 + \theta/\mu)} b^{y+\theta-1}db \\
-    &= \frac{\Gamma(\theta + y)}{\Gamma(y+1)\Gamma(\theta)}
-       \left ( \frac{\mu}{\mu + \theta} \right )^y
-       \left ( \frac{\theta}{\mu + \theta} \right )^\theta
-       \qquad y = 0, 1, 2, \cdots
-  \end{split}
-\end{equation}
-
-\noindent
-com $\mu >0$ e $\theta > 0$. Esse é um caso particular de um modelo de
-efeito aleatório cuja integral tem solução analítica e por consequência
-o modelo marginal tem forma fechada. Outro caso que se baseia no mesmo
-princípio é o modelo \textit{Inverse Gaussian Poisson}, que como o nome
-sugere adota a distribuição Inversa Gaussiana para os efeitos
-aleatórios. Na figura \ref{fig:distr-binomneg} são apresentadas as
-distribuições Binomial Negativa para diferentes parâmetros $\theta$ em
-comparação com a distribuição Poisson equivalente em locação. Note que
-quanto menor o parâmetro $\theta$, maior a dispersão da
-distribuição. Isso introduz uma propriedade importante desse modelo,
-para $\theta \to \infty$ a distribuição reduz-se a Poisson.
-
 <<distr-binomneg, fig.height=3.4, fig.width=6.7, fig.cap="Probabilidades pela distribuição Binomial Negativa para diferentes níveis de dispersão, fixando a média em 5.">>=
 
 ##-------------------------------------------
@@ -343,13 +299,13 @@ xyplot(values ~ c(y - 0.15) | ind, data = da.po,
         type = "h", col = cols[2]))
 for(i in 1:3){
     trellis.focus("panel", i, 1, highlight=FALSE)
-    grid::grid.text(label = sprintf("E[Y]:  %.1f\nV[Y]:  %.1f",
+    grid::grid.text(label = sprintf("E(Y):  %.1f\nV(Y):  %.1f",
                                     mu, mu),
                     x = .62, y = 0.03,
                     default.units = "npc",
                     gp = grid::gpar(col = cols[1]),
                     just = c("left", "bottom"))
-    grid::grid.text(label = sprintf("E[Y]:  %.1f\nV[Y]:  %.1f",
+    grid::grid.text(label = sprintf("E(Y):  %.1f\nV(Y):  %.1f",
                                     mu, vars[i]),
                     x = .08, y = 0.03,
                     default.units = "npc",
@@ -360,14 +316,39 @@ trellis.unfocus()
 
 @
 
-Os momentos média e variância da distribuição Binomial Negativa são
-expressos como $E(Y) = \mu$ e $V(Y) = \mu + \mu^2/\sigma^2$. Pelas
-expressões fica evidente a característica da Binomial Negativa de
-acomodar somente superdispersão, pois $E(Y)$ é menor que $V(Y)$ para
-qualquer $\sigma^2$. Percebe-se também que quanto maior o parâmetro
-$\sigma^2$ mais $E(Y)$ se aproxima de $V(Y)$, e no limite, quando
-$\sigma^2 \rightarrow \infty$, $E(Y) = V(Y)$ fazendo com que a
-distribuição Binomial Negativa se reduza a Poisson.
+A função massa de probabilidade de $Y$, decorrente da estrutura descrita
+na \autoref{eqn:proc-binomneg} é deduzida integrando os efeitos
+aleatórios.  Considere $f(y \mid b)$ como a função massa de
+probabilidade da distribuição Poisson (vide \autoref{eqn:pmf-poisson}) e
+$g(b \mid \mu, \phi)$ a função densidade da distribuição Gama
+\footnote{O desenvolvimento detalhado da integral pode ser visto em
+  \citeonline[pág. 303-305]{Paula2013}. Obs.: A função densidade do
+  modelo Gama está parametrizada para que $\mu$ represente a média da
+  distribuição.}
+\begin{equation}
+  \label{eqn:proc-binomneg}
+  \begin{split}
+    \Pr(Y = y \mid \mu,\theta) &= \int_0^\infty f(y \mid b)
+       g(b \mid \mu,\theta) db\\
+    &= \frac{\theta^\theta}{y!\mu^\theta\Gamma(\theta)}
+       \int_0^\infty e^{-b(1 + \theta/\mu)} b^{y+\theta-1}db \\
+    &= \frac{\Gamma(\theta + y)}{\Gamma(y+1)\Gamma(\theta)}
+       \left ( \frac{\mu}{\mu + \theta} \right )^y
+       \left ( \frac{\theta}{\mu + \theta} \right )^\theta,
+       \qquad y = 0, 1, 2, \cdots
+  \end{split}
+\end{equation}
+com $\mu >0$ e $\theta > 0$. Esse é um caso particular de um modelo de
+efeito aleatório, cuja integral tem solução analítica e, por
+consequência, o modelo marginal tem forma fechada. Outro caso que se
+baseia no mesmo princípio é o modelo \textit{Inverse Gaussian Poisson},
+que, como o nome sugere, adota a distribuição Inversa Gaussiana para os
+efeitos aleatórios. Na \autoref{fig:distr-binomneg} são apresentadas
+as distribuições Binomial Negativa para diferentes parâmetros $\theta$
+em comparação com a distribuição Poisson, equivalente em locação. Note
+que quanto menor o parâmetro $\theta$, maior a dispersão da
+distribuição. Isso introduz uma propriedade importante desse modelo,
+para $\theta \to \infty$ a distribuição reduz-se a Poisson.
 
 <<mv-binomneg, fig.height=4, fig.width=4, fig.cap="Relação Média e Variância na distribuição Binomial Negativa.">>=
 
@@ -409,51 +390,55 @@ fonte("Fonte: Elaborado pelo autor.", cex = 0.95)
 
 @
 
-A relação funcional entre média e variância é ilustrada na figura
-\ref{fig:mv-binomneg} onde são apresentadas as médias e variâncias para
-$\mu$ entre 0 e 10 e $\theta$ entre 0 e 50. O comportamento dessa
-relação proporciona um maior flexibilidade à distribuição em acomodar
-superdispersão, uma característica importante exibida nesta figura é que
-para a Binomial Negativa se aproximar a Poisson em contagens altas o
-$\theta$ deve ser extremamente grande.
+Os momentos média e variância da distribuição Binomial Negativa são
+dados por $E(Y) = \mu$ e $V(Y) = \mu + \mu^2/\sigma^2$. Pelas expressões
+fica evidente a característica da Binomial Negativa de acomodar somente
+superdispersão, pois $E(Y)$ é menor que $V(Y)$ para qualquer
+$\sigma^2$. Percebe-se também que quanto maior o parâmetro $\sigma^2$
+mais $E(Y)$ se aproxima de $V(Y)$, e no limite, quando $\sigma^2
+\rightarrow \infty$, $E(Y) = V(Y)$ fazendo com que a distribuição
+Binomial Negativa se reduza à Poisson.
+
+A relação funcional entre média e variância é ilustrada na
+\autoref{fig:mv-binomneg} em que são apresentadas as médias e variâncias
+para $\mu$, entre 0 e 10, e $\theta$, entre 0 e 50. O comportamento
+dessa relação proporciona uma maior flexibilidade à distribuição em
+acomodar superdispersão. Uma característica importante exibida nessa
+figura é que para a Binomial Negativa se aproximar da Poisson em médias
+altas o $\theta$ deve ser extremamente grande.
 
 O emprego do modelo Binomial Negativo em problemas se regressão ocorre
 de maneira similar aos MLG's, com exceção de que a distribuição só
-pertence a família exponencial de distribuições se o parâmetro $\theta$
-for conhecido e assim o processo sofre algumas
-alterações. Primeiramente, assim como na Poisson, defini-se $g(\mu_i) =
-X\beta$, comumente utiliza-se a função $g(\mu_i) =
-\log(\mu_i)$. Desenvolvendo a log-verossimilhança e suas funções
-derivadas, função escore e matriz de informação de Fisher, mostra-se que
-matriz de informação é bloco diagonal caracterizando a ortogonalidade
-dos parâmetros $\beta$ de locação e $\theta$ de dispersão. Deste fato
-decorre que a estimação dos parâmetros pode ser realizada em paralelo,
-ou seja, estima-se o vetor $\beta$ pelo método de \textit{IWLS} e
-posteriormente o parâmetro $\theta$ pelo método de Newton-Raphson,
-faz-se os dois procedimentos simultaneamente até a convergência das
-estimativas.
+pertence à família exponencial de distribuições se o parâmetro $\theta$
+for fixado e assim o processo sofre algumas alterações. Primeiramente,
+assim como na Poisson, define-se $g(\mu_i) = \underline{x}_i^t\beta$,
+comumente utiliza-se a função $g(\mu_i) = \log(\mu_i)$. A partir da
+log-verossimilhança e suas funções derivadas, função escore e matriz de
+informação de Fisher, mostra-se que matriz de informação é bloco
+diagonal caracterizando a ortogonalidade dos parâmetros $\beta$ de
+locação e $\theta$ de dispersão. Desse fato decorre que a estimação dos
+parâmetros pode ser realizada em paralelo, ou seja, estima-se o vetor
+$\beta$ pelo algoritmo \textit{IWLS} e posteriormente o parâmetro
+$\theta$ pelo método de Newton-Raphson.  Os dois procedimentos são
+realizados simultaneamente até a convergência das estimativas.
 
 \section{Modelo COM-Poisson}
 \label{cap02:compoisson}
 
 A distribuição de probabilidades COM-Poisson foi proposta por
-\citeonline{Conway1962}, em um contexto de filas e generaliza a Poisson
+\citeonline{Conway1962}, em um contexto de filas, e generaliza a Poisson
 em termos da razão de probabilidades sucessivas, como será visto
-adiante. Seja $Y$ uma variável aleatória COM-Poisson, então sua função
+adiante. Seja $Y$ uma variável aleatória COM-Poisson então sua função
 massa de probabilidade é
-
 \begin{equation}
   \label{eqn:pmf-compoisson}
-  \Pr(Y=y \mid \lambda, \nu) = \frac{\lambda^y}{(y!)^\nu Z(\lambda, \nu)}
+  \Pr(Y=y \mid \lambda, \nu) = \frac{\lambda^y}{(y!)^\nu Z(\lambda, \nu)},
   \qquad y = 0, 1, 2, \ldots
 \end{equation}
-
-\noindent
 em que $\lambda > 0$, $\nu \geq 0$ e $Z(\lambda, \nu)$ é uma constante
-de normalização, calculada para que de fato \ref{eqn:pmf-compoisson}
-seja uma função massa de probabilidade ($\sum_{i=1}^\infty \Pr(Y = y) =
-1$). $Z(\lambda, \nu)$ é definida como se segue
-
+de normalização, calculada para que de fato a \autoref{eqn:pmf-compoisson}
+seja uma função massa de probabilidade ($\sum_{i=0}^\infty \Pr(Y = i) =
+1$). A função $Z(\lambda, \nu)$ é definida como se segue
 \begin{equation}
   \label{eqn:constante-z}
   Z(\lambda, \nu) = \sum_{j=0}^\infty \frac{\lambda^j}{(j!)^\nu}
@@ -461,26 +446,23 @@ seja uma função massa de probabilidade ($\sum_{i=1}^\infty \Pr(Y = y) =
 
 O fato que torna a distribuição COM-Poisson mais flexível é a razão
 entre probabilidades sucessivas
-
 \begin{equation}
   \label{eqn:prob-ratio}
   \frac{\Pr(Y=y-1)}{\Pr(Y=y)} = \frac{y^\nu}{\lambda}
 \end{equation}
-
-\noindent
-que se caracteriza não necessariamente linear em $y$, diferentemente da
-Poisson, o que permite caudas mais pesadas ou mais leves à distribuição
-\cite{Sellers2010}. Na figura \ref{fig:distr-compoisson} são
+que se caracteriza não, necessariamente, linear em $y$, diferentemente
+da Poisson, o que permite caudas mais pesadas ou mais leves à
+distribuição \cite{Sellers2010}. Na \autoref{fig:distr-compoisson} são
 apresentadas as distribuições COM-Poisson para diferentes valores de
 $\lambda$ e $\nu$, em contraste com as equivalentes, em locação,
 distribuições Poisson. Nessa figura pode-se ver a flexibilidade desse
 modelo, pois i) contempla o caso de subdispersão mesmo em contagens
 baixas ($E(Y)=3$, painel a esquerda), a distribuição permite caudas
-pesadas e consequentemente uma dispersão extra Poisson, ii) contempla
+pesadas e consequentemente uma dispersão extra Poisson; ii) contempla
 subdispersão mesmo em contagens altas, onde na Poisson tem-se
 variabilidade na mesma magnitude, na COM-Poisson pode-se ter caudas mais
 leves concentrando as probabilidades em torno da média (painel a
-direita) e iii) tem como caso particular a Poisson quando o parâmetro
+direita); e iii) tem como caso particular a Poisson quando o parâmetro
 $\nu = 1$ (painel central).
 
 <<distr-compoisson, fig.height=3.4, fig.width=6.7, fig.cap="Probabilidades pela distribuição COM-Poisson para diferentes parâmetros.">>=
@@ -542,13 +524,13 @@ xyplot(values ~ c(y - 0.15) | ind, data = da.po,
         type = "h", col = cols[2]))
 for(i in 1:3){
     trellis.focus("panel", i, 1, highlight=FALSE)
-    grid::grid.text(label = sprintf("E[Y]:  %.1f\nV[Y]:  %.1f",
+    grid::grid.text(label = sprintf("E(Y):  %.1f\nV(Y):  %.1f",
                                     mus[i], mus[i]),
                     x = .57, y = 0.03,
                     default.units = "npc",
                     gp = grid::gpar(col = cols[1]),
                     just = c("left", "bottom"))
-grid::grid.text(label = sprintf("E[Y]:  %.1f\nV[Y]:  %.1f",
+grid::grid.text(label = sprintf("E(Y):  %.1f\nV(Y):  %.1f",
                                 mus[i], vars[i]),
                 x = .05, y = 0.03,
                 default.units = "npc",
@@ -561,19 +543,19 @@ trellis.unfocus()
 
 Uma das vantagens do modelo COM-Poisson é que possui, além da Poisson
 quando $\nu = 1$, outras distribuições bem conhecidas como casos
-particulares. Esses casos particulares ocorrem essencialmente devido a
-forma assumida pela série infinita $Z(\lambda, \nu)$. Quando $\lambda =
-1$, $Z(\lambda, \nu = 1) = e^\lambda$ e substituindo na expressão
-\ref{eqn:pmf-compoisson}, tem-se a distribuição Poisson
+particulares. Esses casos particulares ocorrem essencialmente devido à
+forma assumida pela série infinita $Z(\lambda, \nu)$. Quando $\nu = 1$,
+$Z(\lambda, \nu = 1) = e^\lambda$ e substituindo na
+\autoref{eqn:pmf-compoisson}, tem-se a distribuição Poisson
 resultante. Quando $\nu \rightarrow \infty,\, Z(\lambda, \nu)
 \rightarrow 1+\lambda$ e a distribuição COM-Poisson se aproxima de uma
 distribuição Bernoulli com $P(Y=1)=\frac{\lambda}{1+\lambda}$. E quando
 $\nu = 0$ e $\lambda < 1$ $Z(\lambda, \nu)$ é uma soma geométrica que
-resulta em $(1-\lambda)^{-1}$ e a expressão \ref{eqn:pmf-compoisson} se
-resume a uma distribuição Geométrica com $P(Y=0)=(1-\lambda)$
-\cite{Shmueli2005}. Os três respectivos casos particulares citados são
-ilustrados na figura \ref{fig:casos-particulares}, onde os parâmetros
-foram escolhidos conforme restrições para redução da distribuição.
+resulta em $(1-\lambda)^{-1}$ e a \autoref{eqn:pmf-compoisson} se resume
+a uma distribuição Geométrica com $P(Y=0)=(1-\lambda)$
+\cite{Shmueli2005}. Os três casos particulares citados são ilustrados na
+\autoref{fig:casos-particulares}, onde os parâmetros foram escolhidos
+conforme restrições para redução da distribuição.
 
 <<casos-particulares, fig.height=3, fig.width=7, fig.cap="Exemplos de casos particulares da distribuição COM-Poisson.">>=
 
@@ -617,7 +599,7 @@ xyplot(values ~ y | ind, data = da,
        layout = c(NA, 1),
        par.strip = list(lines = 2, col = "transparent"),
        sub = "Fonte: Elaborado pelo autor.")
-distr <- c("Poisson", "Bernoulli", "Geométrica")
+distr <- expression("Poisson", ""%~~%"Bernoulli", "Geométrica")
 ##-------------------------------------------
 ## http://stackoverflow.com/questions/33632344/strip-with-two-lines-title-r-lattice-plot
 for (i in 1:3) {
@@ -636,7 +618,6 @@ for (i in 1:3) {
 Um inconveniente desse modelo é que os momentos média e variância não
 tem forma fechada. Sendo assim, devem ser calculados a partir da
 definição
-
 $$
   E(Y) = \sum_{y = 0}^{\infty} y \cdot p(y) \qquad \textrm{e} \qquad
   V(Y) = \sum_{y = 0}^{\infty} y^2 \cdot p(y) - E^2(Y)
@@ -644,27 +625,23 @@ $$
 
 \citeonline{Shmueli2005}, a partir de uma aproximação para $Z(\lambda,
 \nu)$, apresenta uma forma aproximada para os momentos da distribuição
-
 \begin{equation}
   \label{eqn:cmp-mean-aprox}
   E(Y) \approx \lambda^{1/\nu} - \frac{\nu - 1}{2\nu} \qquad
   \textrm{e} \qquad
   V(Y) \approx \frac{\lambda^{1/\nu}}{\nu}
 \end{equation}
-
-\noindent
 os autores ressaltam que essa aproximação é satisfatória para $\nu \leq
-1$ ou $\lambda > 10^\nu$. Na figura \ref{fig:mv-compoisson} é
-representada a relação média e variância aproximada pelas expressões em
+1$ ou $\lambda > 10^\nu$. Na \autoref{fig:mv-compoisson} é representada
+a relação média e variância aproximada pelas expressões em
 \ref{eqn:cmp-mean-aprox}. Percebe-se que a relação é praticamente linear
 entre média e variância, \citeonline{Sellers2010} descrevem que essa
 pode ser relação pode, ainda, ser aproximada por
-$\frac{1}{\nu}E(Y)$. Dessas aproximações, bem como das visualizações em
-\ref{fig:distr-compoisson}, \ref{fig:casos-particulares} e
-\ref{fig:mv-compoisson} deduz-se que o parâmetros $\nu$, ou
-$\frac{1}{\nu}$, controla a precisão da distribuição, sendo ela
-equidispersa quando $\nu = 1$, superdispersa quando $\nu < 1$ e
-subdispersa quando $\nu > 1$.
+$\frac{1}{\nu}E(Y)$. Dessas aproximações, bem como das visualizações na
+\autoref{fig:distr-compoisson}, \autoref{fig:casos-particulares} e
+\autoref{fig:mv-compoisson}, deduz-se que o parâmetro $\nu$, controla a
+precisão da distribuição, sendo ela equidispersa quando $\nu = 1$,
+superdispersa quando $\nu < 1$ e subdispersa quando $\nu > 1$.
 
 <<mv-compoisson, fig.height=4, fig.width=4, fig.cap="Relação Média e Variância na distribuição COM-Poisson.">>=
 
@@ -693,7 +670,7 @@ title(xlab = expression(E(X) == lambda^{1/nu} - frac(nu-1, 2*nu)),
       line = 4)
 grid()
 
-## Curvas da relação média e variância da Binomial Negativa
+## Curvas da relação média e variância da COM-Poisson
 for (a in seq_along(nu)) {
     curve((1/nu[a])*(mu + (nu[a] - 1)/(2*nu[a])),
           add = TRUE, xname = "mu", col = col[a], lwd = 2)
@@ -705,46 +682,44 @@ plotrix::color.legend(
     rect.col = col)
 mtext(text = expression(nu), side = 3, cex = 1.3,
       line = -3.5, at = 11.5)
+abline(0, 1)
 fonte("Fonte: Elaborado pelo autor.", cex = 0.95)
 
-wrapfigure()
-
 @
 
-Embora o modelo COM-Poisson não tenha expressão fechada para a média da
-distribuição pode-se utilizá-lo como modelo associado a distribuição
-condicional da variável resposta de contagem. Isso é feito incorporando
-um preditor linear em $\lambda$, que mesmo não representando a média,
+Embora a distribuição COM-Poisson não tenha expressão fechada para a
+média, pode-se utilizá-la como distribuição condicional da variável
+resposta de contagem em modelos de regressão. Isso é feito incorporando
+um preditor linear em $\lambda$ que, mesmo não representando a média,
 está associado com a locação da distribuição, ou seja, modela-se a média
 indiretamente nessa abordagem. O modelo de regressão é definido com as
 variáveis aleatórias condicionalmente independentes $Y_1, Y_2, \ldots,
-Y_n$, dado o vetor de covariáveis $X_i = (x_{i1}, x_{i2}, \ldots,
-x_{ip})$ seguindo um modelo COM-Poisson de parâmetros $\lambda_i =
-e^{X_i\beta}$, $i = 1, 2, \ldots, n$ e $\nu$ comum a todas as
-observações. Na expressão \ref{eqn:reg-poisson} o modelo é devidamente
-formulado, conforme a notação de MLG's
+Y_n$, dado o vetor de covariáveis $\underline{x}_i = (x_{i1}, x_{i2},
+\ldots, x_{ip})$ seguindo um modelo COM-Poisson de parâmetros $\lambda_i
+= e^{\underline{x}_i^t\beta}$, $i = 1, 2, \ldots, n$ e $\nu$ comum a
+todas as observações. Na \autoref{eqn:reg-compoisson} o modelo é
+devidamente formulado, conforme a notação de MLG's
 
 \begin{equation}
   \label{eqn:reg-compoisson}
   \begin{split}
-    Y_i \mid & X_i \sim \textrm{COM-Poisson}(\lambda_i, \nu) \\
-    &\eta(E(Y_i \mid X_i)) = \log(\lambda_i) = X_i\beta
+    Y_i \mid & \underline{x}_i \sim \textrm{COM-Poisson}(\lambda_i,
+    \nu) \\
+    &g(E(Y_i \mid \underline{x}_i)) =
+    \log(\lambda_i) = \underline{x}_i^t\beta
   \end{split}
 \end{equation}
 
 O algoritmo para estimação do conjunto de parâmetros $\Theta = (\nu,
-\beta)$ do modelo é baseado na maximização da log-verossimilhança, que
-decorrente da especificação em \ref{eqn:reg-compoisson} é
-
+\beta)$ do modelo é baseado na maximização da log-verossimilhança que,
+decorrente da especificação em \ref{eqn:reg-compoisson}, é dada por
 \begin{equation}
   \label{eqn:loglik-compoisson}
-  \ell(\nu, \beta \mid \underline{y}) = \sum_i^n y_i \log(\lambda_i) -
-  \nu \sum_i^n \log(y!) - \sum_i^n \log(Z(\lambda_i, \nu))
+  \ell(\nu, \beta \mid \underline{y}) = \sum_{i=1}^n y_i
+  \log(\lambda_i) - \nu \sum_{i=1}^n \log(y!) - \sum_{i=1}^n
+  \log(Z(\lambda_i, \nu))
 \end{equation}
-
-\noindent
 e então as estimativas de máxima verossimilhança são
-
 $$
 \hat{\Theta} = (\hat{\nu}, \hat{\beta}) =
 \underset{(\nu,\,\beta)}{\textrm{arg max }} \ell(\nu, \beta \mid
@@ -753,21 +728,6 @@ $$
 
 <<constante-z, fig.height=3, fig.width=6.7, fig.cap="Convergência da constante de normalização da COM-Poisson para diferentes conjuntos de parâmetros.">>=
 
-##-------------------------------------------
-## Calcula Z para um c(lambda, phi)
-funZ <- function(lambda, nu, maxit = 500, tol = 1e-5) {
-    z <- rep(NA, maxit)
-    j = 1
-    ##
-    z[j] <- exp(j * log(lambda) - nu * lfactorial(j))
-    ##
-    while (abs(z[j] - 0) > tol && j <= maxit) {
-        j = j + 1
-        z[j] <- exp(j * log(lambda) - nu * lfactorial(j))
-    }
-    return(cbind("j" = 0:j, "z" = c(1, z[!is.na(z)])))
-}
-
 ##-------------------------------------------
 ## Parametros da distribuição
 pars <- list("p1" = c(1.362, 0.4), "p2" = c(8, 1), "p3" = c(915, 2.5))
@@ -801,22 +761,22 @@ xyplot(z ~ j | .id, data = da,
 
 @
 
-Para avaliação da log-verossimilhança em \ref{eqn:loglik-compoisson} a
-constante de normalização $Z(\lambda, \nu)$, conforme definida em
-\ref{eqn:constante-z} é calcula para cada observação o que
+Para avaliação da log-verossimilhança, \autoref{eqn:loglik-compoisson},
+a constante de normalização $Z(\lambda, \nu)$, conforme definida em
+\ref{eqn:constante-z}, é calculada para cada observação, o que
 potencialmente torna o processo de estimação lento. Uma ilustração do
 número de incrementos considerados para cálculo da constante $Z(\lambda,
-\nu)$ é apresentada na figura \ref{fig:constante-z}. Nesta ilustração
-foram utilizados os mesmos parâmetros definidos em
-\ref{fig:distr-compoisson} e o número de incrementos
-considerados para convergência \footnote{Adotou-se como critério de
-  convergência a iteração $j$ tal que $\lambda^j/(j!)^\nu <
-  0,00001$}. de $Z(\lambda, \nu)$ foram \Sexpr{c(table(da[, ".id"]))}
-nos primeiro, segundo e terceiro painéis respectivamente.
+\nu)$ é apresentada na \autoref{fig:constante-z}. Nesta ilustração
+foram utilizados os mesmos parâmetros das distribuições na
+\autoref{fig:distr-compoisson}. O número de incrementos necessários para
+convergência\footnote{Adotou-se como critério de convergência a
+  iteração $j$ tal que $\lambda^j/(j!)^\nu < 0,00001$} de $Z(\lambda,
+\nu)$ foram \Sexpr{c(table(da[, ".id"]))} nos primeiro, segundo e
+terceiro painéis respectivamente.
 
 Detalhes computacionais do algoritmo de maximização e manipulações
 algébricas para eficiência na avaliação da log-verossimilhança no modelo
-COM-Poisson são discutidos na seção \ref{cap03:metodos}.
+COM-Poisson são discutidos na \autoref{cap03:metodos}.
 
 \section{Modelos para excesso de zeros}
 \label{cap02:zeros}
@@ -824,31 +784,33 @@ COM-Poisson são discutidos na seção \ref{cap03:metodos}.
 Problemas com excesso de zeros são comuns em dados de
 contagem. Caracteriza-se como excesso de zeros casos em que a quantidade
 observada de contagens nulas supera substancialmente aquela esperada
-pelo modelo de contagem adotado. No caso do modelo Poisson a fração de
-zeros é $e^{-\lambda}$.
+pelo modelo de contagem adotado.
 
-As contagens nulas que geram o excesso de zeros podem ser explicadas de
+As contagens nulas em dados com excesso de zeros podem ser explicadas de
 duas formas distintas. A primeira denomina-se de zeros estruturais,
 quando a ocorrência de zero se dá pela ausência de determinada
-característica na população e a segunda, que zeros amostrais que
-ocorrem segundo um processo gerador de dados de contagem (e.g processo
+característica na população e a segunda de zeros amostrais, que ocorrem
+segundo um processo gerador de dados de contagem (e.g processo
 Poisson). Por exemplo, considerando o número de dias que uma família
 consome um determinado produto, tem-se aquelas famílias que não consomem
 o produto (zeros estruturais) e as demais famílias que consomem o
 produto, porém não o consumiram no intervalo de tempo considerado no
-estudo (zeros amostrais). Assim, de forma geral são dois processos
+estudo (zeros amostrais). Assim, de forma geral, são dois processos
 geradores de dados em uma variável aleatória de contagem com excessivos
 zeros.
 
-Em geral, quando dados de contagem apresentam excessos de valores zero
-também apresentarão superdispersão. Todavia, essa dispersão pode ser
-exclusivamente devido ao excesso de zeros e assim os modelos
-alternativos já apresentados não terão um bom desempenho. Uma ilustração
-deste fato é apresentada na figura \ref{fig:ilustra-zeros}, em que foram
-simulados dados com excesso de zeros e ajustado um modelo
-COM-Poisson. Em ambos os casos o modelo não se ajustou adequadamente,
-indicando que os excessos de zeros devem ser abordados de forma
-diferente.
+Em geral, quando dados de contagem apresentam excesso de zeros também
+apresentarão superdispersão. Todavia, essa dispersão pode ser
+exclusivamente devido ao excesso de zeros, e os modelos alternativos já
+apresentados não terão um bom desempenho. Uma ilustração desse fato é
+apresentada na \autoref{fig:ilustra-zeros}, em que foram simulados dados
+com excesso de zeros. A simulação foi realizada de forma hierárquica,
+simulando valores $y_z$ de uma variável aleatória Bernoulli de parâmetro
+$\pi$ e, para $y_z=0$ armazenou-se o zero e para $y_z=1$ simulou-se de
+uma distribuição Poisson de paramêtro $\lambda$. Ajustando um modelo
+COM-Poisson para as duas simulações com diferentes parâmetros $\pi$ e
+$\lambda$, observa-se que o modelo não se mostra adequado, indicando que
+os excessos de zeros devem ser abordados de forma diferente.
 
 <<ilustra-zeros, fig.cap="Ilustração de dados de contagem com excesso de zeros.", fig.height=3, fig.width=5>>=
 
@@ -857,14 +819,14 @@ diferente.
 set.seed(20124689)
 n <- 1000
 
-lambda <- 2; pi <- 0.9
-y1 <- sapply(rbinom(n, 1, pi), function(x) {
-    ifelse(x == 0, 0, rpois(1, lambda))
+lambda1 <- 2; pi1 <- 0.9
+y1 <- sapply(rbinom(n, 1, pi1), function(x) {
+    ifelse(x == 0, 0, rpois(1, lambda1))
 })
 
-lambda <- 5; pi <- 0.85
-y2 <- sapply(rbinom(n, 1, pi), function(x) {
-    ifelse(x == 0, 0, rpois(1, lambda))
+lambda2 <- 5; pi2 <- 0.85
+y2 <- sapply(rbinom(n, 1, pi2), function(x) {
+    ifelse(x == 0, 0, rpois(1, lambda2))
 })
 
 ##-------------------------------------------
@@ -896,6 +858,11 @@ key <- list(
     columns = 2,
     lines = list(lty = 1, col = cols),
     text = list(c("Observado", "COM-Poisson")))
+fl <- substitute(
+    expression(pi == p1~","~lambda == l1,
+               pi == p2~","~lambda == l2),
+    list(p1 = pi1, p2 = pi2, l1 = lambda1, l2 = lambda2)
+)
 
 ##-------------------------------------------
 ## Gráfico
@@ -905,7 +872,9 @@ xyplot(py_real ~ c(yu - 0.15) | caso, data = da,
        ylab = expression(Pr(Y==y)),
        ylim = ylim,
        key = key,
-       strip = strip.custom(factor.levels = paste("Simulação", 1:2)),
+       strip = strip.custom(
+           factor.levels = fl
+       ),
        sub = "Fonte: Elaborado pelo autor.") +
     as.layer(xyplot(
         py_dcmp ~ c(yu + 0.15) | caso, data = da,
@@ -923,57 +892,52 @@ as duas principais abordagens são i) os modelos de mistura
 \textit{Hurdle Models}. Neste trabalho somente a abordagem via modelos
 condicionais será considerada. A função massa de probabilidade do modelo
 Hurdle é
-
 \begin{equation}
   \label{eqn:pmf-hurdle}
   \Pr(Y = y \mid \pi, \Theta_c) =
     \begin{dcases*}
-      \pi & \text{se } y = 0,\\
+      \pi &, \text{se } y = 0\,;\\
       (1 - \pi) \frac{\Pr(Z = z \mid \Theta_c)}{1 - \Pr(Z = 0 \mid
-        \Theta_c)} & \text{se } y = 1, 2, \dots
+        \Theta_c)} &, \text{se } y = 1, 2, \dots
     \end{dcases*}
 \end{equation}
-
-\noindent
 em que $0<\pi<1$, representa a probabilidade de ocorrência de zeros e
 $\Pr(Z = z \mid \Theta_c)$ a função massa de probabilidade de uma
 variável aleatória de contagem $Z$, como a Poisson ou a Binomial
 Negativa.
 
-Da especificação em \ref{eqn:pmf-hurdle}, os momentos média e variância
-são obtidos usando as definições $E(Y) = \sum_{y=1}^\infty y \cdot
-\Pr(Y=y)$ e $V(Y) = \sum_{y=1}^\infty y^2 \cdot \Pr(Y=y) - E^2(Y)$
+Da especificação em \ref{eqn:pmf-hurdle}, a média e a variância
+são obtidas usando as definições $E(Y) = \sum_{y=1}^\infty y \cdot
+\Pr(Y=y)$ e $V(Y) = \sum_{y=1}^\infty y^2 \cdot \Pr(Y=y) - E^2(Y)$.
 
 $$
 E(Y) = \frac{E(Z)(1-\pi)}{1-\Pr(Z = 0)} \quad \textrm{e} \quad
-V(Y) = \frac{1-\pi}{1-Pr(Z = 0)} \left [ E(Z) \frac{(1-\pi)}{1-\Pr(Z =
+V(Y) = \frac{1-\pi}{1-\Pr(Z = 0)} \left [ E(Z) \frac{(1-\pi)}{1-\Pr(Z =
     0)} \right ]
 $$
 
 Para a inclusão de covariáveis, caracterizando um problema de regressão,
 dado que o modelo tem dois processos modela-se ambos como se segue
-
 \begin{equation}
   \label{eqn:reg-hurdle}
-  \log \left (\frac{\pi_i}{1-\pi_i} \right ) = G_i\gamma \qquad e \qquad
+  \log \left (\frac{\pi_i}{1-\pi_i} \right ) =
+  \underline{\textsf{z}}_i^t\gamma \qquad \textrm{e} \qquad
   \begin{matrix}
     Z_i \sim D(\mu_i, \phi) \\
-    g(\mu_i) = X_i\beta
+    g(\mu_i) = \underline{x}_i^t\beta
   \end{matrix}
 \end{equation}
-
-\noindent
-com $i = 1, 2, \ldots, n$, $G_i$ e $X_i$ as covariáveis da i-ésima
-observação consideradas para explicação da contagens nulas e não nulas
-respectivamente, $D(\mu_i, \phi)$ uma distribuição de probabilidades
-considerada para as contagens não nulas que pode conter ou não um
-parâmetro $\phi$ adicional, se Poisson, $D(\mu_i, \phi)$ se resume a
-$\textrm{Poisson}(\mu_i)$ e $g(\mu_i)$ uma função de ligação, nos casos
-Poisson e Binomial Negativa considera-se $\log(\mu_i)$. O que está
-implícito na formulação \ref{eqn:reg-hurdle} é que para a componente que
-explica a geração de zeros está sendo considerada a distribuição
-Bernoulli de parâmetro $\pi_i$, contudo pode-se utilizar distribuições
-censuradas a direita no ponto $y=1$ para estimação desta probabilidade,
+com $i = 1, 2, \ldots, n$, $\underline{\textsf{z}}_i$ e
+$\underline{x}_i$ as covariáveis da i-ésima observação consideradas para
+explicação da contagens nulas e não nulas respectivamente, $D(\mu_i,
+\phi)$ uma distribuição de probabilidades considerada para as contagens
+não nulas que pode conter ou não um parâmetro $\phi$ adicional e
+$g(\mu_i)$ uma função de ligação.  Nos casos Poisson e Binomial
+Negativa, em geral, considera-se $g(\mu_i) = \log(\mu_i)$. O que está
+implícito na formulação em \ref{eqn:reg-hurdle} é que para a componente
+que explica a geração de zeros está sendo considerada a distribuição
+Bernoulli de parâmetro $\pi_i$. Contudo pode-se utilizar distribuições
+censuradas à direita no ponto $y=1$ para estimação dessa probabilidade,
 como explicam \citeonline{Zeileis2007}.
 
 \section{Modelos de efeitos aleatórios}
@@ -981,7 +945,7 @@ como explicam \citeonline{Zeileis2007}.
 
 Nas seções anteriores os modelos que flexibilizam algumas suposições do
 modelo Poisson, basicamente permitindo casos não equidispersos e
-modelando conjuntamente um processo gerador de zeros extra foram
+modelando conjuntamente um processo gerador de zeros extra, foram
 explorados. Contudo, uma suposição dos modelos de regressão para dados
 de contagem vistos até aqui é que as variáveis aleatórias $Y_1, Y_2,
 \ldots, Y_n$ são condicionalmente independentes, dado o vetor de
@@ -989,50 +953,49 @@ covariáveis. Porém não são raras as situações em que essa suposição não
 se mostra adequada. \citeonline{Ribeiro2012} cita alguns exemplos:
 
 \begin{itemize}
-  \item as observações podem ser correlacionadas no espaço,
-  \item as observações podem ser correlacionadas no tempo,
+  \item as observações podem ser correlacionadas no espaço;
+  \item as observações podem ser correlacionadas no tempo;
   \item interações complexas podem ser necessárias para modelar o efeito
-    conjunto de algumas covariáveis,
+    conjunto de algumas covariáveis;
   \item heterogeneidade entre indivíduos ou unidades podem não ser
     suficientemente descrita por covariáveis.
 \end{itemize}
 
 Nessas situações pode-se estender a classe de modelos de regressão com a
 adição de efeitos aleatórios que incorporam termos baseados em variáveis
-não observáveis (latentes) ao modelo, permitindo assim acomodar uma
+não observáveis (latentes) ao modelo, permitindo acomodar uma fonte de
 variabilidade, que pode ser ou não estruturada, não prescrita pelo
-modelo. De forma geral a especificação dos modelos de efeitos aleatórios
-segue uma especificação hierárquica
-
+modelo. De forma geral os modelos de efeitos aleatórios seguem uma
+especificação hierárquica
 \begin{equation}
   \label{eqn:reg-misto}
   \begin{split}
-    Y_{ij} \mid b_{i},& X_{ij} \sim \textrm{D}(\mu_{ij}, \phi) \\
-    g(&\mu_{ij}) =  X_{ij}\beta + Z_ib_i \\
-    & b \sim \textrm{K}(\Theta_b)
+    Y_{ij} \mid b_{i},\,& \underline{x}_{ij} \sim
+    \textrm{D}(\mu_{ij}, \phi) \\
+    g(&\mu_{ij}) =  \underline{x}_{ij}^t\beta + \underline{z}_i^tb_i \\
+    & b_i \sim \textrm{K}(\Theta_b)
   \end{split}
 \end{equation}
-
-\noindent
 para $i = 1, 2, \ldots, m$ (grupos com efeitos aleatórios comuns) e $j =
 1, 2, \ldots, n$ (observações) com D$(\mu_{ij}, \phi)$, uma distribuição
 considerada para as variáveis resposta condicionalmente independentes,
 $g(\mu_{ij})$ uma função de ligação conforme definida na teoria dos
-MLG's, $X_{ij}$ e $Z_{i}$ os vetores conhecidos que representam os
-efeitos das covariáveis de interesse e os termos que definem os grupos
-considerados como aleatórios, $b_i$ uma quantidade aleatória provida de
-uma distribuição K$(\Theta_b)$. Nesses modelos uma quantidade aleatória
-é somada ao preditor linear, diferentemente dos modelos de efeitos fixos
-e a partir desta quantidade é possível induzir uma estrutura de
-dependência entre as observações.
-
-Como são duas quantidades aleatórias no modelo, $Y \mid X$ e $b$, a
-verossimilhança para um modelo de efeito aleatório é dada integrando-se
-os efeitos aleatórios
+MLG's, $\underline{x}_{ij}$ e $\underline{z}_{i}$ os vetores conhecidos
+que representam os efeitos das covariáveis de interesse e os termos que
+definem os grupos considerados como aleatórios, $b_i$ uma quantidade
+aleatória provida de uma distribuição K$(\Theta_b)$. Nesses modelos um
+termo aleatório é somado ao preditor linear, diferentemente dos
+modelos de efeitos fixos, e a partir deste termo é possível induzir
+uma estrutura de dependência entre as observações.
+
+Como são dois termos aleatórios no modelo, $Y_{ij}$ condicional ao vetor
+de covariáveis e $b_i$, a verossimilhança para um modelo de efeito
+aleatório é dada integrando-se os efeitos aleatórios
 
 \begin{equation}
   \label{eqn:loglik-misto}
-  \Ell(\beta, \phi, \Theta_b \mid \underline{y}) = \prod_{i=1}^m \int_{\R^q}
+  \Ell(\beta, \phi, \Theta_b \mid \underline{y}, \underline{b}) =
+  \prod_{i=1}^m \int_{\R^q}
   \left ( \prod_{j=1}^{n_i} f_D(y_{ij}, \mu, b_i)\right ) \cdot f_K(b
   \mid \Theta_b) db_i
 \end{equation}
@@ -1040,30 +1003,26 @@ os efeitos aleatórios
 Na avaliação da verossimilhança é necessário o cálculo de $m$ integrais
 de dimensão $q$. Para muitos casos essa integral não tem forma analítica
 sendo necessários métodos numéricos de intergração, que são discutidos
-na seção \ref{cap03:metodos}. As estimativas de máxima verossimilhança
+na \autoref{cap03:metodos}. As estimativas de máxima verossimilhança
 são
-
 $$
 \hat{\Theta} = (\hat{\beta}, \hat{\Theta_b}) =
 \underset{(\beta,\,\Theta_b)}{\textrm{arg max }} \log(\Ell(\beta, \phi,
-\Theta_b \mid \underline{y}))
+\Theta_b \mid \underline{y}, \underline{b}))
 $$
 
-\noindent
 Em modelos de efeitos mistos é comum adotar como distribuição para os
 efeitos aleatórios uma Normal $q$-variada com média 0 e matriz de
-variância e covariâncias $\Sigma$, ou seja, na especificação
-\ref{eqn:reg-misto} K$(\Theta_b) = NMV_q(0, \Sigma)$. Para estes casos
-os principais métodos de aproximação da integral tem desempenhos
-melhores \cite{Bates2015}.
+variâncias e covariâncias $\Sigma$, ou seja, na especificação
+\ref{eqn:reg-misto} K$(\Theta_b) = NMV_q(0, \Sigma)$.
 
 Como mencionado anteriormente modelos de efeitos aleatórios são
-candidatos a modelagem de dados superdispersos. Quando não há uma
+candidatos à modelagem de dados superdispersos. Quando não há uma
 estrutura de delineamento experimental ou observacional pode-se incluir
 efeitos aleatórios ao nível de observação (e então $m=n$, ou seja, os
-vetores $Y$ e $b$ tem mesma dimensão). Casos particulares de modelos de
-efeitos aleatórios, onde o efeito aleatório é adicionado ao nível de
-observação são o modelo Binomial Negativo e o \textit{Inverse Gaussian
-  Model}, em ambos os casos a integral, definida em
-\ref{eqn:loglik-misto} tem solução analítica e consequentemente a
-marginal em $Y$ forma fechada.
+vetores $Y$ e $\underline{b}$ tem mesma dimensão). Casos particulares de
+modelos de efeitos aleatórios, onde o efeito aleatório é adicionado ao
+nível de observação são o modelo Binomial Negativo e o \textit{Inverse
+  Gaussian Model}. Em ambos os casos a integral, definida a
+\autoref{eqn:loglik-misto}, tem solução analítica e, consequentemente, a
+marginal em $Y$, forma fechada.
diff --git a/docs/cap03_materiais-e-metodos.Rnw b/docs/cap03_materiais-e-metodos.Rnw
index 9b49b2d225a36a9b3001a408e02f6156e6ed6a63..c6c632665c74cda35f9d2b5c1cfa9913eaf1be7e 100644
--- a/docs/cap03_materiais-e-metodos.Rnw
+++ b/docs/cap03_materiais-e-metodos.Rnw
@@ -2,14 +2,14 @@
 % CAPÍTULO 3 - MATERIAIS E MÉTODOS
 % ------------------------------------------------------------------------
 
-Essa seção é destinada a apresentação dos conjuntos de dados analisados
-no trabalho e descrição dos recursos computacionais e métodos utilizados
-na análise. Na seção \ref{cap03:materiais-dados} seis conjuntos de dados
-com diferentes características são apresentados. Os recursos
-computacionais utilizados são descritos na seção
-\ref{cap03:materiais-recursos}. Na última seção desse capítulo,
-\ref{cap03:metodos}, são apresentados os métodos para ajuste, avaliação
-e comparação dos modelos propostos.
+Esse capítulo é destinado à apresentação dos conjuntos de dados
+analisados no trabalho, descrição dos recursos computacionais e métodos
+utilizados na análise. Na \autoref{cap03:materiais-dados} seis conjuntos
+de dados com diferentes características são apresentados. Os recursos
+computacionais utilizados são descritos na
+\autoref{cap03:materiais-recursos}. Na última seção desse capítulo,
+\autoref{cap03:metodos}, são apresentados os métodos para ajuste,
+avaliação e comparação dos modelos propostos.
 
 \section{Materias}
 \label{cap03:materiais}
@@ -21,12 +21,12 @@ A seguir são apresentados os seis conjuntos de dados utilizados para
 avaliar o desempenho dos modelos COM-Poisson. Os dados em estudo são,
 quase em sua totalidade, resultantes de experimentos agronômicos com
 delineamentos balanceados, o que é uma característica vantajosa para
-avaliação do desempenho do modelo COM-Poisson quando empregado a análise
+avaliação do desempenho do modelo COM-Poisson quando empregado à análise
 desses dados.
 
 A apresentação dos conjuntos segue a ordem de 1) descrição do
 experimento ou estudo em destaque, 2) definição das variáveis e suas
-unidades de medidas e 3) descrição de suas características,
+unidades de medidas e 3) descrição das características dos dados,
 potencialmente contempladas por modelos alternativos ao Poisson.
 
 \subsubsection{Capulhos de algodão sob efeito de desfolha artificial}
@@ -42,30 +42,31 @@ niveis.est <- paste(unique(cottonBolls$est), collapse = ", ")
 
 @
 
-Experimento conduzido sob delineamento inteiramente casualizado com
-cinco repetições em casa de vegetação com plantas de algodão
-\emph{Gossypium hirsutum} submetidas a diferentes níveis de desfolha
-artificial de remoção foliar (\Sexpr{niveis.des}), em combinação com o
-estágio fenológico no qual a desfolha foi aplicada
-(\Sexpr{niveis.est}). A unidade experimental foi um vaso com duas
-plantas onde avaliou-se o número de capulhos produzidos ao final da
-ciclo cultura \cite{Silva2012}. O experimento contou com
-\Sexpr{nrow(cottonBolls)} observações das quais têm-se as informações
-das variáveis número de capulhos de algodão produzidos (\texttt{ncap}),
-nível de desfolha de remoção foliar (\texttt{des}) e estágio fenológico
-das planta na unidade experimental (\texttt{est}).
-
-Esse conjunto de dados já fora publicado sob a motivação da
+Experimento com plantas de algodão \emph{Gossypium hirsutum} submetidas
+à diferentes níveis de desfolha artificial de remoção foliar, (0, 25,
+50, 75 e 100\%), em combinação com o estágio fenológico no qual a
+desfolha foi aplicada, (vegetativo, botão floral, florescimento, maça e
+capulho). Esse experimento foi conduzido sob delineamento interamente
+casualizado com cinco repetições, em casa de vegetação. A unidade
+experimental foi um vaso com duas plantas, onde avaliou-se o número de
+capulhos produzidos ao final da ciclo cultura \cite{Silva2012}. O
+experimento contou com \Sexpr{nrow(cottonBolls)} observações das quais
+têm-se as informações das variáveis número de capulhos de algodão
+produzidos (\texttt{ncap}), nível de desfolha de remoção foliar
+(\texttt{des}) e estágio fenológico das plantas na unidade experimental
+(\texttt{est}).
+
+Esse conjunto de dados já fora analisado e publicado sob a motivação da
 característica de subdispersão, utilizando o modelo \textit{Gamma-Count}
-\cite{Zeviani2014}. Na figura \ref{fig:descr-cottonBolls}, são
-apresentados os dados do experimento. À esquerda apresenta-se a
-disposição das cinco observações em cada tratamento (combinação de nível
-de desfolha e estágio fenológico do algodão) e à direita um gráfico
-descritivo cruzando médias e variâncias amostrais calculadas em cada
-tratamento, onde a linha pontilhada representa a característica de
-equidispersão, média igual a variância. Em todos os tratamentos
-obteve-se a média menor que a variância apontando evidência de
-subdispersão.
+\cite{Zeviani2014}. Na \autoref{fig:descr-cottonBolls}, são apresentados
+os dados do experimento. À esquerda apresenta-se a disposição das cinco
+observações em cada tratamento (combinação de nível de desfolha e
+estágio fenológico do algodão) e à direita um gráfico descritivo
+cruzando médias e variâncias amostrais calculadas em cada tratamento,
+onde a linha pontilhada representa a característica de equidispersão,
+média igual a variância, e a contínua a reta de um ajuste de regressão
+linear simples. Em todos os tratamentos obteve-se a média menor que a
+variância apontando evidência de subdispersão.
 
 <<descr-cottonBolls, fig.height=4.2, fig.width=7, fig.cap="Número de capulhos produzidos para cada nível de desfolha e estágio fenológico (esquerda) e médias e variâncias das cinco repetições em cada combinação de nível de desfolha e estágio fenológico (direita).">>=
 
@@ -124,15 +125,15 @@ Experimento conduzido na Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
 em 2007, cujo objetivo foi avaliar os impactos da exposição de plantas à
 alta infestação de Mosca-branca \emph{Bemisia tabaci} em componentes de
 produção do algodão \cite{Martelli2008}. No experimento, plantas de
-algodão foram expostas à alta infestação da praga por diferentes
-períodos, \Sexpr{niveis.dexp} onde avaliou-se o número de capulhos
+algodão foram expostas a alta infestação da praga por diferentes
+períodos, 0, 1, 2, 3, 4, e 5 dias. Avaliou-se o número de capulhos
 produzidos (\texttt{ncapu}), o número de estruturas reprodutivas
 (\texttt{nerep}) e o número de nós (\texttt{nnos}), como variáveis de
 interesse que representam a produtividade do cultivo de algodão. A
 condução do estudo deu-se via delineamento inteiramente casualizado com
 cinco vasos contendo duas plantas, para cada período de exposição.
 
-<<descr-cottonBolls2, fig.height=3.5, fig.width=7, fig.cap="Disposição das variáveis de contagem nº de estruturas reprodutivas, nº de capulhos produzidos e nº de nós da planta observadas sob diferentes dias de exposição à infestação de Mosca-branca.">>=
+<<descr-cottonBolls2, fig.height=3.5, fig.width=7.2, fig.cap="Disposição das variáveis de contagem nº de estruturas reprodutivas, nº de capulhos produzidos e nº de nós da planta observadas sob diferentes dias de exposição à infestação de Mosca-branca.">>=
 
 vars <- c("dexp", "vaso", "planta", "nerep", "ncapu", "nnos")
 cottonBolls2 <- cottonBolls2[, vars]
@@ -141,6 +142,7 @@ da <- reshape2::melt(cottonBolls2, id = c("dexp", "vaso", "planta"),
                      variable.name = "va", value.name = "count")
 ## da <- aggregate(count ~ vaso + dexp + va, data = da, FUN = sum)
 
+da$va <- relevel(da$va, "ncapu")
 xyplot(count ~ dexp | va, data = da,
        type = c("p", "g", "smooth"),
        layout = c(NA, 1),
@@ -152,8 +154,8 @@ xyplot(count ~ dexp | va, data = da,
            column = 2, title = "Planta", cex.title = 1,
            lines = TRUE),
        strip = strip.custom(
-           factor.levels = c("Estruturas reprodutivas ",
-                             "Capulhos produzidos",
+           factor.levels = c("Capulhos produzidos ",
+                             "Estruturas reprodutivas",
                              "Nós da planta")
        ),
        spread = 0.15,
@@ -164,22 +166,34 @@ fonte.xy("Fonte: Elaborado pelo autor.")
 
 @
 
-Na figura \ref{fig:descr-cottonBolls2} a disposição de cada uma das
-variáveis aleatórias de contagem número de estruturas reprodutivas,
-número de capulhos produzidos e número de nós da planta para os
-diferentes períodos em que as plantas estiveram sob alta infestação de
-Mosca-branca é apresentada. Para todas as contagens parece haver um
-comportamento subdisperso. A indicação de subdispersão também se observa
-na tabela \ref{tab:mv-cottonBolls2}, onde as médias e variâncias
-amostrais calculadas com as dez observações nos seis períodos de
-exposição à infestação de Mosca-branca são exibidas. Em todos os casos
-observa-se as variâncias amostrais substancialmente menores que
-respectivas médias, ainda a manifestação de subdispersão é mais
-expressiva na variável número de nós da planta. Portanto, nesse
-experimento modelos alternativos ao Poisson devem ser empregados, pois a
-suposição de equidispersão é violada.
-
-<<mv-cottonBolls2, include=FALSE>>=
+Na \autoref{fig:descr-cottonBolls2} a disposição de cada uma das
+variáveis aleatórias de contagem, \texttt{ncapu}, \texttt{nerep} e
+\texttt{nnos}, para os diferentes períodos em que as plantas estiveram
+sob alta infestação de Mosca-branca é apresentada. Para todas as
+variáveis parece haver um comportamento subdisperso, são observadas
+muitas contagens sobrepostas e dispostas em um intervalo pequeno de
+valores. A indicação de subdispersão também se observa na
+\autoref{tab:mv-cottonBolls2}, em que as médias e variâncias amostrais,
+calculadas com as dez observações nos seis períodos de exposição à
+infestação de Mosca-branca, são exibidas. Em todos os casos observa-se
+as variâncias amostrais substancialmente menores que respectivas médias,
+ainda a manifestação de subdispersão é mais expressiva na variável
+número de nós da planta. Portanto, nesse experimento modelos
+alternativos ao Poisson devem ser empregados, pois a suposição de
+equidispersão é violada.
+
+\begin{table}[ht]
+\centering
+\caption{Médias e variâncias amostras das contagens avaliadas no
+  experimento de capulhos de algodão sob efeito de Mosca-Branca}
+\label{tab:mv-cottonBolls2}
+\begin{tabular}{>{\centering\arraybackslash} p{2cm}*{6}{c}}
+  \toprule
+   \multirow{2}{\linewidth}{Dias de Exposição}   & \multicolumn{2}{c}{N. Capulhos} & \multicolumn{2}{c}{N. Estruturas} &  \multicolumn{2}{c}{N. Nós} \\
+   \cmidrule(lr){2-3} \cmidrule(lr){4-5} \cmidrule(lr){6-7}
+      & média & variância & média & variância & média & variância \\
+  \midrule
+<<mv-cottonBolls2, results="asis">>=
 
 ##-------------------------------------------
 ## Calcula as médias e variâncias
@@ -190,31 +204,15 @@ mvr <- mvr[order(mvr$va, mvr$dexp), ]
 
 ## Organiza lado a lado para apresenta em formato de tabela
 mv <- mvr[, -(1:2)]
-mv <- cbind(mvr[1:6, 1], mv[1:6, ], mv[7:12, ], mv[13:18, ])
+mv <- cbind(mvr[1:6, 1], mv[7:12, ], mv[1:6, ], mv[13:18, ])
 
-## ## Formata o resultado no ambiente latex e não R (esperamos que eu não
-## ## tenha feita nada errada, pois esse procedimento não é reproduzivel)
-## xtable(mv)
+## Resultados em formato de tabela Latex
+print(xtable(mv),
+      include.colnames = FALSE,
+      hline.after = NULL,
+      only.contents = TRUE)
 
 @
-
-\begin{table}[ht]
-\centering
-\caption{Médias e variâncias amostras das contagens avaliadas no
-  experimento de capulhos de algodão sob efeito de Mosca-Branca}
-\label{tab:mv-cottonBolls2}
-\begin{tabular}{>{\centering\arraybackslash} p{2cm}*{6}{c}}
-  \toprule
-   \multirow{2}{\linewidth}{Dias de Exposição}   & \multicolumn{2}{c}{N. Estruturas} & \multicolumn{2}{c}{N. Capulhos} &  \multicolumn{2}{c}{N. Nós} \\
-   \cmidrule(lr){2-3} \cmidrule(lr){4-5} \cmidrule(lr){6-7}
-      & média & variância & média & variância & média & variância \\
-  \midrule
-    0 & 4,50 & 0,50 & 4,40 & 0,93 & 13,60 & 2,27 \\
-    1 & 4,20 & 1,29 & 3,90 & 1,43 & 16,30 & 0,90 \\
-    2 & 3,90 & 1,21 & 3,40 & 1,60 & 16,10 & 4,54 \\
-    3 & 3,50 & 1,17 & 3,40 & 1,16 & 15,40 & 3,38 \\
-    4 & 3,80 & 1,07 & 3,70 & 1,34 & 15,80 & 2,62 \\
-    5 & 3,80 & 1,07 & 3,80 & 1,07 & 15,70 & 2,68 \\
    \bottomrule
 \end{tabular}
 \begin{tablenotes}
@@ -239,20 +237,21 @@ niveis.K <- paste0(
 
 niveis.umid <- paste0(
     paste(unique(soyaBeans$umid),
-          collapse = ", "), " \\% do volume total dos poros")
+          collapse = ", "), "\\% do volume total dos poros")
 
 @
 
-Experimento fatorial 5 $\times$ 3 que estudou diferentes níveis de
-adubação potássica aplicada ao solo, \Sexpr{niveis.K} e diferentes
-níveis de umidade do solo, \Sexpr{niveis.umid}, que representam pouca
-água, água em quantidade ideal e água em abundância, nos componentes de
-produção da soja \cite{Serafim2012}. O experimento foi instalado em casa
-de vegetação no delineamento de blocos casualizados completos e a
-unidade experimental foi um vaso com duas plantas de soja. No
-experimento foram medidas várias variáveis respostas (que representam a
-produtividade), sendo que o número de vagens viáveis por vaso e o número
-de grãos por vaso foram as variáveis de contagem.
+Nesse experimento estudou-se os componentes de produção da soja com
+relação à diferentes níveis de adubação potássica aplicada ao solo (0,
+30, 60, 120 e 180 mg dm$^{-3}$) e diferentes níveis de umidade do solo
+(37.5, 50, 62.5\%, que representam pouca água, água em quantidade ideal
+e água em abundância respectivamente), caracterizando um experimento
+fatorial 5 $\times$ 3 \cite{Serafim2012}. O experimento foi instalado em
+casa de vegetação no delineamento de blocos casualizados completos e a
+unidade experimental foi um vaso com duas plantas de soja. Foram medidas
+várias variáveis respostas (que representam a produtividade), sendo que
+o número de vagens viáveis por vaso e o número de grãos por vaso foram
+as variáveis de contagem.
 
 <<descr-soyaBeans, fig.height=4, fig.width=7, fig.cap="Disposição das variáveis número de grãos e número de vagens nos diferentes níveis de adubação potássica e umidade do solo.">>=
 
@@ -280,17 +279,19 @@ fonte.xy("Fonte: Elaborado pelo autor.")
 
 @
 
-Na figura \ref{fig:descr-soyaBeans} é apresentada a dispersão das
-contagens nas combinações das covariáveis umidade do solo e adubação
-potássica. As duas variáveis de contagem avaliadas no experimento
-apresentam níveis de dispersão distintos, essa característica fica
-explícita na figura \ref{fig:mv-soyaBeans}, em que é exibida a dispersão
-entre médias e variâncias amostrais para cada uma das variáveis. Para o
-número de grãos por parcela, com contagens mais elevadas, as variâncias
-amostrais são, quase em sua totalidade, superiores as médias
+Na \autoref{fig:descr-soyaBeans} é apresentada a dispersão das contagens
+nas combinações das covariáveis umidade do solo e adubação potássica. As
+duas variáveis de contagem avaliadas no experimento apresentam níveis de
+dispersão distintos. Essa característica fica explícita na
+\autoref{fig:mv-soyaBeans}, em que são exibidas as dispersões entre
+médias e variâncias amostrais para cada uma das variáveis, com a linha
+pontilhada representando a igualdade entre média e variância
+(equidispersão) e a contínua um ajuste de regressão linear simples. Para
+o número de grãos por parcela, com contagens mais elevadas, as
+variâncias amostrais são, quase em sua totalidade, superiores às médias,
 caracterizando uma evidência de superdispersão. Já para o número de
-vagens por parcela as médias e variâncias são, em média, próximas, o que
-indica que a suposição de equidispersão é razoável.
+vagens por parcela, as médias e variâncias são próximas, o que indica
+que a suposição de equidispersão é razoável.
 
 <<mv-soyaBeans, fig.height=3.5, fig.width=7, fig.cap="Médias e variâncias amostrais das contagens de grão e vagens, avaliadas no experimento com soja sob efeito umidade e adubação potássica.">>=
 
@@ -373,19 +374,21 @@ niveis.data <- paste0(format(unique(whiteFly$data), "%d/%m/%y"),
 
 Nesse experimento também envolvendo a cultura de soja e a praga
 Mosca-branca, foram avaliadas plantas de quatro diferentes cultivares de
-soja, \Sexpr{niveis.cult}, contabilizando o número de ninfas de
-mosca-branca nos folíolos dos terços superior, médio e inferior das
-plantas em seis datas, \Sexpr{niveis.data} dentre os 38 dias de estudo
-. O experimento foi conduzido em casa de vegetação sob o delineamento de
+soja (BRS 245 RR, BRS 243 RR, BRS 246 RR e BRS 239), contabilizando o
+número de ninfas de mosca-branca nos folíolos dos terços superior, médio
+e inferior das plantas em seis datas (11/12/09, 19/12/09, 24/12/09,
+02/01/10, 11/01/10 e 18/01/10) dentre os 38 dias de estudo. O
+experimento foi conduzido em casa de vegetação sob o delineamento de
 blocos casualizados para controle de variação local \cite{Suekane2011}.
 
 As contagens da praga para cada cultivar em cada uma das datas de
 avaliação, representadas pelos dias decorridos após a primeira
-avaliação, em 11/12/09 são mostradas na figura \ref{fig:descr-ninfas} a
-esquerda. As contagens são muito altas e dispersas, principalmente nas
-quatro primeiras avaliações. A direita uma descrição no nível de
-dispersão da variável de contagem é apresentada. Esse é um conjunto de
-dados extremamente superdisperso. Os pontos, que representam as médias e
+avaliação, em 11/12/09, são apresentadas à esquerda na
+\autoref{fig:descr-ninfas}. As contagens são muito elevadas e dispersas,
+principalmente nas quatro primeiras avaliações. À direita da
+\autoref{fig:descr-ninfas} uma descrição do nível de dispersão da
+variável de contagem é apresentada. Esse é um conjunto de dados
+extremamente superdisperso. Os pontos, que representam as médias e
 variâncias em cada combinação de cultivares de soja e dias após a
 primeira avaliação, estão todos acima da reta identidade (de
 equidispersão) com variâncias em torno de 1.000 vezes maiores que as
@@ -430,7 +433,7 @@ fonte.xy("Fonte: Elaborado pelo autor")
 
 @
 
-\subsubsection{Peixes Capturados por Pescadores em um Parque Estadual}
+\subsubsection{Peixes Capturados por Visitantes em um Parque Estadual}
 \label{sec:fish}
 
 <<data-fish, include=FALSE, echo=FALSE>>=
@@ -442,11 +445,11 @@ data(fish, package = "cmpreg")
 Diferentemente dos demais, esse é um estudo observacional feito por
 biólogos com interesse em modelar o número de peixes capturados por
 grupos de pescadores visitantes em um Parque Estadual \cite{UCLA}. Nesse
-estudo tem-se como informações a respeito dos grupos de visitantes, o
+estudo tem-se como informações referentes ao grupo de visitantes, o
 número de pessoas e de crianças e se há ou não a presença de
-campista. Um fato interessante deste dado é que nem todos os grupos de
-visitantes praticaram pescaria, portanto, nesses grupos o número de
-peixes capturado será zero.
+campista. Um fato interessante nesse estudo é que nem todos os grupos de
+visitantes praticaram pescaria, portanto, para esses grupos o número de
+peixes capturados será zero.
 
 <<descr-fish, fig.height=3.5, fig.width=7.2, fig.cap="Logarítmo neperiano do número de peixes capturados acrescido de 0,5 para as diferentes composições dos grupos (esquerda). Histograma do número de peixes capturados por grupo (direita).">>=
 
@@ -485,17 +488,18 @@ fonte.xy("Fonte: Elaborado pelo autor.")
 
 @
 
-Na figura \ref{fig:descr-fish} é evidente o excesso de contagens
-zero. No gráfico à esquerda tem-se a disposição das contagens,
-transformadas por $\log(y_i|x_i + 0,5)$. É característica marcante no
-gráfico a grande quantidade de pontos dispostos no primeiro valor do
-eixo $y$, \Sexpr{log(0.5)} = $\log(0.5)$. Embora seja um gráfico
-marginal, não considerando as covariáveis de cada contagem, a direita um
-histograma da variável resposta é realizado e percebe-se novamente a
-grande quantidade de valores nulos, ao todo \Sexpr{with(fish,
-  sum(npeixes == 0)/length(npeixes))*100}\% dos dados são contagens
-nulas. Portanto nesse problema, claramente modelos alternativos que
-acomodem excesso de zeros se fazem necessários.
+Nos gráficos apresentados na \autoref{fig:descr-fish} é evidente o
+excesso de contagens zero. No gráfico à esquerda tem-se a disposição das
+contagens, transformadas por $\log(y_i + 0,5)$. É característica
+marcante no gráfico a grande quantidade de pontos dispostos no primeiro
+valor do eixo $y$, \Sexpr{log(0.5)} = $\log(0.5)$. À direita da
+\autoref{fig:descr-fish} um histograma da variável resposta é
+apresentado e, embora seja uma representação da distribuição marginal do
+número de peixes capturados (não considera as covariáveis de cada
+contagem), percebe-se novamente a grande quantidade de valores nulos, ao
+todo \Sexpr{with(fish, sum(npeixes == 0)/length(npeixes))*100}\% dos
+dados são contagens nulas. Portanto, nesse problema, modelos
+alternativos que acomodem excesso de zeros se fazem necessários.
 
 \subsubsection{Número de nematoides em raizes de feijoeiro}
 \label{sec:nematodes}
@@ -513,20 +517,21 @@ key <- list(
     ## corner = c(0.1, 0.9),
     type = "b", divide = 1,
     lines = list(pch = c(NA, 15), lty = c(2, 0), col = cols),
-    text = list(c("Média de nematoides por linhagem",
-                  "Média de nematoides")))
+    text = list(c("Média do nº de nematoides",
+                  "Média do nº de nematoides por linhagem")))
 
-xyplot(nema ~ cult, data = nematodes,
-       type = c("p", "g"),
+xyplot(nema/off ~ cult, data = nematodes,
+       type = c("p"),
        key = key,
        xlab = "Linhagem de feijoeiro",
        ylab = "Contagem de nematoides",
        panel = function(x, y, ...) {
+           panel.grid()
            means <- aggregate(y, list(x), mean)
-           panel.xyplot(x, y, ...)
            panel.abline(h = mean(y), lty = 2, col = cols[1])
            panel.points(x = means[, 1], y = means[, 2],
-                        pch = 15, col = cols[2])
+                        pch = 15, col = cols[2], cex = 1.1)
+           panel.xyplot(x, y, ...)
        },
        par.settings = ps.sub)
 
@@ -535,26 +540,26 @@ fonte.xy("Fonte: Elaborado pelo autor.")
 @
 
 
-Esse último conjunto de dados explorado no trabalho, é resultado de um
-experimento em casa de vegetação que estudou a reprodução de nematoides
-em cultivares de feijoeiro. No experimento, o solo de vasos com duas
-plantas de feijão foi inicialmente contaminado com nematoides e as
-raizes das duas plantas por vaso foram, ao final do experimento,
-lavadas, trituradas, peneiradas e diluídas e, a partir de alíquotas
-dessa solução, contou-se o número de nematoides. Como denominador da
-contagem tem-se a razão entre a massa fresca de raizes (em gramas) por
-parcela e o volume de água (em milímetros) utilizado para diluir essa
-quantidade \footnote{Cedido para fins acadêmicos por Andressa Cristina
-  Zamboni Machado, pesquisadora do Instituto Agronômico do Paraná
-  (IAPAR), e pelo técnico agrícola do IAPAR Santino Aleandro da Silva}.
+Esse último conjunto de dados explorado no trabalho é resultado de um
+experimento em casa de vegetação cujo intersse foi a reprodução de
+nematoides em linhagens de feijoeiro. No experimento, o solo de vasos
+com duas plantas de feijão foi inicialmente contaminado com nematoides e
+as raizes das plantas por vaso foram, ao final do experimento, lavadas,
+trituradas, peneiradas e diluídas e, a partir de alíquotas dessa
+solução, contou-se o número de nematoides. Como denominador da contagem
+tem-se a razão entre a massa fresca de raizes (em gramas) por parcela e
+o volume de água (em milímetros) utilizado para diluir essa quantidade
+\footnote{Cedido para fins acadêmicos por Andressa Cristina Zamboni
+  Machado, pesquisadora do Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR), e
+  pelo técnico agrícola do IAPAR, Santino Aleandro da Silva}.
 
 
-Na figura \ref{fig:descr-nematodes} a dispersão das contagens de
-nematoides em aliquotas da solução de uma grama de massa fresca de raiz
+Na \autoref{fig:descr-nematodes} a dispersão das contagens de
+nematoides em alíquotas da solução de uma grama de massa fresca de raiz
 por um milímetro de água para cada linhagem é exibida. As contagens para
 cada uma das linhagens se distribuem em torno do perfil médio (linha
 pontilhada). Um detalhe interesse desse conjunto de dados é que o efeito
-das linhagens pode ser considerado aleatório em certas fazes do programa
+das linhagens pode ser considerado aleatório em certas fases do programa
 de melhoramento genético. Portanto, pode-se interpretar as linhagens
 escolhidas como um sorteio aleatório dentre uma população de linhagens
 de feijoeiro. Assim, modelos com efeitos aleatórios a nível de linhagem
@@ -565,25 +570,23 @@ por meio de uma distribuição de probabilidades.
 \label{cap03:materiais-recursos}
 
 O \textit{software} R, versão \Sexpr{with(R.version, paste0(major, ".",
-  minor))}, é utilizado tanto para a preparação e apresentação dos dados
-quanto para ajuste dos modelos e apresentação de resultados. Pacotes
-auxiliares utilizados no trabalho são: \texttt{MASS}
+  minor))}, foi utilizado tanto para a preparação e apresentação dos
+dados quanto para ajuste dos modelos e apresentação de
+resultados. Pacotes auxiliares utilizados no trabalho são: \texttt{MASS}
 (\Sexpr{packageVersion("MASS")}) para ajuste e inferências dos modelos
-Binomial Negativo, \texttt{bbmle} (versão
-\Sexpr{packageVersion("bbmle")}) para estimação via máxima
-verossimilhança das funções implementadas para o modelo COM-Poisson ,
-\texttt{pscl} (\Sexpr{packageVersion("pscl")}) para ajuste dos
-modelos Poisson e Binomial Negativo com componente de barreira para
-modelagem de excesso de zeros e \texttt{lme4} (versão
+Binomial Negativo, \texttt{bbmle} (\Sexpr{packageVersion("bbmle")}) para
+estimação via máxima verossimilhança das funções implementadas para o
+modelo COM-Poisson , \texttt{pscl} (\Sexpr{packageVersion("pscl")}) para
+ajuste dos modelos Poisson e Binomial Negativo com componente de
+barreira para modelagem de excesso de zeros e \texttt{lme4} (versão
 \Sexpr{packageVersion("lme4")}) para ajuste dos modelos Poisson com
 efeitos aleatórios normais. Para apresentação gráfica dos resultados os
 pacotes \texttt{lattice} (\Sexpr{packageVersion("lattice")}),
 \texttt{latticeExtra} (\Sexpr{packageVersion("latticeExtra")}) e
 \texttt{corrplot} (\Sexpr{packageVersion("corrplot")}) são
 exaustivamente utilizados. Finalmente, para elaboração do relatório,
-mesclando códigos em R e escrita na linguagem de marcação \LaTeX{}, o
-pacote \texttt{knitr} (\Sexpr{packageVersion("knitr")}) é
-requerido.
+mesclando códigos em R e escrita na linguagem de marcação \LaTeX{},
+utilizou-se o pacote \texttt{knitr} (\Sexpr{packageVersion("knitr")}).
 
 Destaca-se nesse trabalho que todas as funções implementadas para ajuste
 e inferência dos modelos de regressão COM-Poisson estão disponíveis, em
@@ -597,107 +600,96 @@ dados exibido no trabalho é ilustrado com códigos R.
 
 A estimação dos parâmetros do modelo de regressão COM-Poisson de efeitos
 fixos é realizada maximizando uma forma reparametrizada da
-log-verossimilhança, definida na expressão \ref{eqn:loglik-compoisson},
-via algoritmo numérico de otimização \textit{BFGS}. O parâmetro extra da
-COM-Poisson, $\nu$ tem suporte nos reais positivos, restringindo o
-espaço paramétrico de busca do otimizador, o que é numericamente
-indesejável. Para deixar o domínio de busca nos reais reparametrou-se o
-modelo com o parâmetro $\phi = \log(\nu)$, como $0 < \nu < \infty$ então
-$-\infty < \phi < \infty$. Sob a reparametrização a função a ser
-maximizada é
-
+log-verossimilhança, definida na \autoref{eqn:loglik-compoisson}, via
+algoritmo numérico de otimização \textit{BFGS} \cite{Nocedal1995}. O
+parâmetro extra da COM-Poisson ($\nu$) tem suporte nos reais positivos,
+restringindo o espaço paramétrico de busca do otimizador, o que é
+numericamente indesejável. Para deixar o domínio de busca nos reais
+reparametrizou-se o modelo com $\phi = \log(\nu)$. Como $0 < \nu <
+\infty$, então $-\infty < \phi < \infty$. Sob a reparametrização a função
+a ser maximizada é dada por
 \begin{equation}
   \label{loglik-compoissonr}
-  \ell(\phi, \beta \mid \underline{y}) = \sum_i^n y_i \log(\lambda_i) -
-  e^\phi \sum_i^n \log(y!) - \sum_i^n \log(Z(\lambda_i, \phi))
+  \ell(\phi,\, \beta \mid \underline{y}) = \sum_{i=1}^n y_i
+  \log(\lambda_i) - e^\phi \sum_{i=1}^n \log(y!) - \sum_{i=1}^n
+  \log(Z(\lambda_i, \phi))
 \end{equation}
-
-\noindent
-em que $\lambda_i = e^{X_i\beta}$, com $X_i$ o vetor $(x_{i1}, x_{i2},
-\ldots x_{ip})$ de covariáveis da i-ésima observação, e $(\beta, \phi)
-\in \R^{p+1}$.
-
-O ajuste do modelo é realizado sob $\phi$. Portanto as inferências
-decorrentes são sobre esse parâmetro. Todavia pode-se retornar para
-parametrização original utilizando a função inversa em valores pontuais
-ou método delta para funções de $\phi$. Nesse trabalho as inferências
-são realizadas sob o parâmetro $\phi$. Para esse parâmetro as
-interpretações são como se segue
-
+em que $\lambda_i = e^{\underline{x}_i^t\beta}$, com $\underline{x}_i$ o
+vetor $(x_{i1}, x_{i2}, \ldots x_{ip})$ de covariáveis da i-ésima
+observação, e $(\beta, \phi) \in \R^{p+1}$.
+
+O ajuste do modelo é realizado sob $\phi$.
+
+As inferências com relação à dispersão, decorrentes do modelo
+reparametrizado, são sobre o parâmetro $\phi$. Todavia pode-se retornar
+para parametrização original utilizando a função inversa em valores
+pontuais ou método delta para funções de $\phi$. Nesse trabalho as
+inferências são realizadas sob o parâmetro $\phi$. Para esse parâmetro
+as interpretações são como se segue
 $$
-\phi < 0 \Rightarrow \textrm{Superdispersão} \quad
-\phi = 0 \Rightarrow \textrm{Equidispersão} \quad
+\phi < 0 \Rightarrow \textrm{Superdispersão}; \quad
+\phi = 0 \Rightarrow \textrm{Equidispersão}; \textrm{ e} \quad
 \phi > 0 \Rightarrow \textrm{Subdispersão}
 $$
-
-\noindent
-ou seja, possui a interpretação de um parâmetro de precisão.
+ou seja, $\phi$ possui a interpretação de um parâmetro de precisão.
 
 A partir dessa reparametrização a condução de testes de hipóteses é
-facilitada. Uma vez que $\phi = 0$, representa o caso particular em que
+facilitada. Uma vez que $\phi = 0$ representa o caso particular em que
 a COM-Poisson se reduz a Poisson, a estatística
-
 \begin{equation*}
-  TRV = 2 \cdot \left ( \ell_{CMP} - \ell_{P} \right ) \sim \rchi^2_{1}
+  TRV = 2 \left ( \ell_{CMP} - \ell_{P} \right ) \sim \rchi^2_{1}
 \end{equation*}
-
-\noindent
 sendo $\ell_{CMP}$ e $\ell_{P}$ as log-verossimilhanças maximizadas dos
 modelos COM-Poisson e Poisson com mesmo preditor linear respectivamente,
-se refere ao teste de razão de verossimilhanças para $H_0: \phi = 0$, ou
-de forma mais apelativa, ao teste sobre a equivalência dos modelos
-COM-Poisson e Poisson.
+se refere ao teste de razão de verossimilhanças para $H_0: \phi = 0$,
+equivalência dos modelos COM-Poisson e Poisson.
 
-A partir da definição em \ref{eqn:pmf-hurdle}, para incluir um
+A partir da \autoref{eqn:pmf-hurdle}, para incluir um
 componente de barreira no modelo COM-Poisson, acomodando excesso de
-zeros, adota-se para $\Pr(Z = z \mid \Theta_c)$ a distribuição
-COM-Poisson (\ref{eqn:pmf-compoisson}) resultando em
-
+zeros, adota-se, para $\Pr(Z = z \mid \Theta_c)$, a distribuição
+COM-Poisson (\autoref{eqn:pmf-compoisson}), resultando em
 \begin{equation}
   \label{eqn:pmf-hurdlecmp}
   \Pr(Y = y \mid \pi, \phi, \lambda) =
     \begin{dcases*}
-      \pi & \text{se } y = 0,\\
+      \pi &, \text{se } y = 0\,;\\
       (1 - \pi) \frac{\lambda^y}{(y!)^{e^\phi}Z(\lambda,
-          \phi)}\left (1 - \frac{1}{Z(\lambda, \phi)} \right )^{-1} &
+          \phi)}\left (1 - \frac{1}{Z(\lambda, \phi)} \right )^{-1} &,
       \text{se } y = 1, 2, \dots
     \end{dcases*}
 \end{equation}
-
 Para modelos de regressão com componente de barreira, são incorporados
 preditores lineares em $\pi$,
-$\underline{\pi}=\frac{\exp(G\gamma)}{1+\exp(G\gamma)}$ e $\lambda$,
+$\underline{\pi}=\frac{\exp(Z\gamma)}{1+\exp(Z\gamma)}$ e $\lambda$,
 $\underline{\lambda}=\exp(X\beta)$ e a verossimilhança desse modelo toma
 a forma
-
 \begin{equation}
   \label{eqn:loglik-hurdlecmp}
   \Ell(\phi, \beta, \gamma \mid \underline{y}) =
-  \ind [\underline{\pi}] \cdot (1-\ind) \left [
-    (1-\underline{\pi})\left (
-    \frac{\underline{\lambda}^y}{(y!)^{e^\phi}
-      Z(\underline{\lambda}, \phi)}
-  \right ) \left (
-    1-\frac{1}{Z(\underline{\lambda}, \phi)}
-  \right ) \right ]
+  \prod_{i \in \Omega_0} \left [  \pi_i \right ]
+  \prod_{i \in \Omega_+} \left [
+    (1-\pi_i) \left (
+    \frac{\lambda_i^{y_i}}{(y_i!)^{e^\phi}
+      Z(\lambda_i, \phi)}
+  \right ) \left ( 1-\frac{1}{Z(\lambda_i, \phi)} \right )
+  \right ]
 \end{equation}
-
-\noindent
-em que $\ind$ é uma função indicadora para $y = 0$. Os argumentos
+sendo $\Omega_0 = \{i \mid y_i = 0\}$ o conjunto de observações que
+apresentam contagens 0 e $\Omega_+ = \{i \mid y_i > 0\}$ o conjunto de
+observações que apresentam contagens não nulas. Os argumentos
 $\hat{\phi}$, $\hat{\beta}$ e $\hat{\gamma}$, que maximizam o logaritmo
-neperiano da função \ref{eqn:loglik-hurdlecmp} serão as estimativas de
+neperiano da \autoref{eqn:loglik-hurdlecmp} serão as estimativas de
 máxima verossimilhança do modelo COM-Poisson com componente de barreira.
 
 Uma outra extensão proposta para o modelo COM-Poisson é a inclusão de
 efeitos aleatórios a fim de modelar a estrutura experimental ou
-observacional de um conjunto de dados. Este trabalho restringe-se a
-inclusão de efeitos aleatórios Normais, ou seja, $b \sim
+observacional de um conjunto de dados. Neste trabalho restringe-se à
+inclusão de efeitos aleatórios Normais, ou seja, $b_j \sim
 \textrm{Normal}(0, \Sigma)$, que são incorporados sob a forma
 $\underline{\lambda} = X\beta + Z b$ conforme especificação em
 \ref{eqn:reg-misto}. Assim, considerando a distribuição COM-Poisson para
-a variável resposta condicionada as covariáveis e os efeitos aleatórios,
+a variável resposta condicionada às covariáveis e aos efeitos aleatórios,
 a verossimilhança pode ser escrita como
-
 \begin{equation}
   \label{eqn:loglik-mixedcmp}
   \Ell(\phi, \Sigma, \beta \mid \underline{y}) =
@@ -709,30 +701,27 @@ a verossimilhança pode ser escrita como
     -\frac{1}{2}b^t \Sigma^{-1} b
   \right ) db_i
 \end{equation}
-
-\noindent
 sendo $m$ o número de grupos que compartilham do mesmo efeito aleatório,
 $q$ o número de efeitos aleatórios (intercepto aleatório, inclinação e
 intercepto aleatórios, etc.) e $n_i$ o número de observações no i-ésimo
-grupo. A integração em \ref{eqn:loglik-mixedcmp}, necessária para a
-avaliação da verossimilhança não tem forma analítica. Utiliza-se a
+grupo. A integração na \autoref{eqn:loglik-mixedcmp}, necessária para a
+avaliação da verossimilhança, não tem forma analítica. Utiliza-se a
 aproximação de Laplace da forma como apresentada em
 \citeonline[pág. 141]{RibeiroJr2012} para aproximação dessa integral. A
-estimação dos parâmetros é realizada via maximização da $\log(\Ell(\phi,
-\Sigma, \beta \mid \underline{y}))$ com métodos numéricos de
-otimização. Ressalta-se que esse é um procedimento computacionalmente
-intensivo, pois a cada iteração do algoritmo de maximização, $m$
-aproximações de Laplace para integrais de dimensão $q$ são
-realizadas. Ainda, quando considerada a distribuição COM-Poisson para a
-variável resposta condicionalmente independente, tem-se também o cálculo
-de $n_m$ constantes normalizadoras $Z(\lambda, \phi)$
-(\ref{eqn:constante-z}) para cada $m$ grupo em cada iteração do
-algoritmo de otimização. Com toda essa estrutura hierárquica,
-procedimentos computacionais realizados a cada estágio são
+estimação dos parâmetros é realizada via maximização da
+log-verossimilhança, com métodos numéricos de otimização. Ressalta-se
+que esse é um procedimento computacionalmente intensivo, pois a cada
+iteração do algoritmo de maximização, $m$ aproximações de Laplace para
+integrais de dimensão $q$ são realizadas. Ainda, quando considerada a
+distribuição COM-Poisson para a variável resposta condicionalmente
+independente, tem-se também o cálculo de $n_m$ constantes normalizadoras
+$Z(\lambda, \phi)$ (\autoref{eqn:constante-z}) para cada um dos $m$ grupos
+em cada iteração do algoritmo de otimização. Com toda essa estrutura
+hierárquica, procedimentos computacionais realizados a cada estágio são
 potencialmente instáveis numericamente.
 
 Para comparação entre os modelos COM-Poisson e demais modelos
-listados no capítulo \ref{cap:modelos-para-dados-de-contagem} utiliza-se
+listados no \autoref{cap:modelos-para-dados-de-contagem} utiliza-se
 essencialmente o valor maximizado da log-verossimilhança e o critério
 de informação de Akaike (AIC) definido como
 
@@ -743,16 +732,16 @@ de informação de Akaike (AIC) definido como
 
 \noindent
 sendo $k$ o número de parâmetros e $\ell(\Theta_k, \underline{y})$ a
-log\-verossimilhança maximizada do modelo definido pelo conjunto
-$\Theta_k$ de parâmetros. Nas análises compara-se também, os níveis
-descritivos nos testes de razão de verossimilhanças entre modelos
+log-verossimilhança maximizada do modelo definido pelo conjunto
+$\Theta_k$ de parâmetros. Nas análises compara-se também os níveis
+descritivos dos testes de razão de verossimilhanças entre modelos
 encaixados. Nos modelos de regressão de efeitos fixos os valores
 preditos pelos modelos COM-Poisson e demais alternativas pertinentes são
 exibidos graficamente com bandas de confiança.
 
-Para maximização numérica das log\-verossimilhanças dos modelos de
-regressão COM-Poisson e suas extensões utiliza-se um método de
-otimização quasi-Newton bastante popular, denominado \textit{BFGS}
-\cite{Nocedal1995}. As informações do vetor gradiente (derivadas de
-primeira e matriz hessiana (derivadas de segunda ordem) são obtidos
-numericamente via aproximação de diferenças finitas.
+Para maximização numérica das log-verossimilhanças dos modelos de
+regressão COM-Poisson e suas extensões utiliza-se o método de otimização
+quasi-Newton, denominado \textit{BFGS}. O vetor gradiente (derivadas de
+primeira ordem) e matriz hessiana (derivadas de segunda ordem) são
+obtidos numericamente via aproximação de diferenças finitas
+\cite{Nocedal1995}.
diff --git a/docs/cap04_resultados-e-discussao.Rnw b/docs/cap04_resultados-e-discussao.Rnw
index 7e9bcc834faec20496b049ab3ab76c1b20b19e99..152d68d1df243f47551831b9cb2364b071f0e233 100644
--- a/docs/cap04_resultados-e-discussao.Rnw
+++ b/docs/cap04_resultados-e-discussao.Rnw
@@ -2,14 +2,14 @@
 % CAPÍTULO 4 - RESULTADOS E DISCUSSÃO
 % ------------------------------------------------------------------------
 
-Nesse capítulo são apresentados os resultados e discussões da aplicação
-modelos de regressão COM-Poisson ajustados aos dados apresentados na
-seção \ref{cap03:materiais-dados} comparando-as com abordagens já
-utilizadas na Estatística aplicada. As primeiras seis seções são
-destinadas a apresentação das análises estatísticas de cada conjunto de
-dados citado. Na seção \ref{cap04:discussao} discussões gerais sobre os
-resultados dos modelos COM-Poisson empregados nas análises são
-realizadas.
+Neste capítulo são apresentados os resultados e discussões da aplicação
+dos modelos de regressão COM-Poisson ajustados aos dados apresentados na
+\autoref{cap03:materiais-dados}. Os resultados são comparados com
+abordagens já utilizadas na Estatística aplicada. As primeiras seis
+seções são destinadas à apresentação das análises estatísticas de cada
+conjunto de dados citado. Na \autoref{cap04:discussao} discussões
+gerais sobre os resultados dos modelos COM-Poisson empregados nas
+análises são realizadas.
 
 \section{Análise de dados de capulhos de algodão sob efeito de desfolha}
 \label{sec:analise-cottonBolls}
@@ -54,11 +54,12 @@ prof.cottonBolls <- profile(m5C, which = "phi")
 
 @
 
-Diante da estrutura do experimento apresentada na seção
-\ref{sec:cottonBolls} foram propostos, por \citeonline{Zeviani2014},
+Diante da estrutura do experimento apresentada na
+\autoref{sec:cottonBolls} foram propostos, por \citeonline{Zeviani2014},
 cinco preditores crescentes em complexidade que testam aspectos
-interesses sobre os fatores experimentais. Abaixo os cinco
-preditores considerados são descritos.
+interesses sobre os fatores experimentais. Abaixo os cinco preditores
+considerados são descritos, sendo \texttt{def} a covariável que
+representa o nível de desfolha artificial (0, 25, 50, 75 e 100\%).
 
 \noindent
 Preditor 1: $g(\mu) = \beta_0$ \\
@@ -73,27 +74,27 @@ Preditor 5: $g(\mu) = \beta_0 + \beta_{1j} \textrm{def} + \beta_{2j}
 \noindent
 onde $j$ varia nos níveis de estágio fenológico da planta (1:
 vegetativo, 2: botão floral, 3: florescimento, 4: maça, 5: capulho) e
-$g(\mu)$ uma função de ligação. A proposta desses preditores foi
-realizada de forma aninhada a fim de facilitar a condução de testes de
-hipóteses. O modelo 1 contêm somente o intercepto, e é ajustado apenas
-como ponto de partida para verificar como modelos mais estruturados
-melhoram o ajuste. O modelo 2 apresenta apenas o efeito de desfolha de
-forma linear, o modelo 3 é o modelo 2 somado um efeito de segunda
-ordem. O modelo 4, apresenta o efeito de desfolha linear mudando de
-acordo com o estágio de crescimento (interação entre o efeito linear de
-desfolha e estágio), e por fim o modelo 5 não somente o efeito de
-primeira ordem muda com o estágio de crescimento, mais também o efeito
+$g(\mu)$ a função de ligação considerada no modelo. A proposta desses
+preditores foi realizada de forma aninhada a fim de facilitar a condução
+de testes de hipóteses. O modelo 1 contêm somente o intercepto, e é
+ajustado apenas como ponto de partida para verificar como modelos mais
+estruturados melhoram o ajuste. O modelo 2 apresenta apenas o efeito de
+desfolha de forma linear. O modelo 3 é o modelo 2 somado um efeito de
+segunda ordem. O modelo 4, apresenta o efeito de desfolha linear mudando
+de acordo com o estágio de crescimento (interação entre o efeito linear
+de desfolha e estágio). E por fim, no modelo 5 não somente o efeito de
+primeira ordem muda com o estágio de crescimento, mas também o efeito
 de segunda ordem (interação entre o efeito de primeira e segunda ordem
 de desfolha e estágio).
 
-A seguir são ajustados os modelos Poisson e COM-Poisson como
-alternativas paramétricas à análise de dados e como alternativa
-semi-paramétrica a estimação via quasi-verossimilhança Poisson. Na
-tabela \ref{tab:ajuste-cottonBolls} os resultados dos três modelos
-ajustados aos cinco preditores são apresentados. O modelo COM-Poisson
-apresentou melhor ajuste dentre todos os preditores considerados quando
-comparado ao Poisson, indicado pelas maiores log-verossimilhanças e
-menores AIC's.
+Na sequência da análise, foram ajustados os modelos Poisson e
+COM-Poisson como alternativas paramétricas à análise de dados e, como
+alternativa semi-paramétrica, a estimação via quasi-verossimilhança
+Poisson. Na \autoref{tab:ajuste-cottonBolls} os resultados dos três
+modelos ajustados aos cinco preditores são apresentados. O modelo
+COM-Poisson apresentou melhor ajuste dentre todos os preditores
+considerados quando comparado ao Poisson, indicado pelas maiores
+log-verossimilhanças e menores AIC's.
 
 <<loglik-cottonBolls, include=FALSE>>=
 
@@ -118,10 +119,9 @@ tab.ajuste <- rbind(tabP, tabC, tabQ)
 rownames(tab.ajuste) <- NULL
 tab.ajuste <- data.frame(etas, tab.ajuste)
 
-## ##----------------------------------------------------------------------
-## ## Copiar e colar o corpo do resultado na customização latex abaixo
-## digits <- c(1, 0, 0, 2, 2, 2, 0, -2, 3, -2)
-## xtable(tab.ajuste, digits = digits)
+## Para notação científica nas tabelas Latex
+digits <- c(1, 0, 0, 2, 2, 2, 0, -2, 3, -2)
+
 @
 
 \begin{table}[ht]
@@ -134,31 +134,45 @@ tab.ajuste <- data.frame(etas, tab.ajuste)
   \toprule
  Poisson & np & $\ell$ & AIC & 2(diff $\ell$) & diff np & P($>\rchi^2$) &  &  \\
  \midrule
-  Preditor 1 & 1 & -279,93 & 561,87 &  &  &  &  &  \\
-  Preditor 2 & 2 & -272,00 & 548,00 & 15,86 & 1 & 6,81E-05 &  &  \\
-  Preditor 3 & 3 & -271,35 & 548,71 & 1,29 & 1 & 2,56E-01 &  &  \\
-  Preditor 4 & 7 & -258,67 & 531,35 & 25,36 & 4 & 4,26E-05 &  &  \\
-  Preditor 5 & 11 & -255,80 & 533,61 & 5,74 & 4 & 2,19E-01 &  &  \\[0.3cm]
- COM-Poisson & np & $\ell$ & AIC & 2(diff $\ell$) & diff np & P($>\rchi^2$) & $\hat{\phi}$ & P($>\rchi^2$) \\
+<<tab-cottonBolls1, results="asis">>=
+
+## Resultados em formato de tabela Latex
+print(xtable(tab.ajuste[1:5, ], digits = digits),
+      include.colnames = FALSE,
+      hline.after = NULL,
+      only.contents = TRUE)
+
+@
+\specialrule{0em}{0.5em}{0em} %% Apenas para espaçamento
+  COM-Poisson & np & $\ell$ & AIC & 2(diff $\ell$) & diff np & P($>\rchi^2$) & $\hat{\phi}$ & P($>\rchi^2$) \\
   \midrule
-  Preditor 1 & 2 & -272,48 & 548,96 &  &  &  & 0,551 & 1,13E-04 \\
-  Preditor 2 & 3 & -257,46 & 520,93 & 30,03 & 1 & 4,25E-08 & 0,794 & 6,97E-08 \\
-  Preditor 3 & 4 & -256,09 & 520,18 & 2,75 & 1 & 9,73E-02 & 0,816 & 3,29E-08 \\
-  Preditor 4 & 8 & -220,20 & 456,40 & 71,78 & 4 & 9,54E-15 & 1,392 & 1,75E-18 \\
-  Preditor 5 & 12 & -208,25 & 440,50 & 23,90 & 4 & 8,38E-05 & 1,585 & 1,80E-22 \\[0.3cm]
+<<tab-cottonBolls2, results="asis">>=
+
+## Resultados em formato de tabela Latex
+print(xtable(tab.ajuste[6:10, ], digits = digits),
+      include.colnames = FALSE,
+      hline.after = NULL,
+      only.contents = TRUE)
+
+@
+\specialrule{0em}{0.5em}{0em} %% Apenas para espaçamento
   Quase-Poisson & np & deviance & AIC & F & diff np & P($>F$) & $\hat{\sigma}^2$ & P($>\rchi^2$) \\
   \midrule
-  Preditor 1 & 1 & 75,51 &  &  &  &  & 0,567 & 3,66E-04 \\
-  Preditor 2 & 2 & 59,65 &  & 34,21 & 1 & 4,17E-08 & 0,464 & 5,13E-07 \\
-  Preditor 3 & 3 & 58,36 &  & 2,81 & 1 & 9,62E-02 & 0,460 & 3,66E-07 \\
-  Preditor 4 & 7 & 33,00 &  & 22,77 & 4 & 5,89E-14 & 0,278 & 9,15E-16 \\
-  Preditor 5 & 11 & 27,25 &  & 5,96 & 4 & 2,18E-04 & 0,241 & 3,57E-18 \\
+<<tab-cottonBolls3, results="asis">>=
+
+## Resultados em formato de tabela Latex
+print(xtable(tab.ajuste[11:15, ], digits = digits),
+      include.colnames = FALSE,
+      hline.after = NULL,
+      only.contents = TRUE)
+
+@
  \bottomrule
 \end{tabular}
 \begin{tablenotes}
   \footnotesize
-\item np, número de parâmetros, diff $\ell$, diferença entre
-  log-verossimilhanças, F, estatística F baseada nas quasi-deviances,
+\item np, número de parâmetros; diff $\ell$, diferença entre
+  log-verossimilhanças; F, estatística F baseada nas quasi-deviances;
   diff np, diferença entre o np. \\[0.1cm]
 \item Fonte: Elaborado pelo autor.
 \end{tablenotes}
@@ -166,56 +180,20 @@ tab.ajuste <- data.frame(etas, tab.ajuste)
 
 As estimativas dos parâmetros extras $\phi$ e $\sigma^2$ dos modelos
 COM-Poisson e Quasi-Poisson respectivamente, também são apresentadas na
-tabela \ref{tab:ajuste-cottonBolls} e indicam subdispersão ($\phi>0$ e
-$\sigma^2<1$). Note que, mesmo não considerando covariáveis, preditor 1,
-a hipótese de equidispersão foi rejeitada pelo modelos COM-Poisson e
+\autoref{tab:ajuste-cottonBolls} e indicam subdispersão ($\phi>0$ e
+$\sigma^2<1$). Note que, mesmo não considerando covariáveis (preditor 1)
+a hipótese de equidispersão foi rejeitada pelos modelos COM-Poisson e
 Quasi-Poisson. Isso se reflete nos níveis descritivos dos testes de
 razão de verossimilhanças realizados, em que o modelo Poisson, em
 discordância com os demais, não indicou significância do efeito
-quadrático por nível de desfolha, preditor 5, pois superestima a
-variabilidade do processo. Esses resultados estão de acordos com os
-apresentados por \citeonline{Zeviani2014}, onde um modelo
-\textit{Gamma-Count} foi ajustado, destaca-se a similaridade entre as
+quadrático do nível de desfolha por estágio fenológico (preditor 5),
+pois superestima a variabilidade do processo. Esses resultados estão de
+acordos com os apresentados por \citeonline{Zeviani2014}, onde um modelo
+\textit{Gamma-Count} foi ajustado. Destaca-se a similaridade entre as
 medidas de ajuste dos modelos COM-Poisson e \textit{Gamma-Count}. Os
 valores das log-verossimilhanças maximizadas nos dois modelos difere
 somente nas casas decimais, para todos os preditores.
 
-<<prof-cottonBolls, fig.height=4, fig.width=4.5, out.width="0.6\\linewidth", fig.cap="Perfil de log-verossimilhança para o parâmetro extra da COM-Poisson, estimado no modelo com o quinto preditor.">>=
-
-myprof(prof.cottonBolls, namestrip = expression("Perfil para"~phi),
-       par.settings = ps.sub)
-fonte.xy("Fonte: Elaborado pelo autor.")
-
-@
-
-Na figura \ref{fig:prof-cottonBolls} a avaliação do parâmetro $\phi$ do
-modelo COM-Poisson com efeito de desfolha artificial de primeira e
-segunda ordem para cada estágio fenológico, via verossimilhança
-perfilhada é apresentada. O valor zero, que representa a não necessidade
-de um modelo COM-Poisson está dentro dos limites de confiança de 90, 95
-e até 99\%. A simetria do perfil de verossimilhança também é algo para
-se destacar, pois neste caso intervalos do tipo Wald (computacionalmente
-mais fáceis), via aproximação quadrática da verossimilhança, podem ser
-construídos, muito embora os construídos via perfil de
-log-verossimilhança sejam preferíveis. Em concordância com a figura, o
-teste de hipóteses via razão de verossimilhanças para $H_0: \phi = 0$,
-rejeitou a hipótese nula com um nível de significância muito próximo a
-zero, tabela \ref{tab:ajuste-cottonBolls}.
-
-<<coef-cottonBolls, include=FALSE>>=
-
-pnames <- c("phi", "beta0", paste0("beta1", 1:5),
-            paste0("beta2", 1:5))
-
-## Tabela com os coeficientes
-tab.coef <- coeftab(m5P, m5Q, m5C,
-                    rownames = paste0("$++", pnames, "$"))
-
-## ## Código latex para tabela com os coeficientes
-## print.xtable(xtable(tab.coef), include.rownames = TRUE)
-
-@
-
 \begin{table}[ht]
 \centering
 \caption{Estimativas dos parâmetros e razões entre as estimativa e erro
@@ -227,18 +205,24 @@ tab.coef <- coeftab(m5P, m5Q, m5C,
   \cmidrule(lr){2-3} \cmidrule(lr){4-5} \cmidrule(lr){6-7}
   Parâmetro  & Estimativa & Est/EP & Estimativa & Est/EP & Estimativa & Est/EP \\
   \midrule
-  $\sigma^2,\,\phi$ & -- & -- & 0,24 & -- & 1,58 & 12,42 \\
-  $\beta_{0}$ & 2,19 & 34,57 & 2,19 & 70,42 & 10,90 & 7,76 \\
-  $\beta_{11}$ & 0,44 & 0,85 & 0,44 & 1,73 & 2,02 & 1,77 \\
-  $\beta_{12}$ & 0,29 & 0,57 & 0,29 & 1,16 & 1,34 & 1,21 \\
-  $\beta_{13}$ & -1,24 & -2,06 & -1,24 & -4,19 & -5,75 & -3,89 \\
-  $\beta_{14}$ & 0,36 & 0,64 & 0,36 & 1,31 & 1,60 & 1,30 \\
-  $\beta_{15}$ & 0,01 & 0,02 & 0,01 & 0,04 & 0,04 & 0,03 \\
-  $\beta_{21}$ & -0,81 & -1,38 & -0,81 & -2,81 & -3,72 & -2,78 \\
-  $\beta_{22}$ & -0,49 & -0,86 & -0,49 & -1,75 & -2,26 & -1,80 \\
-  $\beta_{23}$ & 0,67 & 0,99 & 0,67 & 2,01 & 3,13 & 2,08 \\
-  $\beta_{24}$ & -1,31 & -1,95 & -1,31 & -3,97 & -5,89 & -3,66 \\
-  $\beta_{25}$ & -0,02 & -0,04 & -0,02 & -0,07 & -0,09 & -0,08 \\
+<<coef-cottonBolls, results="asis">>=
+
+pnames <- c("\\sigma^2,\\,\\phi ", "\\beta_0",
+            paste0("\\beta_{1", 1:5, "}"),
+            paste0("\\beta_{2", 1:5, "}"))
+
+## Tabela com os coeficientes
+tab.coef <- coeftab(m5P, m5Q, m5C,
+                    rownames = paste0("$", pnames, "$"))
+
+print.xtable(xtable(tab.coef),
+             include.rownames = TRUE,
+             include.colnames = FALSE,
+             hline.after = NULL,
+             only.contents = TRUE,
+             sanitize.text.function = function(x) x)
+
+@
    \bottomrule
 \end{tabular}
 \begin{tablenotes}
@@ -247,20 +231,27 @@ tab.coef <- coeftab(m5P, m5Q, m5C,
 \end{tablenotes}
 \end{table}
 
-As estimativas dos efeitos lineares e quadráticos de desfolha
-artificial, conforme notação do preditor 5, são apresentadas na tabela
-\ref{tab:coef-cottonBolls} para os modelos Poisson, Quasi-Poisson e
-COM-Poisson. Para os modelos Poisson e Quasi-Poisson as estimativas são
-idênticas, por construção \ref{cap02:poisson}, o que difere são as
-magnitudes dessas estimativas em comparação com seu erro padrão, que no
-caso Quasi-Poisson é corrigido pelo parâmetro $\sigma^2$. Considerando o
-modelo COM-Poisson as estimativas são notavelmente diferentes, pois o
-preditor linear é construído em $\lambda$, da expressão
-\ref{eqn:pmf-compoisson}, e este parâmetro não descreve, diretamente, a
-média da distribuição. Sendo assim as estimativas do COM-Poisson não
-podem ser comparadas com as demais estimativas. Contudo, a magnitude
-desses efeitos com relação ao efeito padrão sim. E neste caso os modelos
-Quasi-Poisson e COM-Poisson levam as mesmas conclusões.
+<<prof-cottonBolls, fig.height=3.5, fig.width=4, out.width="0.6\\linewidth", fig.cap="Perfil de log-verossimilhança para o parâmetro extra da COM-Poisson, estimado no modelo com o efeito quadrático do nível de desfolha por cada estágio fenológico.">>=
+
+myprof(prof.cottonBolls, namestrip = expression("Perfil para"~phi),
+       par.settings = ps.sub)
+fonte.xy("Fonte: Elaborado pelo autor.")
+
+@
+
+Na \autoref{fig:prof-cottonBolls} a avaliação do parâmetro $\phi$ do
+modelo COM-Poisson com efeito de desfolha artificial de primeira e
+segunda ordem para cada estágio fenológico, via verossimilhança
+perfilhada, é apresentada. O valor zero, que representa a não
+necessidade de um modelo COM-Poisson, não está dentro dos limites de
+confiança de 99, 95 e até 90\%. A simetria do perfil de verossimilhança
+também é algo para se destacar, pois neste caso intervalos do tipo Wald
+(computacionalmente mais fáceis), via aproximação quadrática da
+verossimilhança, podem ser construídos, muito embora os construídos via
+perfil de log-verossimilhança sejam preferíveis. Em concordância com a
+figura, o teste de hipóteses via razão de verossimilhanças para $H_0:
+\phi = 0$ (última coluna da \autoref{tab:ajuste-cottonBolls}), rejeitou
+a hipótese nula com um nível de significância muito próximo a zero.
 
 <<corr-cottonBolls, fig.width=7, fig.height=7, fig.cap="Imagem da matriz de correlação entre os parâmetros do modelo COM-Poisson.">>=
 
@@ -275,26 +266,38 @@ fonte("Fonte: Elaborado pelo autor.")
 
 @
 
-As covariâncias entre as estimativas dos parâmetros do modelo
-COM-Poisson são apresentadas, na escala da correlação, na figura
-\ref{fig:corr-cottonBolls}. Destaca-se nessa figura a forte correlação
-do parâmetro de precisão $\phi$ com os $\beta$'s da regressão. Embora
-seja uma representação empírica, observada a esse particular conjunto de
-dados, nota-se a não ortogonalidade na matriz de informação observada, o
-que implica que inferências sobre os $\beta$'s são condicionais a
-$\phi$. Esse comportamento dos modelos COM-Poisson é recorrente, como
-será visto nos demais conjuntos de dados.
+As estimativas dos efeitos lineares e quadráticos de desfolha
+artificial, conforme notação do preditor 5, são apresentadas na
+\autoref{tab:coef-cottonBolls} para os modelos Poisson, Quasi-Poisson e
+COM-Poisson. Para os modelos Poisson e Quasi-Poisson as estimativas são
+idênticas, por construção (veja \autoref{cap02:poisson}), o que difere
+são as magnitudes dessas estimativas em comparação com seu erro padrão,
+que no caso Quasi-Poisson é corrigido pelo parâmetro
+$\sigma^2$. Considerando o modelo COM-Poisson as estimativas são
+notavelmente diferentes, pois o preditor linear é construído em
+$\lambda$, da \autoref{eqn:pmf-compoisson}, e esse parâmetro não
+descreve, diretamente, a média da distribuição. Sendo assim as
+estimativas do COM-Poisson não podem ser comparadas com as demais
+estimativas. Contudo a magnitude desses efeitos, com relação ao seu erro
+padrão, sim. E nesse caso, os modelos Quasi-Poisson e COM-Poisson levam
+as mesmas conclusões.
+
+Devido ao modelo COM-Poisson não ser construído diretamente para a
+média, as estimativas dos parâmetros não refletem efeitos
+multiplicativos, como ocorre nos casos Poisson e Quasi-Poisson. Com
+isso, a interpretação dos efeitos nesse modelo é somente com relação ao
+sinal da estimativa, quando positivo indica um aumento na média da
+variável de interesse, e quando negativo uma diminuição.
 
-Essa característica de não ortogonalidade da matriz de informação
-observada teve de ser levada em consideração para cálculo dos valores
-preditos, uma vez que a informação sobre a incerteza das estimativas
-contida na matriz de variâncias e covariâncias não pôde ser
-marginalizada para os $\beta$'s, que efetivamente são utilizados para
-cálculo de $\hat{\lambda}_i$ e consequentemente $\hat{\mu}_i$. Portanto,
-para cálculo dos valores preditos utiliza-se a matriz de variâncias e
-covariâncias condicionada a $\phi$, conforme \citeonline[teorema 3.6,
-pág. 123]{Ferreira2011}. Essa é uma prática tomada também para cálculo
-dos valores preditos nos demais conjunto de dados.
+As covariâncias entre as estimativas dos parâmetros do modelo
+COM-Poisson são apresentadas, na escala da correlação, na
+\autoref{fig:corr-cottonBolls}. Destaca-se nessa figura a forte
+correlação do parâmetro de precisão $\phi$ com os $\beta$'s da
+regressão. Embora seja uma representação empírica, observada a esse
+particular conjunto de dados, nota-se a não ortogonalidade na matriz de
+informação observada, o que implica que inferências sobre os $\beta$'s
+são condicionais a $\phi$. Esse comportamento dos modelos COM-Poisson é
+recorrente, como será visto nos demais conjuntos de dados.
 
 <<pred-cottonBolls, fig.height=3.4, fig.width=6.7, fig.cap="Curva dos valores preditos com intervalo de confiança de (95\\%) como função do nível de desfolha e do estágio fenológico da planta.">>=
 
@@ -368,14 +371,30 @@ fonte.xy("Fonte: Elaborado pelo autor.")
 
 @
 
+Essa característica de não ortogonalidade da matriz de informação
+observada teve de ser levada em consideração para cálculo dos valores
+preditos, uma vez que a informação sobre a incerteza das estimativas
+contida na matriz de variâncias e covariâncias não pôde ser
+marginalizada para os $\beta$'s, que efetivamente são utilizados para
+cálculo de $\hat{\lambda}_i$ e consequentemente $\hat{\mu}_i$. Portanto,
+no cálculo dos valores preditos utiliza-se a matriz de variâncias e
+covariâncias condicional a $\hat{\phi}$, conforme teorema 3.6
+\citeonline[pág. 123]{Ferreira2011}. Para computação dos intervalos de
+confiança utiliza-se o método delta \cite{Ribeiro2012}. A utilização da
+matriz de variâncias e covariâncias condicional e o método delta para
+computação dos valores preditos, são práticas tomadas também na análise
+dos demais conjuntos de dados.
+
 As médias com intervalos de confiança calculadas com os modelos
-COM-Poisson e Quasi-Poisson são praticamente idênticas, conforme pode
-ser visto na figura \ref{fig:pred-cottonBolls}. Contudo, destaca-se que
-o modelo COM-Poisson é totalmente paramétrico permitindo representar uma
+COM-Poisson e Quasi-Poisson são idênticas, conforme pode ser visto na
+\autoref{fig:pred-cottonBolls}. Isso se deve ao fato da relação média e
+variância ser aproximada de forma satisfatória por $\frac{1}{\nu}E(Y)$
+nos casos de subdispersão, no modelo COM-Poisson (vide
+\autoref{fig:mv-compoisson}). Contudo, destaca-se que o modelo
+COM-Poisson é totalmente paramétrico permitindo representar uma
 distribuição, calculando probabilidades, o que não é possível com a
-formulação Quasi-Poisson. Ainda nota-se claramente que o modelo Poisson
-é inadequado a esse conjunto de dados e que inferências a partir deste
-seriam incorretas.
+formulação Quasi-Poisson. Como visto o modelo Poisson é inadequado a
+esse conjunto de dados e inferências a partir deste são incorretas.
 
 \section{Análise de dados de capulhos de algodão sob efeito de Mosca-Branca}
 \label{sec:analise-cottonBolls2}
@@ -448,8 +467,8 @@ prof.nnos <- profile(m3C.nnos, which = "phi")
 
 Nesse conjunto de dados também há indícios de subdispersão para as
 três variáveis de interesse mensuradas no estudo, conforme apresentado
-na seção \ref{sec:cottonBolls2}. Para cada contagem procedeu-se com o
-ajuste dos modelos Poisson, Quasi-Poisson e COM-Poisson adotando os
+na \autoref{sec:cottonBolls2}. Para cada contagem procedeu-se com o
+ajuste dos modelos Poisson, Quasi-Poisson e COM-Poisson com os
 preditores:
 
 \noindent
@@ -501,8 +520,7 @@ phis <- cmptest(m3C.ncapu, m2C.nerep, m3C.nnos)
 
 ## ##----------------------------------------------------------------------
 ## ## Copiar e colar o corpo do resultado na customização latex abaixo
-## digits <- c(1, 1, 0, 2, 2, -2, 2, 2, -2, 2, -2)
-## print(xtable(tab.ajuste, digits = digits))
+digits <- c(1, 1, 0, 2, 2, 4, 2, 2, 4, 2, 4)
 
 @
 
@@ -525,19 +543,36 @@ linear e quadrático dos dias de exposição, respectivamente.
   \midrule
   \multicolumn{10}{l}{{\bfseries \footnotesize Número de capulhos produzidos}} \\[0.0cm]
   \cline{1-5} \\[-0.2cm]
-   & 1 & -105,27 & 212,55 &  & -92,05 & 188,09 &  & 20,80 &  \\
-   & 2 & -105,03 & 214,05 & 4,83E-01 & -91,31 & 188,62 & 2,25E-01 & 20,31 & 2,23E-01 \\
-   & 3 & -104,44 & 214,88 & 2,78E-01 & -89,47 & 186,95 & 5,52E-02 & 19,13 & 6,16E-02 \\[0.2cm]
+<<tab-conttonBolls21, results="asis">>=
+
+print(xtable(tab.ajuste[1:3, ], digits = digits),
+      include.colnames = FALSE,
+      hline.after = NULL,
+      only.contents = TRUE)
+
+@
+  \specialrule{0em}{0.5em}{0em} %% Apenas para espaçamento
   \multicolumn{10}{l}{{\bfseries \footnotesize Número de estruturas reprodutivas}} \\[0.0cm]
   \cline{1-5} \\[-0.2cm]
-   & 1 & -104,74 & 211,49 &  & -86,41 & 176,82 &  & 16,23 &  \\
-   & 2 & -104,27 & 212,54 & 3,32E-01 & -84,59 & 175,18 & 5,66E-02 & 15,29 & 6,19E-02 \\
-   & 3 & -104,06 & 214,12 & 5,16E-01 & -83,73 & 175,47 & 1,90E-01 & 14,87 & 2,07E-01 \\[0.2cm]
+<<tab-conttonBolls22, results="asis">>=
+
+print(xtable(tab.ajuste[4:6, ], digits = digits),
+      include.colnames = FALSE,
+      hline.after = NULL,
+      only.contents = TRUE)
+
+@
+  \specialrule{0em}{0.5em}{0em} %% Apenas para espaçamento
   \multicolumn{10}{l}{{\bfseries \footnotesize Número de nós da planta}} \\[0.0cm]
   \cline{1-5} \\[-0.2cm]
-   & 1 & -143,79 & 289,59 &  & -120,58 & 245,16 &  & 12,69 &  \\
-   & 2 & -143,48 & 290,95 & 4,25E-01 & -119,03 & 244,06 & 7,87E-02 & 12,05 & 7,39E-02 \\
-   & 3 & -142,95 & 291,89 & 3,04E-01 & -116,27 & 240,54 & 1,88E-02 & 11,00 & 2,23E-02 \\
+<<tab-conttonBolls23, results="asis">>=
+
+print(xtable(tab.ajuste[7:9, ], digits = digits),
+      include.colnames = FALSE,
+      hline.after = NULL,
+      only.contents = TRUE)
+
+@
    \bottomrule
 \end{tabular}
 \begin{tablenotes}
@@ -547,33 +582,32 @@ linear e quadrático dos dias de exposição, respectivamente.
 \end{tablenotes}
 \end{table}
 
-Na tabela \ref{tab:ajuste-cottonBolls2} são exibidas as medidas de
-ajuste dos modelos para as três variáveis resposta. Em todos os casos o
-modelo COM-Poisson apresentou maiores log-verossimilhanças indicando um
-melhor ajuste, quando comparado ao Poisson, também indicado pelos os
-valores de AIC que ponderam a log-verossimilhança pelo número de
-parâmetros considerados no modelo. Para questões inferenciais novamente,
-há um desacordo entre os modelos paramétricos. Pelos modelos Poisson
-não há evidências para manutenção de nenhum efeito da variável número
-de dias sob infestação, em todos os casos, ao passo que no modelo
-COM-Poisson tem-se evidências do efeito quadrático quando considerado o
-modelo para o número de nós da planta (nível descritivo de
-\Sexpr{1-anC.nnos[3,6]}) e o número de capulhos produzidos (nível
-descritivo de \Sexpr{1-anC.ncapu[3,6]}, na borda da região de
-significância, mas com uma diminuição do AIC em favor do efeito
-quadrático). Quando modelado o número de estruturas reprodutivas o
-modelo COM-Poisson também não indicou efeito quadrático, contudo o
-efeito linear de \texttt{dexp} pode ser discutido uma vez que a
-significância do TRV foi de \Sexpr{anC.ncapu[3,6]} e o AIC apresentou um
-pequeno aumento com relação ao modelo nulo. Considera-se nas demais
-inferências os preditores com efeitos linear, para o número de
-estruturas reprodutivas e quadrático, para o número de capulhos
-produzidos e número de nós da planta.
-
-A especificação do modelo via Quasi-Verossimilhança Poisson obteve
+Na \autoref{tab:ajuste-cottonBolls2} são exibidas as medidas de ajuste
+dos modelos para as três variáveis resposta. Em todos os casos o modelo
+COM-Poisson apresentou maiores log-verossimilhanças indicando um melhor
+ajuste, quando comparado ao Poisson, também indicado pelos valores de
+AIC que ponderam a log-verossimilhança pelo número de parâmetros
+considerados no modelo. Para questões inferenciais, novamente, há um
+desacordo entre os modelos paramétricos. Pelo modelo Poisson não há
+evidências para manutenção de nenhum efeito da variável número de dias
+sob infestação, em todos os casos, ao passo que no modelo COM-Poisson
+tem-se evidências do efeito quadrático quando considerado o modelo para
+o número de nós da planta (nível descritivo de \Sexpr{anC.nnos[3,6]}) e
+o número de capulhos produzidos (nível descritivo de
+\Sexpr{anC.ncapu[3,6]}, na borda da região de significância, mas com uma
+diminuição do AIC em favor do efeito quadrático). Quando modelado o
+número de estruturas reprodutivas, o modelo COM-Poisson também não
+indicou efeito quadrático, contudo o efeito linear de \texttt{dexp} pode
+ser discutido uma vez que a significância do TRV foi de
+\Sexpr{anC.ncapu[3,6]} e o AIC apresentou um pequeno aumento com relação
+ao modelo nulo. Considera-se nas demais inferências os preditores com
+efeito linear, para o número de estruturas reprodutivas e quadrático,
+para o número de capulhos produzidos e número de nós da planta.
+
+Na estimação dos parâmetros via quasi-Verossimilhança Poisson obteve-se
 níveis descritivos mais conservadores para a rejeição da hipótese nula
-que o modelo COM-Poisson. Contudo, para escolha de preditores as mesmas
-tendências apontadas pelo COM-Poisson foram seguidas.
+que no modelo COM-Poisson. Contudo, para escolha de preditores os
+resultados se mostram equivalentes.
 
 <<prof-cottonBolls2, fig.height=3, fig.width=7, fig.cap="Perfis de log-verossimilhança para o parâmetro extra da COM-Poisson nos modelos para número de capulhos produzidos (esquerda), número de estruturas reprodutivas (central) e número de nós (direira).">>=
 
@@ -634,22 +668,22 @@ xyplot(abs(z) ~ focal | param, data = da,
 @
 
 Para avaliação do parâmetro $\phi$ da COM-Poisson nos três modelos
-considerados, intervalos de confiança construídos sob
-perfilhamento da verossimilhança são exibidos na figura
-\ref{fig:prof-cottonBolls2}. Para nenhum dos modelos o valor de $\phi =
-0$ esteve dentro dos limites de confiança de 90, 95 e 99\%. Os valores
-estimados dos parâmetros nos modelos para número de capulhos, número de
-estruturas reprodutivas e número de nós da planta foram de \Sexpr{phis[,
-  1]} respectivamente, indicando subdispersão em todos os casos.
-
-Na figura \ref{fig:corr-cottonBolls2} são representadas as matrizes de
+considerados, intervalos de confiança construídos sob perfilhamento da
+verossimilhança são exibidos na \autoref{fig:prof-cottonBolls2}. Nenhum
+dos intervalos, de 99, 95 e 90\% de confiança, compreende o valor zero
+para $\phi$. Os valores estimados dos parâmetros nos modelos para número
+de capulhos, número de estruturas reprodutivas e número de nós da planta
+foram de \Sexpr{phis[, 1]} respectivamente, indicando subdispersão em
+todos os casos.
+
+Na \autoref{fig:corr-cottonBolls2} são representadas as matrizes de
 covariâncias (via correlações) entre as estimativas dos modelos para
-número de capulhos, à esquerda, número de estruturas reprodutivas, ao
-centro e número de nós da plantas, à direita. A forte correlação entre o
-parâmetro de precisão $\phi$ e $\beta_0$ (principalmente) também foi
+número de capulhos (à esquerda), número de estruturas reprodutivas (ao
+centro) e número de nós da plantas (à direita). A forte correlação entre
+o parâmetro de precisão $\phi$ e $\beta_0$ (principalmente) também foi
 observada no ajuste do modelo para esses conjuntos de dados.
 
-<<corr-cottonBolls2, fig.height=1.7, fig.width=5, out.width="1\\linewidth", fig.cap="Imagem da matriz de correlação entre os parâmetros do modelo COM-Poisson. (Esquerda) Modelo para o número de capulhos por parcela, (centro) para o número de estruturas reprodutivas e (direita) para o número de nós por parcela.">>=
+<<corr-cottonBolls2, fig.height=1.7, fig.width=5, out.width="1\\linewidth", fig.cap="Imagem da matriz de correlação entre os parâmetros do modelo COM-Poisson. (esquerda) Modelo para o número de capulhos por parcela, (centro) para o número de estruturas reprodutivas e (direita) para o número de nós por parcela.">>=
 
 pnames <- c("phi", "beta0", "beta1", "beta2")
 
@@ -667,9 +701,12 @@ Corr.nerep <- cov2cor(Vcov)
 dimnames(Corr.nerep) <- list(pnames, pnames)
 
 par(mfrow = c(1, 3))
-mycorrplot(Corr.ncapu, mar = c(1.5, 0, 0, 0))
-mycorrplot(Corr.nerep, mar = c(1.5, 0, 0, 0))
-mycorrplot(Corr.nnos, mar = c(1.5, 0, 0, 0))
+mycorrplot(Corr.ncapu, mar = c(2.5, 0, 0, 0))
+mtext(text = "Capulhos produzidos", side = 1, cex = 0.7, adj = 0.65)
+mycorrplot(Corr.nerep, mar = c(2.5, 0, 0, 0))
+mtext(text = "Estruturas reprodutivas", side = 1, cex = 0.7, adj = 0.75)
+mycorrplot(Corr.nnos, mar = c(2.5, 0, 0, 0))
+mtext(text = "Número de nós", side = 1, cex = 0.7, adj = 0.6)
 
 fonte("Fonte: Elaborado pelo autor.", cex = 0.7)
 
@@ -686,71 +723,71 @@ pred <- data.frame(dexp = with(cottonBolls2,
 ##======================================================================
 ## Considerando a Poisson
 ##-------------------------------------------
-## Para nerep
-aux <- predict(m2P.nerep, newdata = pred, se.fit = TRUE)
-aux <- with(aux, exp(fit + outer(se.fit, qn, FUN = "*")))
-aux <- data.frame(modelo = "Poisson", aux)
-predP.nerep <- cbind(var = "nerep", pred, aux)
-##-------------------------------------------
 ## Para ncapu
 aux <- predict(m3P.ncapu, newdata = pred, se.fit = TRUE)
 aux <- with(aux, exp(fit + outer(se.fit, qn, FUN = "*")))
 aux <- data.frame(modelo = "Poisson", aux)
 predP.ncapu <- cbind(var = "ncapu", pred, aux)
 ##-------------------------------------------
+## Para nerep
+aux <- predict(m2P.nerep, newdata = pred, se.fit = TRUE)
+aux <- with(aux, exp(fit + outer(se.fit, qn, FUN = "*")))
+aux <- data.frame(modelo = "Poisson", aux)
+predP.nerep <- cbind(var = "nerep", pred, aux)
+##-------------------------------------------
 ## Para nnos
 aux <- predict(m3P.nnos, newdata = pred, se.fit = TRUE)
 aux <- with(aux, exp(fit + outer(se.fit, qn, FUN = "*")))
 aux <- data.frame(modelo = "Poisson", aux)
 predP.nnos <- cbind(var = "nnos", pred, aux)
 ##
-predP <- rbind(predP.nerep, predP.ncapu, predP.nnos)
+predP <- rbind(predP.ncapu, predP.nerep, predP.nnos)
 
 ##======================================================================
 ## Considerando a COM-Poisson
 ##-------------------------------------------
-## Para nerep
-aux <- predict(m2C.nerep, newdata = pred, type = "response",
-               interval = "confidence")
-aux <- data.frame(modelo = "COM-Poisson", aux)
-predC.nerep <- cbind(var = "nerep", pred, aux)
-##-------------------------------------------
 ## Para ncapu
 aux <- predict(m3C.ncapu, newdata = pred, type = "response",
                interval = "confidence")
 aux <- data.frame(modelo = "COM-Poisson", aux)
 predC.ncapu <- cbind(var = "ncapu", pred, aux)
 ##-------------------------------------------
+## Para nerep
+aux <- predict(m2C.nerep, newdata = pred, type = "response",
+               interval = "confidence")
+aux <- data.frame(modelo = "COM-Poisson", aux)
+predC.nerep <- cbind(var = "nerep", pred, aux)
+##-------------------------------------------
 ## Para nnos
 aux <- predict(m3C.nnos, newdata = pred, type = "response",
                interval = "confidence")
 aux <- data.frame(modelo = "COM-Poisson", aux)
 predC.nnos <- cbind(var = "nnos", pred, aux)
 ##
-predC <- rbind(predC.nerep, predC.ncapu, predC.nnos)
+predC <- rbind(predC.ncapu, predC.nerep, predC.nnos)
 
 ##======================================================================
 ## Considerando a Quasi-Poisson
 ##-------------------------------------------
-## Para nerep
-aux <- predict(m2Q.nerep, newdata = pred, se.fit = TRUE)
-aux <- with(aux, exp(fit + outer(se.fit, qn, FUN = "*")))
-aux <- data.frame(modelo = "Quasi-Poisson", aux)
-predQ.nerep <- cbind(var = "nerep", pred, aux)
-##-------------------------------------------
 ## Para ncapu
 aux <- predict(m3Q.ncapu, newdata = pred, se.fit = TRUE)
 aux <- with(aux, exp(fit + outer(se.fit, qn, FUN = "*")))
 aux <- data.frame(modelo = "Quasi-Poisson", aux)
 predQ.ncapu <- cbind(var = "ncapu", pred, aux)
 ##-------------------------------------------
+## Para nerep
+aux <- predict(m2Q.nerep, newdata = pred, se.fit = TRUE)
+aux <- with(aux, exp(fit + outer(se.fit, qn, FUN = "*")))
+aux <- data.frame(modelo = "Quasi-Poisson", aux)
+predQ.nerep <- cbind(var = "nerep", pred, aux)
+##-------------------------------------------
 ## Para nnos
 aux <- predict(m3Q.nnos, newdata = pred, se.fit = TRUE)
 aux <- with(aux, exp(fit + outer(se.fit, qn, FUN = "*")))
 aux <- data.frame(modelo = "Quasi-Poisson", aux)
 predQ.nnos <- cbind(var = "nnos", pred, aux)
 ##
-predQ <- rbind(predQ.nerep, predQ.ncapu, predQ.nnos)
+predQ <- rbind(predQ.ncapu, predQ.nerep, predQ.nnos)
 
 ##======================================================================
 ##-------------------------------------------
@@ -767,6 +804,7 @@ key <- list(
     lines = list(lty = c(3, 1, 2), lwd = 1, col = cols),
     text = list(c("Poisson", "COM-Poisson", "Quasi-Poisson")))
 
+da$va <- relevel(da$va, "ncapu")
 xyplot(count ~ dexp | va, data = da,
        key = key,
        type = c("p", "g"),
@@ -776,9 +814,10 @@ xyplot(count ~ dexp | va, data = da,
        scales = list(
            y = list(relation = "free", rot = 0)),
        strip = strip.custom(
-           factor.levels = c("Estruturas reprodutivas ",
-                             "Capulhos produzidos",
-                             "Nós da planta")),
+           factor.levels = c(
+               "Capulhos produzidos",
+               "Estruturas reprodutivas",
+               "Nós da planta")),
        alpha = 0.3,
        spread = 0.15,
        panel = panel.beeswarm,
@@ -788,7 +827,7 @@ xyplot(count ~ dexp | va, data = da,
                layout = c(NA, 1),
                scales = list(
                    y = list(relation = "free", rot = 0)),
-               type = "l", col = cols[1], lty = c(1, 3, 3), lwd = 1)
+               type = "l", col = cols[1], lty = c(1, 4, 4), lwd = 1)
     ) +
     as.layer(
         xyplot(fit + lwr + upr ~ dexp | var, data = predC,
@@ -809,13 +848,12 @@ fonte.xy("Fonte: Elaborado pelo autor.")
 
 @
 
-Finalmente a representação gráfica na figura \ref{fig:pred-cottonBolls2}
+Finalmente a representação gráfica na \autoref{fig:pred-cottonBolls2}
 mostra os valores preditos pelos modelos Poisson, COM-Poisson e
-Quasi-Poisson com intervalos de confiança para média com 95\% de
-confiança. Assim como na análise realizada na seção
-\ref{sec:analise-cottonBolls}, os valores preditos com bandas de
-confiança obtidos dos modelos COM-Poisson e Quasi-Poisson, são
-praticamente idênticos levando as mesmas interpretações.
+Quasi-Poisson com intervalos de confiança de 95\% para média. Assim como
+na análise realizada na \autoref{sec:analise-cottonBolls}, os valores
+preditos com bandas de confiança obtidos dos modelos COM-Poisson e
+Quasi-Poisson, são idênticos, levando às mesmas interpretações.
 
 Com esse segundo exemplo de subdispersão, em que três contagens foram
 realizados em um único experimento. A flexibilidade do modelo
@@ -883,47 +921,47 @@ prof.ng <- profile(m2C.ng, which = "phi")
 
 @
 
-Nesse experimento apresentado em \ref{sec:soyaBeans}, mais de uma
-variável de interesse em forma de contagem é mensurada e pela descrição
-dos dados características relacionadas a dispersão da contagem são
-distintas em ambas (equidispersão e superdispersão). Dos modelos
-apresentados no capítulo \ref{cap:modelos-para-dados-de-contagem}, o
-Poisson, COM-Poisson, Binomial-Negativo são as alternativas paramétricas
-avaliadas e o Quasi-Poisson é tomado como a alternativa
-semi-paramétrica. As variáveis de interesse números de grãos de soja e
-de vagens viáveis foram contabilizados por unidade experimental (vaso
-com duas plantas) e estão sob o efeito, controlado, de duas covariáveis,
-níveis de adubação potássica (\Sexpr{niveis.K}) e níveis de umidade do
-solo (\Sexpr{niveis.umid}), que foram considerados na análise como
-fatores com 5 e 3 níveis respectivamente. Ainda têm-se, pela condução do
+Nesse experimento, mais de uma variável de interesse em forma de
+contagem é mensurada. Pela descrição dos dados, realizada na
+\autoref{sec:soyaBeans}, características relacionadas a dispersão da
+contagem são distintas em ambas as variáveis (equidispersão e
+superdispersão). Dos modelos apresentados no
+\autoref{cap:modelos-para-dados-de-contagem}, o Poisson, COM-Poisson,
+Binomial-Negativo são as alternativas paramétricas a serem consideradas
+e o Quasi-Poisson é tomado como a alternativa semi-paramétrica. As
+variáveis de interesse, números de grãos de soja e de vagens viáveis,
+foram contabilizados por unidade experimental (vaso com duas plantas) e
+estão sob o efeito, controlado dos níveis de adubação potássica (0, 30,
+60, 120 e 180 mg dm$^{-3}$) e dos níveis de umidade do solo
+(37.5, 50 e 62.5\%), que foram considerados na análise como fatores
+com 5 e 3 níveis respectivamente. Ainda têm-se, pela condução do
 experimento, o efeito relacionado a blocagem realizada, foram cinco
 blocos utilizados para controle de variação local. Os preditores
 considerados são
 
 \noindent
 Preditor 1: $\eta_1 = g(\mu_{ijk}) = \beta_0 + \tau_i + \gamma_j + \delta_k $ \\
-Preditor 1: $\eta_2 = g(\mu_{ijk}) = \beta_0 + \tau_i + \gamma_j + \delta_k +
+Preditor 2: $\eta_2 = g(\mu_{ijk}) = \beta_0 + \tau_i + \gamma_j + \delta_k +
 \alpha_{jk}$
 
 \noindent
-em que $\tau_i$ é o efeito do i-ésimo bloco, $i=$1: bloco II, 2: bloco
-III, 3: bloco IV e 4: V; $\gamma_j$ o efeito do j-ésimo nível de umidade
-aplicado, $j=$1: 50\% e 2: 62,5\%; $\delta_k$ o efeito do k-ésimo nível
-de adubação potássica, $k=$ 1: 30, 2: 60, 3: 20 e 4: 180 mg dm$^{-3}$ e
-$\alpha_{jk}$ o efeito da interação entre o j-ésimo nível de umidade do
-solo e o k-ésimo nível de adubação potássica. Assim no modelo mais
-completo, com interação, são 19 parâmetros de locação a serem
-estimados.
-
-Para ajuste dos modelos COM-Poisson nesse exemplo o tempo computacional
-foi ligeiramente mais demorado (em torno de 10s para os quatro modelos
-considerando as duas contagens e os dois preditores). Isso se deve ao
-fato das contagens serem altas (variando entre
+em que $\tau_i$ é o efeito do i-ésimo bloco ($i=$1: bloco II, 2: bloco
+III, 3: bloco IV e 4: V), $\gamma_j$ o efeito do j-ésimo nível de
+umidade aplicado ($j=$1: 50\% e 2: 62,5\%), $\delta_k$ o efeito do
+k-ésimo nível de adubação potássica ($k=$ 1: 30, 2: 60, 3: 20 e 4: 180
+mg dm$^{-3}$) e $\alpha_{jk}$ o efeito da interação entre o j-ésimo
+nível de umidade do solo e o k-ésimo nível de adubação potássica. No
+modelo mais completo, com interação, são 19 parâmetros de locação a
+serem estimados.
+
+Na abordagem via modelos COM-Poisson nesse exemplo, o tempo para ajuste
+foi ligeiramente maior com relação aos exemplos anteriores. Isso se deve
+ao fato das contagens serem elevadas (variando entre
 \Sexpr{paste(range(soyaBeans[ , "ngra"]), collapse=" e ")} para o número
 de grãos e \Sexpr{paste(range(soyaBeans[ , "nvag"]), collapse=" e ")}
 para o número de vagens) e superdispersas ($\phi<0$). Nesse cenário os
 incrementos da constante normalizadora $Z(\lambda_i, \nu = \exp(\phi))$,
-expressão \ref{eqn:constante-z}, convergem para 0 mais lentamente.
+\autoref{eqn:constante-z}, convergem para 0 mais lentamente.
 
 <<convergez-soyaBeans, fig.height=3, fig.width=6.7, fig.cap="Convergência das constantes de normalização para cada indivíduo no modelo para o número de vagens viáveis (esquerda) e para o número de grãos produzidos (direita)">>=
 
@@ -977,19 +1015,19 @@ lambda.ng <- lam.ng[as.numeric(obs.ng)]
 
 @
 
-Na figura \ref{fig:convergez-soyaBeans} são exibidos os termos dessa
+Na \autoref{fig:convergez-soyaBeans} são exibidos os termos dessa
 constante para cada observação nos modelos mais complexos (com
-interação) para o número de vagens e para o número de grãos. O critério
-de convergência adotado foi de $\lambda^j/(j!)^\nu < 1 \times
-10^{-3}$. No modelo para número de vagens o maior valor para a constante
-foi de \Sexpr{soma.nv}, soma de \Sexpr{nterm.nv} termos, calculados para a
-observação \Sexpr{obs.nv}, que teve o maior valor estimado para o
-parâmetro $\lambda$, $\hat{\lambda} = $\Sexpr{lambda.nv}. Nesse o modelo
-o parâmetro $\phi$ foi estimado em \Sexpr{m2C.nv@coef[1]}. Já no modelo
-para o número de grãos foram necessários \Sexpr{nterm.ng} termos que
-somados resultaram em \Sexpr{soma.ng}, maior constante calculada. Isso
-também se deu na observação \Sexpr{obs.ng} que para este modelo, com
-$\hat{\phi} = $\Sexpr{m2C.ng@coef[1]}, teve um parâmetro $\lambda$
+interação), para o número de vagens e para o número de grãos. O critério
+de convergência adotado foi $\lambda^j/(j!)^\nu < 1 \times 10^{-3}$. No
+modelo para número de vagens o maior valor para a constante foi de
+\Sexpr{soma.nv}, soma de \Sexpr{nterm.nv} termos, calculados para a
+observação \Sexpr{obs.nv}, cujo valor estimado de $\lambda$,
+$\hat{\lambda} = $\Sexpr{lambda.nv}, foi o maior. Nesse o modelo o
+parâmetro $\phi$ foi estimado em \Sexpr{m2C.nv@coef[1]}. Já no modelo
+para o número de grãos foram necessários \Sexpr{nterm.ng} termos que,
+somados, resultaram em \Sexpr{soma.ng}, maior constante calculada. Isso
+também se deu para observação \Sexpr{obs.ng}, que, para este modelo com
+$\hat{\phi} = $\Sexpr{m2C.ng@coef[1]}, estimou-se o parâmetro $\lambda$
 estimado em \Sexpr{lambda.ng}.
 
 <<loglik-soyaBeans, include=FALSE>>=
@@ -1034,78 +1072,32 @@ dispersions.ng <- c(
 ## Adicionando os parametros de dispersão à tabela
 tab.nv <- cbind(tab.nv, dispersions.nv)
 tab.ng <- cbind(tab.ng, dispersions.ng)
+rownames(tab.ng) <- rownames(tab.nv) <- NULL
 
 ## Juntando as tabelas
-## tab.ajuste <- data.frame(pred = rep(paste0("$\\eta_", 1:2, "$"), 4))
-## tab.ajuste <- cbind(tab.ajuste, as.data.frame(cbind(tab.nv, tab.ng)))
-## tab.ajuste <- as.data.frame(cbind(tab.nv, tab.ng))
-
-## ##----------------------------------------------------------------------
-## ## Copiar e colar o corpo do resultado na customização latex abaixo
-## digits <- c(1, 0, 2, 2, -2, -2,  2, 2, -2, -2)
-## print(xtable(tab.ajuste, digits = digits))
+tab.ajuste <- data.frame(pred = rep(paste0("$\\eta_", 1:2, "$"), 4))
+tab.ajuste <- cbind(tab.ajuste, as.data.frame(cbind(tab.nv, tab.ng)))
 
+pvals <- paste(round(cmptest(m1C.nv, m2C.nv)[, 2], 3), collapse = "e")
 @
 
 Medidas de qualidade de ajuste calculadas sob os modelos Poisson,
 COM-Poisson, Binomial Negativo e Quasi-Poisson são apresentadas na
-tabela \ref{tab:ajuste-soyaBeans}. Considerando a variável resposta
-número de vagens viáveis, não há indícios de afastamento da
-equidispersão indicados i) pelos parâmetros extras dos modelos
-alternativos ao Poisson, em que estimativas $\hat{\phi}$, $\hat{\theta}$
-e $\hat{\sigma^2}$ estão próximas dos valores 0, $\infty$ e 1, que
-compreendem o caso particular Poisson nos modelos COM-Poisson, Binomial
-Negativo e Quasi-Poisson respectivamente, ii) pelas log-verossimilhanças
-dos modelos paramétricos que resultaram em valores muito próximos, iii)
+\autoref{tab:ajuste-soyaBeans}. Considerando a variável resposta número
+de vagens viáveis, não há indícios de afastamento da equidispersão
+indicados i) pelos parâmetros extras dos modelos alternativos ao
+Poisson, em que as estimativas $\hat{\phi}$ e $\hat{\sigma^2}$ estão
+próximas dos valores 0 e 1, que compreendem o caso particular Poisson
+nos modelos COM-Poisson e Quasi-Poisson respectivamente e $\hat{\theta}$
+é um valor bastante elevado (lembre-se que a Binomial Negativa se reduz
+à Poisson quando $\theta \to \infty$); e ii) pelas log-verossimilhanças
+dos modelos paramétricos que resultaram em valores muito próximos; iii)
 pelos valores de AIC que foram menores nos modelos Poisson, mostrando
-que não há ganho expressivo quando estimados os parâmetros extra dos
-modelos alternativos. Os \textit{p-valores} associados ao TRV entre os
-modelos COM-Poisson e Poisson com preditores 1 e 2 foram de
-\Sexpr{cmptest(m1C.nv, m2C.nv)[, 2]}, evidenciando a não fuga de
-equidispersão dos dados. Na figura \ref{fig:prof-soyaBeans} à esquerda
-são apresentados os intervalos de confiança baseados no perfil de
-verossimilhança para $\phi$, no modelo COM-Poisson com efeito de
-interação, como esses intervalos contém o valor da hipótese nula 0, o
-modelo COM-Poisson pode ser reduzido ao Poisson. Para avaliação dos
-preditores, novamente tem-se um caso de valores na borda de
-significância. Nas análises que a seguir o modelo mais completo com a
-interação entre adubação e umidade é considerado.
-
-\begin{table}[ht]
-\centering
-\small
-\caption{Medidas de ajuste para avaliação e comparação entre preditores
-  e modelos ajustados ao número de vagens e ao número de grão por parcela}
-\label{tab:ajuste-soyaBeans}
-\begin{tabular}{lcccrcccrc}
-  \toprule
-  & & \multicolumn{4}{c}{{\bfseries Número de vagens}} & \multicolumn{4}{c}{{\bfseries Número de grãos}} \\
-  \cmidrule{3-6} \cmidrule{7-10}
-{PO} & np & $\ell$ & AIC & P($>\rchi^2$) &  & $\ell$ & AIC & P($>\rchi^2$) & \\
-  \midrule
-  $\eta_1$ & 11 & -266,69 & 555,38 &  &  & -343,16 & 708,33 &  &  \\
-  $\eta_2$ & 19 & -259,62 & 557,23 & 7,79E-02 &  & -321,67 & 681,34 & 8,83E-07 &  \\[0.3cm]
-{CP} & np & $\ell$ & AIC & P($>\rchi^2$) & $\hat{\phi}$ & $\ell$ & AIC & P($>\rchi^2$) & $\hat{\phi}$ \\
-  \midrule
-  $\eta_1$ & 12 & -266,60 & 557,20 &  & -6,75E-02 & -326,61 & 677,21 &  & -8,17E-01 \\
-  $\eta_2$ & 20 & -259,33 & 558,65 & 6,85E-02 & 1,29E-01 & -315,64 & 671,29 & 5,06E-03 & -5,18E-01 \\[0.3cm]
-{BN} & np & $\ell$ & AIC & P($>\rchi^2$) & $\hat{\theta}$ & $\ell$ & AIC & P($>\rchi^2$) & $\hat{\theta}$ \\
-  \midrule
-  $\eta_1$ & 12 & -266,69 & 557,37 &  & 4,59E+03 & -326,54 & 677,07 &  & 1,42E+02 \\
-  $\eta_2$ & 20 & -259,62 & 559,23 & 7,82E-02 & 1,03E+06 & -315,39 & 670,77 & 4,39E-03 & 2,61E+02 \\[0.3cm]
-{QP} & np & $\ell$ & AIC & P($>\rchi^2$) & $\hat{\sigma^2}$ & $\ell$ & AIC & P($>\rchi^2$) & $\hat{\sigma^2}$ \\
-  \midrule
-  $\eta_1$ & 11 & 79,43 &  &  & 1,28E+00 & 167,71 &  &  & 2,71E+00 \\
-  $\eta_2$ & 19 & 65,28 &  & 1,87E-01 & 1,20E+00 & 124,72 &  & 3,00E-02 & 2,29E+00 \\
-   \bottomrule
-\end{tabular}
-\begin{tablenotes}
-  \footnotesize
-\item np, número de parâmetros, PO, Poisson, CP, COM-Poisson, BN,
-  Binomial Negativo, QP, Quasi-Poisson.
-\item Fonte: Elaborado pelo autor.
-\end{tablenotes}
-\end{table}
+que não há ganho expressivo quando estimados os parâmetros de
+dispersão/precisão nos modelos alternativos. Os \textit{p-valores}
+associados ao TRV entre os modelos COM-Poisson e Poisson com preditores
+1 e 2 foram \Sexpr{pvals}, evidenciando a não fuga de equidispersão dos
+dados.
 
 <<prof-soyaBeans, fig.height=2.7, fig.width=5.5, out.width="0.8\\linewidth", fig.cap="Perfis de log-verossimilhança para o parâmetro de precisão da COM-Poisson nos modelos para número de vagens viáveis por parcela (esquerda) e número grãos de soja por parcela (direira).">>=
 
@@ -1161,23 +1153,104 @@ xyplot(abs(z) ~ focal | param, data = da.soya,
 
 @
 
-No fragmento direito da tabela \ref{tab:ajuste-soyaBeans} são
-apresentados os resultados para os modelos que ajustam os efeitos para o
+
+Na figura \autoref{fig:prof-soyaBeans} (à esquerda) são
+apresentados os intervalos de confiança baseados no perfil de
+verossimilhança para $\phi$, no modelo COM-Poisson com efeito de
+interação. Como esses intervalos contém o valor 0, da hipótese nula, o
+modelo COM-Poisson pode ser reduzido ao Poisson. Para avaliação dos
+preditores, novamente tem-se um caso de valores próximos ao nível de
+significância nominal de 0,05. Nas análises a seguir o modelo mais
+completo, com a interação entre adubação e umidade, é considerado.
+
+\begin{table}[ht]
+\centering
+\small
+\caption{Medidas de ajuste para avaliação e comparação entre preditores
+  e modelos ajustados ao número de vagens e ao número de grão por parcela}
+\label{tab:ajuste-soyaBeans}
+\begin{tabular}{lccccccccc}
+  \toprule
+  & & \multicolumn{4}{c}{{\bfseries Número de vagens}} & \multicolumn{4}{c}{{\bfseries Número de grãos}} \\
+  \cmidrule(lr){3-6} \cmidrule(lr){7-10}
+{PO} & np & $\ell$ & AIC & P($>\rchi^2$) &  & $\ell$ & AIC & P($>\rchi^2$) & \\
+  \midrule
+<<tab-soyaBeans1, results="asis">>=
+
+digits <- c(1, 1, 0, 2, 2, 4, 3,  2, 2, -2, 3)
+print.xtable(xtable(tab.ajuste[1:2, ], digits = digits),
+             include.colnames  = FALSE,
+             hline.after = NULL,
+             only.contents = TRUE,
+             sanitize.text.function = function(x) x)
+
+@
+\specialrule{0em}{0.5em}{0em} %% Apenas para espaçamento
+{CP} & np & $\ell$ & AIC & P($>\rchi^2$) & $\hat{\phi}$ & $\ell$ & AIC & P($>\rchi^2$) & $\hat{\phi}$ \\
+  \midrule
+<<tab-soyaBeans2, results="asis">>=
+
+digits <- c(1, 1, 0, 2, 2, 4, 3,  2, 2, 4, 4)
+print.xtable(xtable(tab.ajuste[3:4, ], digits = digits),
+             include.colnames  = FALSE,
+             hline.after = NULL,
+             only.contents = TRUE,
+             sanitize.text.function = function(x) x)
+
+@
+\specialrule{0em}{0.5em}{0em} %% Apenas para espaçamento
+{BN} & np & $\ell$ & AIC & P($>\rchi^2$) & $\hat{\theta}$ & $\ell$ & AIC & P($>\rchi^2$) & $\hat{\theta}$ \\
+  \midrule
+<<tab-soyaBeans3, results="asis">>=
+
+digits <- c(1, 1, 0, 2, 2, 4, -1,  2, 2, 4, -1)
+print.xtable(xtable(tab.ajuste[5:6, ], digits = digits),
+             include.colnames  = FALSE,
+             hline.after = NULL,
+             only.contents = TRUE,
+             sanitize.text.function = function(x) x)
+
+@
+\specialrule{0em}{0.5em}{0em} %% Apenas para espaçamento
+{QP} & np & $\ell$ & AIC & P($>\rchi^2$) & $\hat{\sigma^2}$ & $\ell$ & AIC & P($>\rchi^2$) & $\hat{\sigma^2}$ \\
+  \midrule
+<<tab-soyaBeans4, results="asis">>=
+
+digits <- c(1, 1, 0, 2, 2, 4, 3, 2, 2, 4, 3)
+print.xtable(xtable(tab.ajuste[7:8, ], digits = digits),
+             include.colnames  = FALSE,
+             hline.after = NULL,
+             only.contents = TRUE,
+             sanitize.text.function = function(x) x)
+
+@
+   \bottomrule
+\end{tabular}
+\begin{tablenotes}
+  \footnotesize
+\item np, número de parâmetros; PO, Poisson; CP, COM-Poisson; BN,
+  Binomial Negativo; e QP, Quasi-Poisson.
+\item Fonte: Elaborado pelo autor.
+\end{tablenotes}
+\end{table}
+
+Na tabela \autoref{tab:ajuste-soyaBeans} (resultados à direita) são
+apresentados as medidas de ajuste para os modelos considerados para o
 número de grãos por parcela. Neste caso há evidências de superdispersão,
 pois as estimativas dos parâmetros $\phi$ e $\sigma^2$ foram menor que
-zero e maior que 1 respectivamente. Os valores de AIC se apresentam
-menores e as avaliações da log-verossimilhança no ponto máximo maiores
-para os modelos paramétricos alternativos ao Poisson. Ainda a evidência
-sobre o efeito de interação para essa variável resposta é maior. Na
-figura \ref{fig:prof-soyaBeans} à direita, a verossimilhança perfilhada
-em $\phi$ é apresentada com indicação dos intervalos de confiança e
-estes não contém o valor zero.
+zero e maior que 1, respectivamente. Os valores de AIC foram menores e
+as avaliações da log-verossimilhança maiores, nos modelos paramétricos
+alternativos ao Poisson, quando comparados ao Poisson. Na
+\autoref{fig:prof-soyaBeans} à direita, a verossimilhança perfilhada em
+$\phi$ é apresentada com indicação dos intervalos de confiança e estes
+não contém o valor zero.
 
 A visualização das covariâncias entre as estimativas dos parâmetros no
-modelo COM-Poisson para o número de vagens por parcela é feita na figura
-\ref{fig:corr-soyaBeansa} e para o número de grãos por parcela na figura
-\ref{fig:corr-soyaBeansb}. Em ambos os casos a correlação entre os
-parâmetros de locação ($\beta$'s) e dispersão ($\phi$) ganha destaque.
+modelo COM-Poisson para o número de vagens por parcela é feita na
+\autoref{fig:corr-soyaBeansa} e, para o número de grãos por parcela na
+\autoref{fig:corr-soyaBeansb}. Em ambos os casos a correlação entre os
+parâmetros de locação ($\beta$'s) e dispersão ($\phi$) ganha destaque,
+pois há uma forte correlação, principalmente entre $\phi$ e $\beta_0$.
 
 <<corr-soyaBeansa, fig.height=7, fig.width=7, fig.cap="Imagem da matriz de correlação entre os parâmetros do modelo COM-Poisson ajustados ao número de vagens por parcela.">>=
 
@@ -1213,14 +1286,14 @@ fonte("Fonte: Elaborado pelo autor.")
 
 @
 
-Na figura \ref{fig:pred-soyaBeans} são apresentadas as médias calculadas
+Na \autoref{fig:pred-soyaBeans} são apresentadas as médias calculadas
 com intervalos de confiança 95\% sob os modelos Poisson, COM-Poisson,
 Binomial-Negativo e Quasi-Poisson, considerando efeito de interação
 entre os níveis de umidade do solo e adubação potássica. Tomou-se o
-efeito médio de bloco, uma vez que esse efeito aditivo não é de interesse
-prático.
+efeito médio de bloco, uma vez que esse efeito aditivo não é de
+interesse prático.
 
-<<pred-soyaBeans, fig.height=5, fig.width=7.5, fig.cap="Valores preditos com intervalos de confiança (95\\%) como função do nível de adubação com potássio e do percentual de umidade do solo para cada variável de interesse mensurada (número de vagens e número de grãos por parcela).">>=
+<<pred-soyaBeans, fig.height=4.5, fig.width=7.2, fig.cap="Valores preditos com intervalos de confiança (95\\%) como função do nível de adubação com potássio e do percentual de umidade do solo para cada variável de interesse mensurada (número de vagens e número de grãos por parcela).">>=
 
 library(multcomp)
 
@@ -1331,6 +1404,7 @@ da <- reshape2::melt(
     variable.name = "var", value.name = "count")
 
 key <- list(type = "o", divide = 1,
+            columns = 2,
             lines = list(pch = 1:nlevels(pred.all$model) + 4,
                          cex = 0.8),
             text = list(c("Poisson", "COM-Poisson",
@@ -1370,20 +1444,21 @@ fonte.xy("Fonte: Elaborado pelo autor.")
 
 @
 
-Para a contagem do número de vagens, observa-se os intervalos com
+Para a contagem do número de vagens, observa-se intervalos com
 comprimento muito parecidos, ligeiramente menores para o caso
-COM-Poisson e Binomial Negativo. Para a contagem do número de grão por
+COM-Poisson e Binomial Negativo. Para a contagem do número de grãos por
 parcela, um caso superdisperso, percebe-se que o modelo Poisson nos leva
-a uma falsa precisão, uma vez que os intervalos são menores não por se
-ajustar melhor aos dados, mas sim por subestimar a variabilidade do
-processo. Para as formulações alternativas, obteve-se intervalos de
-confiança para média menores nos modelos paramétricos quando comparados
-com o semi-paramétrico Quasi-Poisson, isso é razoável, pois nos
-Quasi-Poisson somente a especificação de dois momentos é feita, enquanto
-que nos paramétricos especifica-se a distribuição completa, ganhando
-informação (ver equação \ref{eqn:quasi-informacao}). De forma geral os
-intervalos sob os modelos COM-Poisson e Binomial Negativa são maiores,
-porém fiéis a variabilidade inerente ao processo.
+a uma falsa precisão, uma vez que os intervalos são menores não pelo
+modelo se ajustar melhor aos dados, mas sim por subestimar a
+variabilidade do processo. Para as formulações alternativas, obteve-se
+intervalos de confiança menores nos modelos paramétricos quando
+comparados com os intervalos obtidos da abordagem semi-paramétrico
+Quasi-Poisson. Isso é razoável, pois nos modelos Quasi-Poisson somente a
+especificação de dois momentos é feita, enquanto que nos paramétricos
+especifica-se a distribuição completa, ganhando informação (ver
+\autoref{eqn:quasi-informacao}). De forma geral os intervalos sob os
+modelos COM-Poisson e Binomial Negativa são fiéis a variabilidade
+inerente ao processo.
 
 \section{Análise de ninfas de mosca-branca em lavoura de soja}
 \label{sec:analise-whiteFly}
@@ -1421,34 +1496,34 @@ prof.ntot <- profile(m1C.ntot, which = "phi")
 
 @
 
-Neste experimento também há fortes indícios de superdispersão, conforme
-visto na seção \ref{sec:whiteFly}. Assim os modelos Poisson,
-COM-Poisson, Binomial Negativo e Quasi-Poisson serão aplicados. A
+Nesse experimento também há fortes indícios de superdispersão, conforme
+visto na \autoref{sec:whiteFly}. Assim os modelos Poisson,
+COM-Poisson, Binomial Negativo e Quasi-Poisson foram aplicados. A
 variável em estudo é a contagem da quantidade de ninfas de Mosca-branca
-nos folíolos de plantas de soja, ao longo dos dias nas diferentes
+nos folíolos de plantas de soja ao longo dos dias em diferentes
 cultivares. Como o experimento foi conduzido sob delineamento de blocos
 casualizados, os efeitos de bloco são considerados no modelo. As
-covariáveis serão tratadas como fator, assim como na aplicação anterior,
+covariáveis foram tratadas como fator, assim como na aplicação anterior,
 com seis níveis para o número de dias decorridos a partir da primeira
 avaliação e quatro níveis para o fator cultivar de soja. Os preditores
 em comparação são:
 
 \noindent
 Preditor 1: $\eta_1 = g(\mu_{ijk}) = \beta_0 + \tau_i + \gamma_j + \delta_k $ \\
-Preditor 1: $\eta_2 = g(\mu_{ijk}) = \beta_0 + \tau_i + \gamma_j + \delta_k +
+Preditor 2: $\eta_2 = g(\mu_{ijk}) = \beta_0 + \tau_i + \gamma_j + \delta_k +
 \alpha_{jk}$
 
 \noindent
-em que $\tau_i$ é o efeito do i-ésimo bloco, $i=$1: bloco II, 2: bloco
-III, 3: bloco IV e 4: V; $\gamma_j$ o efeito da j-ésima cultivar ,
-$j=$1: BRS 243 RR, 2: BRS 245 RR e 3: BRS 246 RR; $\delta_k$ o efeito do
-k-ésimo nível do número de dias após o início do experimento, $k=$ 8,
-13, 22, 31 e 38 dias e $\alpha_{jk}$ o efeito da interação entre a
-j-ésima cultivar e o k-ésimo nível do número de dias após o início do
-experimento. A avaliação do efeito de interação é de interesse prático,
-pois informa se há um padrão distinto na quantidade de ninfas ao longo
-do tempo entre as cultivares. No modelo com interação, 27
-parâmetros de locação a devem ser estimados.
+em que $\tau_i$ é o efeito do i-ésimo bloco ($i=$1: bloco II, 2: bloco
+III, 3: bloco IV e 4: V), $\gamma_j$ o efeito da j-ésima cultivar
+($j=$1: BRS 243 RR, 2: BRS 245 RR e 3: BRS 246 RR), $\delta_k$ o efeito
+do k-ésimo nível do número de dias após o início do experimento ($k=$1:
+8, 2: 13, 3: 22, 4: 31 e 5: 38 dias) e $\alpha_{jk}$ o efeito da
+interação entre a j-ésima cultivar e o k-ésimo nível do número de dias
+após o início do experimento. A avaliação do efeito de interação é de
+interesse prático, pois informa se há um padrão distinto na quantidade
+de ninfas ao longo do tempo entre as cultivares. No modelo com
+interação, 27 parâmetros de locação devem ser estimados.
 
 <<convergez-prof-whiteFly, fig.height=3, fig.width=6.5, fig.cap="Convergência das constantes de normalização para cada indivíduo (direita) e perfil de log-verossimilhança para o parâmetro extra da COM-Poisson (esquerda) no modelo para o número de ninfas de Mosca-branca.">>=
 
@@ -1478,12 +1553,14 @@ xy1 <- xyplot(z ~ j | var, data = const.ntot,
                  expression(frac(lambda[i]^j, "(j!)"^nu)),
                  rot = 0),
              strip = strip.custom(
-                 factor.levels = c("Número de vagens")),
+                 factor.levels = expression("Incrementos "~Z[j])),
              par.settings = ps.sub)
 
 ##-------------------------------------------
 ## Perfil de log-verossimilhanca para phi
-xy2 <- myprof(prof.ntot, subset = 4, par.settings = ps.sub)
+xy2 <- myprof(prof.ntot,
+              namestrip = expression("Perfil para "~phi),
+              subset = 4, par.settings = ps.sub)
 
 print(xy1, split = c(1, 1, 2, 1), more = TRUE)
 print(xy2, split = c(2, 1, 2, 1), more = FALSE)
@@ -1491,25 +1568,25 @@ fonte.xy("Fonte: Elaborado pelo autor.")
 
 @
 
-Assim como na aplicação superdispersa apresentada na seção
-\ref{sec:analise-soyaBeans}, nesse exemplo tem-se um cenário com
-contagens altas (variando entre \Sexpr{paste(range(soyaBeans[ ,
+Assim como na aplicação superdispersa apresentada na
+\autoref{sec:analise-soyaBeans}, nesse exemplo tem-se um cenário com
+contagens elevadas (variando entre \Sexpr{paste(range(soyaBeans[ ,
   "ngra"]), collapse=" e ")}) e ainda superdispersas (parâmetros $\phi$
 estimados próximos à -3). Isso torna a convergência da função
 $Z(\lambda_i, \nu = \exp(\phi))$ demorada e o valor dessa constante, que
 normaliza a densidade, é altíssimo para a maioria das
 observações. Considerando o modelo com interação, pode-se visualizar os
 termos, que somados compõem a constante $Z$, para cada observação, à
-direira da figura \ref{fig:convergez-prof-whiteFly}. Para a observação
+esquerda da \autoref{fig:convergez-prof-whiteFly}. Para a observação
 \Sexpr{obs.ntot} tem-se o maior valor calculado da constante $Z$,
-\Sexpr{soma.ntot}. Para obtenção deste valor \Sexpr{nterm.ntot} termos
+\Sexpr{soma.ntot}. Para obtenção desse valor \Sexpr{nterm.ntot} termos
 foram necessários, conforme exibido no eixo $x$ do gráfico.
 
 Em problemas com contagens altas e comportamento muito superdisperso a
 obtenção da constante Z pode se tornar proibitiva computacionalmente,
-devido à \textit{overflow} (valores que ultrapassam o limite de
-capacidade de cálculo da máquina) e consequentemente o modelo
-COM-Poisson não se ajusta.
+devido ao problema de \textit{overflow} (valores que ultrapassam o
+limite de capacidade de cálculo da máquina) e, consequentemente, o
+modelo COM-Poisson não se ajusta.
 
 <<loglik-whiteFly, include=FALSE>>=
 
@@ -1538,24 +1615,19 @@ tab.ajuste <- data.frame(
     pred = rep(paste("Preditor", 1:2), 4),
     tab.ntot)
 
-## ##----------------------------------------------------------------------
-## ## Copiar e colar o corpo do resultado na customização latex abaixo
-## digits <- c(1, 1, 0, 2, 2, 2, 0, -2, 2)
-## print(xtable(tab.ajuste, digits = digits))
-
 @
 
 Nesse exemplo, os modelos COM-Poisson convergiram e seus resultados são
-exibidos na tabela \ref{tab:ajuste-whiteFly} em conjunto com os
+exibidos na \autoref{tab:ajuste-whiteFly} em conjunto com os
 resultados do ajuste dos modelos Poisson, Binomial Negativo e
 Quasi-Poisson. Todas as estimativas dos parâmetros extras nos modelos
-concorrentes ao Poisson, $\hat{\phi}$, $\hat{\theta}$ e $\hat{\sigma^2}$
-indicam expressivamente a superdispersão os dados. Em benefício dos
+concorrentes ao Poisson $\hat{\phi}$, $\hat{\theta}$ e $\hat{\sigma^2}$
+indicam expressivamente superdispersão. Em benefício dos
 modelos alternativos ao Poisson tem-se todas as medidas apresentadas
 indicando uma substancial melhora de ajuste quando flexibilizado o
 modelo. Destaque para a magnitude dessas evidências, em que, por
 exemplo, o AIC obtido dos modelos alternativos é em torno de 0,47
-vezes o obtido do Poisson.
+vezes o AIC obtido do Poisson.
 
 \begin{table}[ht]
 \centering
@@ -1567,37 +1639,68 @@ vezes o obtido do Poisson.
   \toprule
  Poisson & np & $\ell$ & AIC & 2(diff $\ell$) & diff np & P($>\rchi^2$) &  \\
   \midrule
-  Preditor 1 & 12 & -922,98 & 1869,96 &  &  &  &  \\
-  Preditor 2 & 27 & -879,23 & 1812,46 & 87,50 & 15 & 2,90E-12 &  \\[0.3cm]
+<<tab-whiteFly1, results="asis">>=
+
+digits <- c(1, 1, 0, 2, 2, 2, 0, -2, 3)
+print.xtable(xtable(tab.ajuste[1:2, ], digits = digits),
+             include.colnames  = FALSE,
+             hline.after = NULL,
+             only.contents = TRUE)
+
+@
+\specialrule{0em}{0.5em}{0em} %% Apenas para espaçamento
  COM-Poisson & np & $\ell$ & AIC & 2(diff $\ell$) & diff np & P($>\rchi^2$) & $\hat{\phi}$  \\
   \midrule
-  Preditor 1 & 13 & -410,44 & 846,89 &  &  &  & -3,08 \\
-  Preditor 2 & 28 & -407,15 & 870,30 & 6,59 & 15 & 9,68E-01 & -2,95 \\[0.3cm]
+<<tab-whiteFly2, results="asis">>=
+
+digits <- c(1, 1, 0, 2, 2, 2, 0, 4, 3)
+print.xtable(xtable(tab.ajuste[3:4, ], digits = digits),
+             include.colnames  = FALSE,
+             hline.after = NULL,
+             only.contents = TRUE)
+
+@
+\specialrule{0em}{0.5em}{0em} %% Apenas para espaçamento
  Binomial Neg. & np & $\ell$ & AIC & 2(diff $\ell$) & diff np & P($>\rchi^2$) & $\hat{\theta}$ \\
   \midrule
-  Preditor 1 & 13 & -406,16 & 838,31 &  &  &  & 3,44 \\
-  Preditor 2 & 28 & -400,55 & 857,10 & 11,21 & 15 & 7,38E-01 & 3,99 \\[0.3cm]
+<<tab-whiteFly3, results="asis">>=
+
+digits <- c(1, 1, 0, 2, 2, 2, 0, 4, 3)
+print.xtable(xtable(tab.ajuste[5:6, ], digits = digits),
+             include.colnames  = FALSE,
+             hline.after = NULL,
+             only.contents = TRUE)
+
+@
+\specialrule{0em}{0.5em}{0em} %% Apenas para espaçamento
  Quase-Poisson & np & deviance & AIC & F & diff np & P(>F) & $\hat{\sigma}^2$  \\
   \midrule
-  Preditor 1 & 12 & 1371,32 &  &  &  &  & 17,03 \\
-  Preditor 2 & 27 & 1283,82 &  & 0,31 & 15 & 9,93E-01 & 19,03 \\
+<<tab-whiteFly4, results="asis">>=
+
+digits <- c(1, 1, 0, 2, 2, 2, 0, 4, 3)
+print.xtable(xtable(tab.ajuste[7:8, ], digits = digits),
+             include.colnames  = FALSE,
+             hline.after = NULL,
+             only.contents = TRUE)
+
+@
   \bottomrule
 \end{tabular}
 \begin{tablenotes}
   \footnotesize
-\item np, número de parâmetros, diff $\ell$, diferença entre
-  log-verossimilhanças, F, estatística F baseada nas quasi-deviances,
+\item np, número de parâmetros; diff $\ell$, diferença entre
+  log-verossimilhanças; F, estatística F baseada nas quasi-deviances;
   diff np, diferença entre o np.
 \item Fonte: Elaborado pelo autor.
 \end{tablenotes}
 \end{table}
 
-Para tomada de decisão, observa-se que o modelo Poisson é claramente
-inadequado. Para avaliação dos preditores, na tabela
-\ref{tab:ajuste-whiteFly}, o modelo Poisson indica (com uma
-significância inferior a $1 \times 10^{-10}$) que há efeito de interação
-entre os dias decorridos da primeira avaliação e as cultivares ao passo
-que, nos modelos alternativos, esse efeito é marcadamente não
+Para tomada de decisão quanto a significância dos efeitos, observa-se
+que o modelo Poisson é claramente inadequado. Para avaliação dos
+preditores, na \autoref{tab:ajuste-whiteFly}, o modelo Poisson indica
+(com uma significância inferior a $1 \times 10^{-10}$) que há efeito de
+interação entre os dias decorridos da primeira avaliação e as cultivares
+ao passo que, nos modelos alternativos, esse efeito é marcadamente não
 significativo. Essa discordância se deve, conforme já discutido, ao fato
 de o modelo Poisson subestimar a variabilidade por sua restrição de
 equidispersão. Assim, com variâncias menores, qualquer efeito acrescido
@@ -1605,9 +1708,9 @@ ao modelo passará por significativo.
 
 Enfatizando a superdispersão indicada pelo modelo COM-Poisson e
 considerando o preditor de efeitos aditivos, tem-se o perfil de
-verossimilhança para o parâmetro $\phi$ apresentado na figura
-\ref{fig:convergez-prof-whiteFly}. Pode-se observar que os limites
-inferiores dos intervalos de confiança de 90, 95 e 99\% estão muito
+verossimilhança para o parâmetro $\phi$ apresentado na
+\autoref{fig:convergez-prof-whiteFly}. Pode-se observar que os limites
+inferiores dos intervalos de confiança de 99, 95 e 90\% estão muito
 distantes do valor 0, sob o qual os modelos Poisson e COM-Poisson são
 equivalentes. Outra característica desse gráfico é a leve assimetria à
 esquerda, indicando que haverá imperfeições para inferências baseadas na
@@ -1630,8 +1733,8 @@ fonte("Fonte: Elaborado pelo autor.")
 @
 
 As covariâncias entre os efeitos estimados pelo modelo COM-Poisson
-também são apresentadas, conforme descrição do preditor 1 na figura
-\ref{fig:corr-whiteFly}, sob a escala de correlação. Similarmente as
+também são apresentadas, conforme descrição do preditor 1, na
+\autoref{fig:corr-whiteFly}, sob a escala de correlação. Similarmente as
 análises anteriores observa-se a alta correlação entre $\hat{\phi}$ e os
 demais parâmetros de regressão. A soma dos valores absolutos das
 correlações observadas entre $\hat{\phi}$ e as demais estimativas é de
@@ -1696,6 +1799,7 @@ pred.all <- pred.all[with(pred.all, order(cult, aval, modelo)), ]
 ## Gráfico
 
 key <- list(type = "o", divide = 1,
+            column = 2,
             lines = list(pch = 1:nlevels(pred.all$model) + 4,
                          cex = 0.8),
             text = list(c("Poisson", "COM-Poisson",
@@ -1732,25 +1836,25 @@ fonte.xy("Fonte: Elaborado pelo autor.")
 
 @
 
-As médias com intervalos de confiança calculadas para cada combinação
-dos níveis de dias após a primeira avaliação e cultivar de soja
+As médias, com intervalos de confiança, calculadas para cada combinação
+dos níveis de dias após a primeira avaliação e cultivar de soja,
 considerando os modelos Poisson, COM-Poisson, Binomial-Negativo e
-Quasi-Poisson, são apresentadas na figura \ref{fig:pred-whiteFly}. Para
-o efeito de bloco foi considerado o efeito médio, para uma correta
+Quasi-Poisson, são apresentadas na \autoref{fig:pred-whiteFly}. Para o
+efeito de bloco foi considerado o efeito médio, para uma correta
 comparação. Pode-se observar que o intervalo de confiança descrito pelo
 modelo Poisson é quase imperceptível quando comparados aos demais,
 mostrando novamente que seu uso é inadequado a esses dados. Já para as
-outras alternativas não tivemos um comportamento padrão em todas as
-cultivares. Os intervalos pelo modelos Quasi-Poisson e COM-Poisson foram
-muito similares em todos os casos e os intervalos pelo modelo Binomial
-Negativo mais amplos. Um fato interessante é que não necessariamente as
-estimativas pontuais da média desses modelos alternativos serão iguais,
-isso ocorre, por construção, somente para nos modelos Poisson e
-Quasi-Poisson, esse exemplo ilustra na prática a constatação desse
-fato. Para o modelo Binomial Negativo tivemos médias visivelmente
-superiores que os demais para a cultivar BRS 239. Para o modelo
-COM-Poisson as estimativas pontuais são visivelmente iguais as do modelo
-Poisson.
+outras alternativas não tivemos um comportamento razoavelmente similar
+em todas as cultivares. Os intervalos pelos modelos Quasi-Poisson e
+COM-Poisson foram muito similares em todos os casos e os intervalos pelo
+modelo Binomial Negativo mais amplos. Um fato interessante é que não
+necessariamente as estimativas pontuais da média desses modelos
+alternativos serão iguais. Isso ocorre, por construção, somente para nos
+modelos Poisson e Quasi-Poisson. Esse exemplo ilustra na prática a
+constatação desse fato. Para o modelo Binomial Negativo tivemos médias
+visivelmente superiores que os demais para a cultivar BRS 239. Para o
+modelo COM-Poisson as estimativas pontuais são aproximadamente iguais as
+do modelo Poisson.
 
 \section{Análise de captura de peixes em um parque estadual}
 \label{sec:analise-fish}
@@ -1783,14 +1887,14 @@ m2HC <- hurdlecmp(f2, data = fish)
 
 Nesse exemplo ilustra-se a análise de um estudo observacional em que
 aparentemente há uma quantidade excessiva de contagens nulas (veja a
-seção \ref{sec:fish}). O estudo tem por objetivo a modelagem do número
-de peixes capturados por grupos de visitantes em um Parque Estadual. As
-covariáveis mensuradas foram (\texttt{np}), o número de pessoas no
-grupo, (\texttt{nc}), o número de crianças e (\texttt{ca}) variável
-binária que indica a presença ou não de um campista no grupo.
+\autoref{sec:fish}). O estudo tem por objetivo a modelagem do número de
+peixes capturados por grupos de visitantes em um Parque Estadual. As
+covariáveis mensuradas foram o número de pessoas no grupo (\texttt{np}),
+o número de crianças (\texttt{nc}) e a indicação da presença ou não de
+um campista no grupo (\texttt{ca}, 0: se não presente e 1: se presente).
 
 Como já antecipado pela visualização e apresentação dos dados, modelos
-estruturados de forma convencional, que pressupõe apenas um processo
+estruturados de forma convencional, que pressupõem apenas um processo
 estocástico na geração de dados, não se ajustaram adequadamente. A
 seguir a alternativa de inclusão de um efeito de barreira para acomodar
 a quantidade excessiva de valores zero é apresentada. Os modelos Poisson,
@@ -1799,8 +1903,8 @@ comparados.
 
 O número de peixes capturados é modelado em duas partes, as contagens
 nulas e as não nulas, conforme descrito na seção
-\ref{cap02:zeros}. Abaixo define-se os preditores considerados para as
-duas partes
+\autoref{cap02:zeros}. Abaixo define-se os preditores considerados para
+as duas partes
 
 \noindent
 Preditor 1: \quad $
@@ -1825,7 +1929,7 @@ Preditor 2: \quad $
 \noindent
 sendo $g(\mu)$ e $\textrm{logit}(\pi)$ as funções de ligação que
 relacionam os preditores lineares com as médias dos modelos para
-contagens não nulas e contagens zero respectivamente. Os preditores
+contagens não nulas e contagens zero, respectivamente. Os preditores
 lineares foram propostos de forma aninhada. No primeiro considera-se os
 efeitos aditivos de todas as covariáveis mensuradas para a parte das
 contagens nulas e efeitos aditivos do número de pessoas e de crianças
@@ -1849,10 +1953,6 @@ dispersions <- c(NA, NA, dispHB, dispHC)
 tab <- data.frame(pred = rep(paste("Preditor", 1:2), 3))
 tab <- cbind(tab, rbind(anHP, anHB, anHC), dispersions)
 
-## ## Gerando o código latex
-## digits <- c(1, 1, 0, 2, 2, 2, 0, -2, 2)
-## xtable(tab, digits = digits)
-
 @
 
 \begin{table}[ht]
@@ -1865,40 +1965,85 @@ tab <- cbind(tab, rbind(anHP, anHB, anHC), dispersions)
   \toprule
 Poisson & np & $\ell$ & AIC & 2(diff $\ell$) & diff np & P($>\rchi^2$) & \\
   \midrule
-  Preditor 1 & 7 & -857,48 & 1728,96 &  &  &  &  \\
-  Preditor 2 & 10 & -744,58 & 1509,17 & 225,79 & 3 & 1,12E-48 &  \\[0.3cm]
+<<tab-fish1, results="asis">>=
+
+digits <- c(1, 1, 0, 2, 2, 2, 0, -2, 3)
+print.xtable(xtable(tab[1:2, ], digits = digits),
+             include.colnames  = FALSE,
+             hline.after = NULL,
+             only.contents = TRUE)
+
+@
+\specialrule{0em}{0.5em}{0em} %% Apenas para espaçamento
 Binomial Negativo & np & $\ell$ & AIC & 2(diff $\ell$) & diff np & P($>\rchi^2$) & $\hat{\theta}$ \\
   \midrule
-  Preditor 1 & 8 & -399,79 & 815,58 &  &  &  & 0,20 \\
-  Preditor 2 & 11 & -393,72 & 809,44 & 12,14 & 3 & 6,91E-03 & 0,37 \\[0.3cm]
+<<tab-fish2, results="asis">>=
+
+digits <- c(1, 1, 0, 2, 2, 2, 0, 4, 3)
+print.xtable(xtable(tab[3:4, ], digits = digits),
+             include.colnames  = FALSE,
+             hline.after = NULL,
+             only.contents = TRUE)
+
+@
+\specialrule{0em}{0.5em}{0em} %% Apenas para espaçamento
 COM-Poisson & np & $\ell$ & AIC & 2(diff $\ell$) & diff np & P($>\rchi^2$) & $\hat{\phi}$ \\
   \midrule
-  Preditor 1 & 8 & -409,85 & 835,71 &  &  &  & -8,77 \\
-  Preditor 2 & 11 & -402,30 & 826,59 & 15,12 & 3 & 1,72E-03 & -3,77 \\
+<<tab-fish3, results="asis">>=
+
+digits <- c(1, 1, 0, 2, 2, 2, 0, 3, 3)
+print.xtable(xtable(tab[5:6, ], digits = digits),
+             include.colnames  = FALSE,
+             hline.after = NULL,
+             only.contents = TRUE)
+
+@
+\specialrule{0em}{0.5em}{0em} %% Apenas para espaçamento
   \bottomrule
 \end{tabular}
 \begin{tablenotes}
   \footnotesize
-\item np, número de parâmetros, diff $\ell$, diferença entre
-  log-verossimilhanças, F, estatística F baseada nas quasi-deviances,
+\item np, número de parâmetros; diff $\ell$, diferença entre
+  log-verossimilhanças; F, estatística F baseada nas quasi-deviances;
   diff np, diferença entre o np. \\[0.1cm]
 \item Fonte: Elaborado pelo autor.
 \end{tablenotes}
 \end{table}
 
-Na tabela \ref{tab:ajuste-fish} as medidas de ajuste dos modelos
-Poisson, Binomial Negativo e COM-Poisson são apresentadas para
-comparação dos resultados. Observa-se pelas log-verossimilhanças
-maximizadas que o modelo Poisson não se ajustou adequadamente quando
-comparado aos demais. Isso se deve ao fato discutido na seção
-\ref{cap02:zeros}, que mesmo modelando os zeros pode-se ter diferentes
-níveis de dispersão para as contagens nulas. Nesse exemplo as contagens
-não nulas são superdispersas, conforme visto pelas estimativas dos
-parâmetros extras do modelo Binomial Negativo e COM-Poisson. Indicado
-pelos níveis descritivos dos TRV's aplicados nos modelos encaixados há
-evidências de que o modelo com efeitos de interação é distinto do modelo
-com efeitos aditivos definidos no preditor 1.
+Na \autoref{tab:ajuste-fish} as medidas de ajuste dos modelos Poisson,
+Binomial Negativo e COM-Poisson são apresentadas para comparação dos
+resultados. Observa-se pelas log-verossimilhanças maximizadas que o
+modelo Poisson não se ajustou adequadamente quando comparado aos
+demais. Isso se deve ao fato discutido na \autoref{cap02:zeros}, que
+mesmo modelando os zeros pode-se ter diferentes níveis de dispersão para
+as contagens não nulas. Nesse exemplo as contagens não nulas são
+superdispersas, visto pelas estimativas dos parâmetros extras do modelo
+Binomial Negativo e COM-Poisson. Indicado pelos níveis descritivos dos
+TRV's aplicados nos modelos encaixados, há evidências de que o modelo com
+efeitos de interação é distinto do modelo com efeitos aditivos definido
+no preditor 1.
 
+As estimativas dos parâmetros para cada especificação de modelos são
+exibidas na \autoref{tab:coef-fish}. Observe, primeiramente, que as
+estimativas dos parâmetros $\gamma_i$, $i = 0, 1, 2, 3, 4$ são
+idênticas, independentemente do modelo adotado. Esse resultado é
+esperado, pois na construção dos modelos com componente de barreira, a
+modelagem da parte que contempla os valores zero é realizada via
+distribuição Bernoulli com parâmetro $\pi = \textrm{logit}(Z\gamma)$. As
+diferenças entre os modelos ocorre na distribuição considerada para a
+parte das contagens não nulas.
+
+\begin{table}[ht]
+\centering
+\caption{Estimativas dos parâmetros e razões entre as estimativa e erro
+  padrão para os três modelos em estudo}
+\label{tab:coef-fish}
+\begin{tabular}{lcccccc}
+  \toprule
+  & \multicolumn{2}{c}{Poisson} & \multicolumn{2}{c}{Binomial Negativo} &  \multicolumn{2}{c}{COM-Poisson} \\
+  \cmidrule(lr){2-3} \cmidrule(lr){4-5} \cmidrule(lr){6-7}
+  Parâmetro  & Estimativa & Est/EP & Estimativa & Est/EP & Estimativa & Est/EP \\
+  \midrule
 <<coef-fish, results="asis">>=
 
 ##======================================================================
@@ -1920,46 +2065,21 @@ coHB <- with(summary(m2HB)$coef, {
 coHC <- summary(m2HC)@coef[, c(1, 3)]
 
 ## Empilha
-pnames <- c("phi", paste("beta", 0:4, sep = "_"),
-            paste("gamma", 0:4, sep = "_"))
-tab <- data.frame(pnames, cbind(coHP, coHB, coHC))
+pnames <- c("$\\sigma^2,\\,\\phi$",
+            paste("$\\beta_{", 0:4, "}$"),
+            paste("$\\gamma_{", 0:4, "}$"))
 
-## xtable(tab)
-
-@
+tab <- data.frame(cbind(coHP, coHB, coHC))
+rownames(tab) <- pnames
 
-As estimativas dos parâmetros para cada especificação de modelos são
-exibidas na tabela \ref{tab:coef-fish}. Observe, primeiramente, que as
-estimativas dos parâmetros $\gamma_i$, $i = 0, 1, 2, 3, 4$ são
-idênticas, independentemente do modelo adotado. Esse resultado é
-esperado, pois na construção dos modelos com componente de barreira, a
-modelagem da parte que contempla os valores zero é realizada via
-distribuição Bernoulli com parâmetro $\pi = \textrm{logit}(Z\gamma)$. As
-diferenças entre os modelos ocorre na distribuição considerada para a
-parte das contagens não nulas.
+print.xtable(xtable(tab),
+             include.rownames = TRUE,
+             include.colnames = FALSE,
+             hline.after = NULL,
+             only.contents = TRUE,
+             sanitize.text.function = function(x) x)
 
-\begin{table}[ht]
-\centering
-\caption{Estimativas dos parâmetros e razões entre as estimativa e erro
-  padrão para os três modelos em estudo}
-\label{tab:coef-fish}
-\begin{tabular}{lcccccc}
-  \toprule
-  & \multicolumn{2}{c}{Poisson} & \multicolumn{2}{c}{Binomial Negativo} &  \multicolumn{2}{c}{COM-Poisson} \\
-  \cmidrule(lr){2-3} \cmidrule(lr){4-5} \cmidrule(lr){6-7}
-  Parâmetro  & Estimativa & Est/EP & Estimativa & Est/EP & Estimativa & Est/EP \\
-  \midrule
-  $\phi,\,\theta$ &  &  & 0,37 & -2,08 & -3,77 & -9,52 \\
-  $\beta_0$ & -1,01 & -5,44 & -1,75 & -2,90 & -0,62 & -29,74 \\
-  $\beta_1$ & 0,74 & 7,88 & 0,41 & 1,23 & 0,10 & 29,20 \\
-  $\beta_2$ & 0,89 & 18,55 & 1,05 & 6,41 & 0,14 & 21,86 \\
-  $\beta_3$ & 0,49 & 1,11 & -0,06 & -0,05 & -0,33 & -17,53 \\
-  $\beta_4$ & -0,45 & -3,69 & -0,32 & -0,90 & 0,04 & 33,41 \\
-  $\gamma_0$ & -2,58 & -5,08 & -2,58 & -5,08 & -2,59 & -5,09 \\
-  $\gamma_1$ & 0,98 & 3,00 & 0,98 & 3,00 & 1,00 & 3,04 \\
-  $\gamma_2$ & 1,25 & 5,60 & 1,25 & 5,60 & 1,26 & 5,61 \\
-  $\gamma_3$ & -0,93 & -1,05 & -0,93 & -1,05 & -0,93 & -1,06 \\
-  $\gamma_4$ & -0,41 & -1,41 & -0,41 & -1,41 & -0,41 & -1,41 \\
+@
    \bottomrule
 \end{tabular}
 \begin{tablenotes}
@@ -1969,8 +2089,8 @@ parte das contagens não nulas.
 \end{table}
 
 Nos efeitos estimados para a parte da modelagem dos valores não nulos
-têm-se algumas diferenças consideráveis. Destaca-se que o valor das
-estimativas dos modelos Poisson e Binomial Negativo são comparáveis
+têm-se algumas diferenças consideráveis. Destaca-se que as estimativas
+dos parâmetros dos modelos Poisson e Binomial Negativo são comparáveis
 entre si, pois modelam a média da distribuição, mas não comparáveis com
 as estimativas do modelo COM-Poisson, pois este modela um parâmetro que
 não representa, diretamente, a média. Contudo, independente da
@@ -1978,20 +2098,25 @@ distribuição o sinal dos efeitos deve ser o mesmo. Isso não ocorre nas
 estimativas dos parâmetros $\beta_3$, positiva no modelo Poisson e
 negativa nos demais e $\beta_4$, positiva no modelo COM-Poisson e
 negativa nos demais. Porém, esses efeitos não tem impacto significativo
-para definição dos parâmetros das distribuições, conforme visto na
-figura \ref{fig:pred-fish} que exibe as médias calculadas com base nas
-três formulações. A seguir uma discussão sobre os valores apresentados
-para os erros padrão dessas estimativas é feita.
-
-Calculando a magnitude desses efeitos quando escalonados pelo seu erro
-padrão, obtido pelo negativo do inverso da matriz hessiana, há
-diferenças substanciais. O modelo COM-Poisson indica erros padrões das
+para definição dos parâmetros das distribuições, conforme pode ser visto
+na \autoref{fig:pred-fish}, que exibe as médias calculadas com base nas
+três formulações. A seguir uma discussão sobre os erros padrão dessas
+estimativas é feita.
+
+Considerando a magnitude dos efeitos estimados nos modelos Hurdle,
+quando escalonados pelo seu erro padrão, obtido pelo negativo do inverso
+da matriz hessiana, há diferenças substanciais entre o Poisson, Binomial
+Negativo e COM-Poisson. O modelo COM-Poisson indica erros padrões das
 estimativas muito menores que os apresentados no modelo Binomial
 Negativo. Sob investigações do problema, encontrou-se que este resultado
 se deve por inconsistências no procedimento numérico para determinação
 da matriz hessiana por diferenças finitas no modelo
 COM-Poisson. Portanto, os erros padrão sob o modelo COM-Poisson
-apresentados estão incorretos.
+apresentados estão incorretos. Essa impossibilidade para realização de
+testes do tipo Wald no modelo Hurdle COM-Poisson foi particular da
+análise desse conjunto de dados, uma possível causa seja a notável
+superdispersão das contagens não nulas, $\hat{\theta}=$\Sexpr{coHB[1,1]}
+e $\hat{\phi}=$\Sexpr{coHC[1,1]}.
 
 <<pred-fish, fig.height=4, fig.width=6.5, fig.cap="Valores preditos do número de peixes capturados considerando o número de crianças e pessoas no grupo e a presença de um campista.">>=
 
@@ -2081,8 +2206,8 @@ fonte.xy("Fonte: Elaborado pelo autor.")
 
 Embora tenha-se constatado problemas nos algoritmos numéricos para
 determinar a curvatura da log-verossimilhança, as estimativas pontuais
-são coerentes com os demais modelos, conforme visto na figura
-\ref{fig:pred-fish} onde são apresentadas as médias calculadas com
+são coerentes com os demais modelos, conforme visto na
+\autoref{fig:pred-fish} onde são apresentadas as médias calculadas com
 base nos três modelos estudados. Observa-se em todos os modelos a mesma
 tendência.
 
@@ -2112,6 +2237,7 @@ f2 <- nema ~ log(off) + (1|cult)
 m1PM <- glmer(f1, data = nematodes, family = poisson)
 m2PM <- glmer(f2, data = nematodes, family = poisson)
 
+##-------------------------------------------
 ## ## Ajuste dos mixed COM-Poisson
 ## m1CM <- mixedcmp(f1, data = nematodes, sumto = 50)
 ## m2CM <- mixedcmp(f2, data = nematodes, sumto = 50)
@@ -2121,21 +2247,21 @@ load("mixedcmp_models.rda")
 
 Nessa última aplicação apresentada no trabalho a extensão dos modelos de
 contagem para inclusão de efeitos aleatórios é ilustrada. Os modelos em
-competição são o Poisson e o COM-Poisson com efeitos aleatórios. O
-conjunto de dados se refere ao número de nematoides em cultivares
-medidas em soluções \texttt{sol} compostas da massa fresca de raizes
-diluídas em água, mensuradas em gramas$ \cdot$ ml$^{-1}$ conforme
-apresentado na seção \ref{sec:nematodes}. Considera-se para os modelos
+considerados para análise são o Poisson e o COM-Poisson com efeitos
+aleatórios. O conjunto de dados se refere ao número de nematoides,
+mensurados em soluções (\texttt{sol}) compostas da massa fresca de
+raizes diluídas em água, para diferentes cultivares, conforme
+apresentado na \autoref{sec:nematodes}. Considera-se para os modelos
 em competição, os seguintes preditores:
 
 \noindent
-Preditor 2: $g(\mu) = \beta_0 + b_j$ \\
+Preditor 1: $g(\mu) = \beta_0 + b_j$ \\
 Preditor 2: $g(\mu) = \beta_0 + \beta_1 \log(\textrm{sol})_i + b_j$
 
 \noindent
 em que $i = 1, 2, \cdots, \Sexpr{nrow(nematodes)}$ (número de
 observações) e $j$ varia nos níveis da cultivar de feijão ($j =$ A, B,
-C, $\cdots$, S representando o efeito aleatório, realização de uma
+C, $\cdots$, S) representando o efeito aleatório, realização de uma
 variável aleatória Normal de média 0 e variância $\sigma^2$. Assim, nos
 modelos propostos têm-se a variabilidade entre as cultivares explicada
 por uma distribuição Normal e a variabilidade dentro das cultivares
@@ -2159,29 +2285,27 @@ tab <- data.frame(
     rbind(cbind(anP, cbind(c(NA, NA)), c(NA, NA)),
           cbind(anC, phi, pvs)))
 
-## digits <- c(1, 1, 0, 2, 2, 2, 0, -2, 2, -2)
-## xtable(tab, digits = digits)
+digits <- c(1, 1, 0, 2, 2, 2, 0, 4, 3, 4)
 
 @
 
 O ajuste dos modelos com a inclusão de efeitos aleatórios requer a
 solução de uma integral que, em geral, é resolvida numericamente. Isso
 torna o procedimento de ajuste computacionalmente intensivo e bastante
-suscetível a problemas numéricos. Para o ajuste dos modelos COM-Poisson
-de efeitos mistos algumas iterações do algoritmo de estimação propuseram
-valores para os parâmetros que resultaram em somas $Z(\lambda_i, \phi)$
-que não puderam ser representados pela máquina,
-\textit{overflow}. Porém, o algoritmo dispõe de procedimentos que evitam
-sua interrupção, propondo novos valores mesmo quando a função objetivo
-não puder ser calculada, alcançando o máximo da
-log-verossimilhança. Para o modelo Poisson de efeito aleatório
-utilizou-se das programações em R providas pelo pacote \texttt{lme4}
-\cite{Bates2015}, que trabalham com matrizes esparsas para os efeitos
-aleatórios e otimização em linguagem de baixo nível, minimizando os
-problemas numéricos.
+suscetível a problemas numéricos. Em algumas iterações durante o
+algoritmo de estimação dos parâmetros dos modelos COM-Poisson de efeitos
+mistos, os valores considerados para os parâmetros resultaram em somas
+$Z(\lambda_i, \phi)$ que não puderam ser representados pela
+máquina. Porém, o algoritmo dispõe de procedimentos que evitam sua
+interrupção, propondo novos valores mesmo quando a função objetivo não
+puder ser calculada, alcançando o máximo da log-verossimilhança. Para o
+modelo Poisson de efeito aleatório utilizou-se das programações em R
+providas pelo pacote \texttt{lme4} \cite{Bates2015}, que trabalham com
+matrizes esparsas para os efeitos aleatórios e otimização em linguagem
+de baixo nível, minimizando os problemas numéricos.
 
 Os resultados do ajuste para avaliação e comparação dos modelos são
-apresentados na tabela \ref{tab:ajuste-nematodes}. Os valores na tabela
+apresentados na \autoref{tab:ajuste-nematodes}. Os valores
 indicam que os modelos Poisson e COM-Poisson se ajustaram de forma
 equivalente, os valores da log-verossimilhança foram muito
 próximos. Essa equivalência também é apontada pelos AIC's, que foram
@@ -2201,19 +2325,31 @@ significativo para explicação do número de nematoides.
   \toprule
  Poisson & np & $\ell$ & AIC & 2(diff $\ell$) & diff np & P($>\rchi^2$) &  \\
   \midrule
-  Preditor 1 & 2 & -237,20 & 478,40 &  &  &  &  &  \\
-  Preditor 2 & 3 & -234,66 & 475,32 & 5,07 & 1 & 2,43E-02 &  &  \\[0.3cm]
+<<tab-nematodes1, results="asis">>=
+
+print(xtable(tab[1:2, ], digits = digits),
+      include.colnames = FALSE,
+      hline.after = NULL,
+      only.contents = TRUE)
+
+@
+  \specialrule{0em}{0.5em}{0em} %% Apenas para espaçamento
  COM-Poisson & np & $\ell$ & AIC & 2(diff $\ell$) & diff np & P($>\rchi^2$) & $\hat{\phi}$ & P($>\rchi^2$) \\
   \midrule
-  Preditor 1 & 3 & -236,85 & 479,71 &  &  &  & 0,15 & 4,06E-01 \\
-  Preditor 2 & 4 & -233,86 & 475,72 & 5,99 & 1 & 1,44E-02 & 0,23 & 2,05E-01 \\
+<<tab-nematodes2, results="asis">>=
+
+print(xtable(tab[3:4, ], digits = digits),
+      include.colnames = FALSE,
+      hline.after = NULL,
+      only.contents = TRUE)
+
+@
    \bottomrule
 \end{tabular}
 \begin{tablenotes}
   \footnotesize
-\item np, número de parâmetros, diff $\ell$, diferença entre
-  log-verossimilhanças,
-  diff np, diferença entre o np.
+\item np, número de parâmetros; diff $\ell$, diferença entre
+  log-verossimilhanças; diff np, diferença entre o np.
 \item Fonte: Elaborado pelo autor.
 \end{tablenotes}
 \end{table}
@@ -2231,39 +2367,24 @@ fonte.xy("Fonte: Elaborado pelo autor.")
 
 Permanecendo com o segundo preditor, com o efeito do logaritmo da
 solução, as estimativas dos parâmetros do modelo são apresentadas na
-tabela \ref{tab:coef-nematodes} em conjunto com seu erro padrão,
-calculado sob aproximação quadrática da verossimilhança, ou seja via
-inversão da matriz hessiana. Novamente, os resultados entre os modelos
-são similares. Lembre-se que, desta tabela o único resultado comparável
-diretamente é a razão entre estimativa e erro padrão do parâmetro
-$\beta_1$. O parâmetro $\sigma$ é a variância da distribuição dos
-efeitos aleatórios, que no modelo Poisson são somados aos efeitos fixos
-para composição de $\mu$ e na COM-Poisson para composição de
-$\lambda$. Outro resultado interessante dessa tabela é a estimativa do
-parâmetro $\phi$ da COM-Poisson, que positiva indica uma subdispersão
-moderada nesse conjunto de dados. Uma vantagem do modelo misto
-COM-Poisson é que pode-se distinguir a variabilidade da contagem com a
-variabilidade do efeito do grupo no experimento. Nesse exemplo tem-se
-uma variabilidade do efeito aleatório maior, $\sigma$ estimado no caso
+\autoref{tab:coef-nematodes}, em conjunto os erros padrão das
+estimativas, calculado sob aproximação quadrática da verossimilhança, ou
+seja via inversão da matriz hessiana. Novamente, os resultados dos
+modelos são similares. Lembre-se que, dessa tabela, o único resultado
+comparável diretamente é a razão entre estimativa e erro padrão do
+parâmetro $\beta_1$. O parâmetro $\sigma$ é a variância da distribuição
+dos efeitos aleatórios, que no modelo Poisson são somados aos efeitos
+fixos para composição de $\mu$ e na COM-Poisson para composição de
+$\lambda$. Outro resultado interessante é a estimativa do parâmetro
+$\phi$ da COM-Poisson que, positiva, indica uma subdispersão moderada
+nesse conjunto de dados. Uma vantagem do modelo misto COM-Poisson é que
+pode-se distinguir a variabilidade da contagem da variabilidade induzida
+pelo efeito do grupo no experimento. Nesse exemplo tem-se uma
+variabilidade do efeito aleatório maior, $\sigma$ estimado no caso
 COM-Poisson maior que no caso Poisson, porém essa variabilidade extra
 capturada pelo efeito aleatório é compensada pela subdispersão capturada
 pelo parâmetro $\phi$.
 
-<<coef-nematodes, include=FALSE>>=
-
-tabMP <- rbind(lsigma = c(sqrt(VarCorr(m2PM)$cult), NA, NA),
-               summary(m2PM)$coef[, -4],
-               phi = c(NA, NA, NA))
-
-tabMC <- rbind(lsigma = c(exp(m2CM@coef[2]), NA, NA),
-               summary(m2CM)@coef[-(1:2) ,-4],
-               summary(m2CM)@coef[1 ,-4])
-
-## print(xtable(cbind(tabMP, tabMC), digits = 2),
-##       include.rownames = TRUE)
-
-@
-
 \begin{table}[ht]
 \centering
 \caption{Estimativas dos parâmetros e razões entre as estimativa e erro
@@ -2275,17 +2396,38 @@ tabMC <- rbind(lsigma = c(exp(m2CM@coef[2]), NA, NA),
   \cmidrule(lr){2-4} \cmidrule(lr){5-7}
 Parâmetro & Estimativa & E. Padrão & Est/EP & Estimativa & E. Padrão & Est/EP \\
   \midrule
-  $\sigma$   & 0,75 &  &  & 0,93 &  &  \\
-  $\beta_0$  & 1,62 & 0,19 & 8,50 & 2,08 & 0,45 & 4,59 \\
-  $\beta_1$  & 1,27 & 0,56 & 2,29 & 1,58 & 0,68 & 2,33 \\
-  $\phi$     &  &  &  & 0,23 & 0,18 & 1,33 \\
+<<coef-nematodes, results="asis">>=
+
+pnames <- paste0("$", c("\\phi", "\\sigma", "\\beta_0", "\\beta_1"), "$")
+
+tabMP <- rbind(
+    phi = c(NA, NA, NA),
+    lsigma = c(sqrt(VarCorr(m2PM)$cult), NA, NA),
+    summary(m2PM)$coef[, -4])
+
+tabMC <- rbind(
+    summary(m2CM)@coef[1 ,-4],
+    lsigma = c(exp(m2CM@coef[2]), NA, NA),
+    summary(m2CM)@coef[-(1:2) ,-4])
+
+tab <- cbind(tabMP, tabMC)
+rownames(tab) <- pnames
+
+print.xtable(xtable(tab),
+             include.rownames = TRUE,
+             include.colnames = FALSE,
+             hline.after = NULL,
+             only.contents = TRUE,
+             sanitize.text.function = function(x) x)
+
+@
   \bottomrule
 \end{tabular}
 \end{table}
 
-Como resultados complementares a tabela \ref{tab:coef-nematodes}, tem-se
-os perfis de verossimilhança com intervalos de confianças de níveis 90,
-95 e 99\% apresentados na figura \ref{fig:prof-nematodes}. Observa-se um
+Como resultados complementares à \autoref{tab:coef-nematodes}, tem-se
+os perfis de verossimilhança com intervalos de confianças de níveis 99,
+95 e 90\% apresentados na \autoref{fig:prof-nematodes}. Observa-se um
 comportamento razoavelmente simétrico para todos os parâmetros, apenas
 com uma assimetria levemente destacada para o parâmetro $\beta_0$. Isso
 traz mais segurança na interpretação dos resultados baseados na
@@ -2350,7 +2492,7 @@ parâmetros $\phi$, da distribuição considerada para a variável de
 contagem condicional aos efeitos aleatórios e as covariáveis e $\sigma$,
 da distribuição considerada para os efeitos aleatórios são conjuntamente
 responsáveis pela explicação da variabilidade do processo em estudo. Na
-figura \ref{fig:corr-nematodes} apresentados as covariâncias entre os
+\autoref{fig:corr-nematodes} são apresentados as covariâncias entre os
 parâmetros do modelo, na escala de correlação, a fim de verificar,
 principalmente, a correlação entre $\sigma$ e $\phi$. Observa-se que,
 conforme esperado, estes parâmetros apresentam uma forte correlação e
@@ -2359,17 +2501,17 @@ que não de forma acentuada. Nota-se também que a característica de não
 ortogonalidade entre os parâmetros de locação e $\phi$ se mantém com a
 inclusão de efeitos aleatórios.
 
-Na figura \ref{fig:pred-nematodes} são apresentados as predições do
-efeito aleatório em cada modelo, à direita e as contagem preditas para
-cada cultivar e para o comportamento médio, à esquerda. A distribuição
+Na \autoref{fig:pred-nematodes} são apresentados as predições do efeito
+aleatório em cada modelo (à direita) e as contagem preditas para cada
+cultivar e para o comportamento médio (à esquerda). A distribuição
 empírica dos efeitos aleatórios, gráfico à direita, está de acordo com
-os parâmetros estimados para $\sigma$, vistos na tabela
-\ref{tab:coef-nematodes}. Têm-se a ordenação dos efeitos aleatórios
+os parâmetros estimados para $\sigma$, vistos na
+\autoref{tab:coef-nematodes}. Têm-se a ordenação dos efeitos aleatórios
 idêntica em ambos os modelos, porém valores mais dispersos no caso
 COM-Poisson. Devido ao parâmetro adicional $\phi$ do modelo COM-Poisson,
-que indica subdispersão, tem-se os valores preditos por esse modelo muito
-similares aos preditos pelo modelo Poisson, conforme observa-se no
-gráfico à direita da figura \ref{fig:pred-nematodes}. A soma das
+que indica subdispersão, tem-se os valores preditos por esse modelo
+muito similares aos preditos pelo modelo Poisson, conforme observa-se no
+gráfico à direita da \autoref{fig:pred-nematodes}. A soma das
 diferenças ao quadrado, entre valores preditos pelos dois modelos foi de
 \Sexpr{sum((predCM$y - predPM$y)^2)}, o que mostra que ambos os modelos
 levam ao mesmo resultado.
@@ -2391,7 +2533,7 @@ xy1 <- densityplot(
 key <- list(
     column = 1,
     lines = list(lty = c(1, 2), lwd = c(3, 1)),
-    text = list(c("Perfil Médio", "Perfil por cultivar")))
+    text = list(c("Perfil médio", "Perfil por cultivar")))
 
 ## Faz o gráfico
 nematodes2 <- rbind(nematodes, nematodes)
@@ -2440,7 +2582,7 @@ Nos quatro primeiros conjuntos de dados, em que modelou-se as contagens
 via modelos de regressão de efeitos fixos, observou-se resultados dos
 modelos COM-Poisson equivalentes a abordagem semi-paramétrica via
 quasi-verossimilhança, quanto a significância dos efeitos e predição com
-bandas de confiança. Porém ressalta-se que na abordagem por
+bandas de confiança. Porém, ressalta-se que na abordagem por
 quasi-verossimilhança, com a especificação de apenas dois momentos, i)
 não se pode representar a distribuição de probabilidades da variável em
 estudo, ii) a informação a respeito da média é igual ou inferior a uma
@@ -2449,13 +2591,13 @@ excesso de zeros e modelagem do parâmetro de dispersão não são
 imediatas. Nos casos de superdispersão explorou-se também os resultados
 dos modelos baseados na distribuição Binomial Negativa e nessa abordagem
 tem-se o inconveniente de somente a característica de superdispersão ser
-contemplada. Nos estudos de caso os modelos Binomial Negativo
+contemplada. Nos estudos de caso, os modelos Binomial Negativo
 proporcionaram resultados, com relação a significância dos efeitos,
-equivalentes ao COM-Poisson e Quasi-Poisson. Porém, em um dos estudos de
-caso com acentuada superdispersão, os valores preditos pontuais e
-intervalares nessa abordagem diferiram dos modelos COM-Poisson e
-Quasi-Poisson, isso devido a forma da relação média e variância dessa
-distribuição, figura \ref{fig:mv-binomneg}.
+equivalentes ao COM-Poisson e Quasi-Poisson. Porém, em um dos estudos
+com acentuada superdispersão, os valores preditos pontuais e
+intervalares obtidos do modelo Binomial Negativo, diferiram dos modelos
+COM-Poisson e Quasi-Poisson, isso devido a forma da relação média e
+variância dessa distribuição, \autoref{fig:mv-binomneg}.
 
 Nas extensões propostas para o modelo COM-Poisson obteve-se resultados
 satisfatórios. No caso da inclusão de um componente de barreira para
@@ -2470,26 +2612,26 @@ em que acomoda-se efeitos aleatórios, os procedimentos
 computacionalmente intensivos que são empregados no algoritmo de
 estimação ganham destaque. A aplicação se deu a um experimento que
 apresentou contagens com um grau não significativo de
-subdispersão. Nessa aplicação os modelos em competição foram o Poisson e
-o COM-Poisson de efeitos mistos e todos os resultados em questões
-inferenciais foram equivalentes em ambos os modelos, com poder de teste
-maior para o modelo COM-Poisson.
+subdispersão. Nessa aplicação os modelos empregados foram o Poisson e o
+COM-Poisson de efeitos mistos e todos os resultados em questões,
+inferenciais, foram equivalentes em, mas com poder de teste maior para o
+modelo COM-Poisson.
 
 Nas aplicações, em geral, pode-se notar características que permearam a
 todos os modelos baseados na distribuição COM-Poisson. A primeira delas,
 e talvez a mais difícil de se contornar, é a determinação da constante
 de normalização, pois essa depende do parâmetro que está associado a um
-preditor linear assim deve-se calcular $n$ constantes a cada iteração
+preditor linear, assim deve-se calcular $n$ constantes a cada iteração
 do algoritmo de estimação. Em casos de contagens altas e superdispersão
 o cálculo dessa constante é extremamente demorado. Outra característica
 que se manisfestou em todas as aplicações foi a não ortogonalidade entre
 os parâmetros de regressão e o parâmetro adicional $\phi$, observada
-pelas correlações calculadas a partir da matriz hessiana. O que torna as
+pelas correlações calculadas a partir da matriz hessiana, o que torna as
 inferências dependentes. Em pesquisas não relatadas nesse trabalho
 verificou-se que a reparametrização do parâmetro $\lambda$, adotando a
-aproximação para média contorna essa característica com o preço de se
+aproximação para média, contorna essa característica com o preço de se
 ter uma distribuição aproximada. Nas aplicações explorou-se também os
 perfis de verossimilhança para o parâmetro $\phi$ da COM-Poisson e o
-comportamento aproximadamente simétrico em todos casos induz que
+comportamento aproximadamente simétrico, em todos casos, induz que
 aproximações quadráticas da verossimilhança podem ter desempenhos
 satisfatórios.
diff --git a/docs/cap05_consideracoes-finais.Rnw b/docs/cap05_consideracoes-finais.Rnw
index 81e58dc6fddee97b9576209fe96fdc1ef650c511..ada799a81396919fac07fc99b67c9e29715706eb 100644
--- a/docs/cap05_consideracoes-finais.Rnw
+++ b/docs/cap05_consideracoes-finais.Rnw
@@ -3,46 +3,48 @@
 % ------------------------------------------------------------------------
 
 Os objetivos nesse trabalho foram a exploração, extensão e aplicação da
-distribuição COM-Poisson na análise de dados de contagem cujo foram
+distribuição COM-Poisson na análise de dados de contagem, cujo foram
 atendidos com a apresentação de seis aplicações dos modelos COM-Poisson
-à conjuntos de dados reais que exibem equidispersão, subdispersão,
+a conjuntos de dados reais que exibem equidispersão, subdispersão,
 superdispersão, contagens altas, excesso de zeros e efeito aleatório,
 mostrando a flexibilidade do modelo COM-Poisson.
 
 Das análises realizadas destaca-se a característica restritiva do modelo
-Poisson, que na maioria dos casos não se ajustou adequadamente devido a
+Poisson, que na maioria dos casos não se ajustou adequadamente devido à
 suposição de equidispersão. Para os modelos de regressão de efeitos
 fixos, os resultados obtidos com as abordagens via modelo COM-Poisson,
 Quasi-Poisson e Binomial Negativo (para os casos de superdispersão)
-foram bastante similares quanto a significância dos efeitos e predição
+foram bastante similares quanto à significância dos efeitos e predição
 com bandas de confiança. Resultados satisfatórios também foram obtidos
-para nos modelos COM-Poisson para modelagem de excesso de zeros e
+nos modelos COM-Poisson com modelagem de excesso de zeros e
 inclusão de efeitos aleatórios. Nessas extensões, há dificuldade
-computacional de ajuste dos modelos, principalmente devido ao cálculo
+computacional para ajuste dos modelos, principalmente devido ao cálculo
 das constantes de normalização, que mesmo nos modelos de efeitos fixos
-ainda são problemáticas.
+se mostram como dificuldades a serem superadas.
 
-Em todas as aplicações observou-se a não ortonalidade empírica na matriz
-hessiana, o que se mostra como característica da distribuição. Outra
-característica observada na análise de dados é a simetria nos perfis de
-verossimilhança para o parâmetro $\phi$, indicando que aproximações
-quadráticas da verossimilhança podem ter bons desempenhos.
+Em todas as aplicações observou-se a não ortonalidade empírica, via
+matriz hessiana, o que se mostra como característica da
+distribuição. Outra característica observada na análise de dados é a
+simetria nos perfis de verossimilhança para o parâmetro $\phi$,
+indicando que aproximações quadráticas da verossimilhança podem ter bons
+desempenhos.
 
 De forma geral, sugere-se a aplicação dos modelos COM-Poisson na análise
-de dados de contagem, pois devido a sua flexibilidade, seus resultados
+de dados de contagem, pois devido à sua flexibilidade, seus resultados
 se equivalem a abordagem semi-paramétrica via quasi-verossimilhança,
 porém com todos os benefícios da inferência totalmente paramétrica.
 
 Dado o escopo do trabalho foram vários os tópicos levantados para
 pesquisas futuras. Estudo de reparametrizações que tornem os parâmetros
 $\lambda$ e $\nu$ ortogonais no modelo COM-Poisson podem ser de grande
-valia, pois tornaram as inferências entre eles independentes, além de
+valia, pois tornarão as inferências entre eles independentes, além de
 possivelmente permitir a fatoração da verossimilhança com estimação
 concentrada. Para acelerar o algoritmo de estimação aproximações da
 constante normalização podem resultar em ajustes satisfatórios. Estudos
 de simulação para verificar a robustez do modelo à má especificação da
 distribuição da variável resposta. Implementação da modelagem de excesso
-de zeros via mistura de distribuições. Inclusão de efeitos aleatórios
-dependentes no modelo misto COM-Poisson. São algumas das muitas
-possibilidades para pesquisa envolvendo dados de contagem subdispersos
-ou superdispersos modelados com a distribuição COM-Poisson.
+de zeros via mistura de distribuições. Expansão do modelo misto
+COM-Poisson com diferentes fontes de efeito aleatório e efeitos
+aleatórios dependentes. São algumas das muitas possibilidades para
+pesquisa envolvendo dados de contagem subdispersos ou superdispersos
+modelados com a distribuição COM-Poisson.
diff --git a/docs/capA_codigostcc.Rnw b/docs/capA_codigostcc.Rnw
index 98fd5b98732eea39ddf92add0d75dab222ac7c92..3f6c173f66b5caa93b402d7f59c1c31f2ab73c65 100644
--- a/docs/capA_codigostcc.Rnw
+++ b/docs/capA_codigostcc.Rnw
@@ -5,7 +5,7 @@
 Todos os resultados apresentados são realizados com o \textit{software}
 R, cujo códigos para ajuste dos modelos COM-Poisson de efeito fixo,
 aleatório e com componente de barreira foram disponibilizados em formato
-de pacote no endereço \url{github.com/jreduardo/tccPackage}. Nesse
+de pacote no endereço \url{github.com/jreduardo/cmpreg}. Nesse
 apêndice são apresentados os códigos, que utilizam as funções do pacote,
 para produzir os resultados da seção \ref{sec:analise-cottonBolls2}
 (modelos de regressão de efeitos fixos). Todavia, os códigos que
@@ -15,15 +15,15 @@ visualizados no complemento online
 <<code-cottonBolls2, echo=TRUE, eval=FALSE>>=
 
 ##----------------------------------------------------------------------
-## Instalando o pacote tccPackage, elaborado no trabalho
+## Instalando o pacote cmpreg, elaborado no trabalho
 library(devtools)
-install_git("git@github.com:JrEduardo/tccPackage.git")
+install_git("git@github.com:JrEduardo/cmpreg.git")
 
 ##----------------------------------------------------------------------
 ## Análise de dados apresentados na seção ... (v.a. número de nós)
 
 ## Carrega o pacote no workspace
-library(tccPackage)
+library(cmpreg)
 
 ## Dados
 data(cottonBolls2)